terça-feira, 19 de julho de 2016

As conveniências de Requião


Do blog do Zé Beto
Só os poucos iludidos de boa fé ainda se deixam enganar pela repetitiva retórica demagógica do quase octogenário Requião. Ele, que desde sempre fez a opção preferencial pelos votos dos pobres e o financiamento dos ricos que o presenteiam com vinhos caríssimos , tem um discurso para cada ocasião. Em Brasília se faz de vestal, posa de esquerda e critica os deputados que apoiaram Rodrigo Maia do DEM por ser de direita. Aqui na terrinha manda que o seu decadente PMDB coligue com o mesmo DEM em Campo Largo, fechando com o candidato a prefeito. Faz qualquer aliança que o ajude na luta pela sobrevivência eleitoral.
Sempre foi assim. Na tribuna faz um discurso de terra arrasada se colocando acima do bem e do mal; no governo a prática é a do nepotismo , da perseguição aos servidores públicos, no acobertamento à corrupção como os episódios do Porto de Paranaguá e da Receita Estadual.
O resultado tem sido desastroso para o PMDB, que encolheu sua bancada estadual em dois terços e não terá sequer um candidato a Prefeito nas grandes cidades como Londrina , Maringá, Cascavel, Foz,Guarapuava, Ponta Grossa e Paranaguá. O partido sofre o maior esvaziamento entre todas as capitais e arrisca perder até a única vereadora que tem em Curitiba , eleita pelos evangélicos.
Ainda assim, embora já não tenha amigos de verdade, remanescem perfilados alguns apoiadores e outros interesseiros e cargos comissionados do Senado que atuam remunerados como auxiliares de coveiro do velho e rabugento coronel Mello e Silva. A julgar pelos resultados eleitorais do Paraná e pela gestão partidária desagregadora, Dilma está pessimamente servida de articulador para tentar retornar ao poder.

Após recesso, Senado deve votar projeto

Um dos projetos polêmicos que tomará a atenção do Congresso na volta do recesso branco é o que legaliza os jogos de azar e está pronto para ser votado na pauta do Senado. Cresce o entendimento de que a parte mais “palatável” do texto se refere à abertura de cassinos em complexos hoteleiros, com previsão de investimentos bilionários no Brasil e, teoricamente, mais fáceis de fiscalizar.As informações são de Júnia Gama n’O Globo.


