terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Lanchas de Dilma não servem para nada na região do Lago Itaipu


Tupan

Com centenas de postos clandestinos, por onde passam cigarros, drogas, armas e munições, a região do Lago de Itaipu conta com duas lanchas compradas pelo governo federal com a intenção de patrulhar o Rio Paraná, mas não servem para quase nada na região. A primeira, adquirida há cerca de dois anos, blindada e que custou milhões, foi usada poucas vezes. As informações são d’O Paraná.
De acordo com o vice-presidente do Sindicato da Polícia Federal no Paraná, Alberto Domingos, a lancha ficou parada por muito tempo. E o problema não tem solução: “Ela foi idealizada para navegação no mar e não em rio, onde há oscilação tão grande no nível”. Conforme Domingos, por conta disso, a funcionalidade do equipamento deixou a desejar. “Foram milhões investidos, mas não vimos resultados práticos”.
Outra lancha blindada, com motor hidrojato, foi entregue em agosto do ano passado. “O Paraná” obteve informações de que o barco, assim como o anterior, não atende as necessidades da Polícia Federal de Guaíra.
De acordo com Raimundo Francisco Castanon, representante do sindicato em Guaíra, o principal problema é que o rio
nos últimos tempos está abaixo do normal. “Não temos como usá-la de forma adequada. Acredito que, se houver mudanças climáticas e o nível do rio aumente, com o retorno de policiais que estavam em férias e também atuando em outras operações, a lancha seja usada”.
Questionado se houve um estudo para a aquisição do barco, já que a lancha anterior foi pouco usada justamente por esse motivo, o policial disse que isso não foi feito. “Apenas os colegas do Núcleo de Policiamento fizeram uma avaliação do que conheciam do aparelho e também de onde ela seria usada”.
Castanon disse ainda que a embarcação, por ser blindada, tem a segurança necessária para fazer a vigilância próximo
à ponte. “Mas em locais de difícil acesso, como onde ficam os portos clandestinos, não tem como usar. Precisaria uma lancha com um cala do melhor, diferenciado, idealizada para as condições que nossa região precisa”.
Segundo ele, se a lancha nova se enquadrasse nos padrões necessários, certamente a operacionalidade seria bem maior. “Sabemos que a região é entrada de ilícitos, fazemos a fiscalização constante e se tivéssemos todo equipamento não digo que zerariam os problemas, mas certamente diminuiriam”.
Com capacidade para três policiais, a nova lancha da Polícia Federal foi entregue em agosto, logo após as operações desenvolvidas na Copa do Mundo. O principal diferencial entre os dois equipamentos existentes em Guaíra, é o motor, sendo a nova a hidrojato e a outra a hélice. Segundo o delegado da Polícia Federal de Guaíra, Marco Smith, por conta da vazão do rio o equipamento tem ajudado muito pouco.
“Claro que é mais do que a outra, porque tem a capacidade de andar em uma lâmina menor de água, mas não é o ideal”.
Conforme Smith, por conta das dificuldades de navegação, o trabalho dos policiais acaba limitado. “Eles precisam fazer o patrulhamento terrestre e aéreo, mais terrestre do que aéreo

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