Por outro lado, setores do governo defendem que a medida seja avaliada de forma ampla: com um estudo sobre a relação custo-benefício entre o que será arrecadado e o que haverá de gasto com fiscalização, antes de uma posição formal sobre o tema.
O novo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que defende “estruturas maiores”, notadamente os cassinos, como forma de elevar a receita com jogos. As demais formas de jogo de azar, para Maia, devem ser vistas com maior cuidado.
— O que eu defendo são essas estruturas maiores, onde os investimentos serão da ordem de R$ 1 bilhão, com cassinos e resorts. Esses, sim, podem valer a pena para o Brasil. Qualquer outra estrutura, tenho muita dúvida se vale a pena — disse.
DINHEIRO IRIA PARA SAÚDE E SEGURANÇA
Essa avaliação encontra ressonância em setores resistentes ao projeto, como o Ministério Público. A instituição defende que a legalização poderá deixar as “portas escancaradas” para os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Para o Ministério Público, somente seria aceitável discutir, neste momento, algo restrito à vinda de grandes investimentos com cassinos e redes de hotéis, que aumentariam o fluxo de turistas e gerariam novas receitas, e não só mudanças no segmento a ser tributado. Maia diz que é preciso debater:
— Temos que discutir se o Brasil tem ou não jogo, mesmo sendo proibido. Hoje, tem oito mil máquinas de caça-níquel todos os dias arrecadando, no mínimo, R$ 50 cada uma. Fora a loteria. É bom legalizar o jogo do bicho? Porque ele existe. Em que condições? A discussão é: devemos ter jogo regulamentado e que tipo de jogo? Acho que caminhar pelos grandes projetos de cassino, acompanhado com resort, espaço para eventos e shows, uma estrutura como existe nos EUA, pode ser positivo para o Brasil — afirma.
No governo, o assunto é polêmico. Há uma preocupação em não ter, antes da votação do impeachment, a imagem afetada pela defesa da legalização dos jogos. Por isso, auxiliares de Temer pediram ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que adie a votação do projeto para o final de agosto, quando a decisão sobre o afastamento definitivo de Dilma Rousseff deverá ter sido tomada. Renan incluíra o tema na pauta do Senado, mas deu sinais de que poderá concordar com o adiamento.
Alguns assessores de Temer propõem que a legalização dos jogos seja vinculada a uma “causa nobre”, como o direcionamento de parte da receita arrecadada para Saúde, Previdência ou Segurança Pública — o que ajudaria a mitigar o impacto negativo da aprovação da proposta.
Setores do Palácio do Planalto defendem que a proposta seja restrita à legalização dos cassinos, que seriam mais fáceis de fiscalizar e trariam aportes maiores de receita. Porém, outros segmentos acham que a questão deve ser vista de forma ampla e que seja analisado o custo-benefício de todas as propostas. Há previsão de reunião com integrantes de Ministério Público, Receita Federal, Coaf, ministérios da Fazenda e do Turismo sobre o tema.
— Se o governo entrar nessa discussão, terá de olhar de forma mais ampla, não dá para fechar só em torno dos cassinos. Não há posição fechada — diz uma fonte do Palácio do Planalto.
O projeto foi apresentado em 2014 pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI) — investigado na Operação Lava-Jato. Mas o relatório que deve ser apreciado no plenário do Senado, na volta do recesso, é de autoria do atual ministro da Agricultura, Blairo Maggi. Segundo o texto, fica autorizada a exploração do jogo do bicho, do bingo, dos jogos eletrônicos como o caça-níquel e de jogos de cassino, entre outros.
(foto: Agência Senado)

Caixa vai financiar imóvel de até R$ 3 milhões


caixa
A Caixa Econômica Federal vai elevar o teto do valor de imóveis financiáveis pelo banco, o porcentual de financiamento para imóveis de valores maiores e facilitar condições para construtoras, num esforço para acelerar os desembolsos no segundo semestre, disse um executivo do banco. As informações são do Estadão/IstoÉ.

Uma das principais medidas do pacote, previsto para ser anunciado na próxima segunda-feira, 1º, é dobrar para R$ 3 milhões o valor máximo dos imóveis que podem ser financiados pelo banco, de acordo com o vice-presidente de Habitação da Caixa, Nelson Antonio de Souza.
Além disso, segundo ele, a Caixa elevará a cota de financiamento no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), usado para imóveis de valor superior a R$ 750 mil, de 70% para 80% nos imóveis novos, e de 60% para 70% no caso de usados.
O banco também está reabrindo e expandindo uma linha que permite a transferência de financiamento imobiliário que tenha sido contratado com outros bancos. Com isso, mutuários poderão transferir para a Caixa até 70% do empréstimo que tenha tomado com outras instituições financeiras. O limite hoje é de 50%.
Outras medidas para pessoas físicas incluem elevar o nível de aprovação das propostas pelo banco, hoje em torno de 80%, além de uma intensa campanha de divulgação.
“No segundo semestre temos que fazer muito mais”, disse Souza em entrevista à Reuters.
No ano até junho, a Caixa, maior financiador imobiliário do país, concedeu menos de R$ 39 bilhões, de um orçamento para o ano hoje em cerca de R$ 93 bilhões.
O esforço para fazer o setor, um dos que mais refletem a forte recessão no país, voltar a ganhar tração inclui também flexibilização de parâmetros para concessão de recursos às construtoras.

sábado, 16 de julho de 2016

Veja os bancos que mais maltratam os clientes e fuja deles, se possível


Do blog do Vicente
O Banco Central divulgou hoje a lista das instituições que mais prejudicaram os consumidores em junho. Anote bem os nomes desses bancos e financeiras e, se possível, fuja deles. Os bancos fazem de tudo contra a clientela, sem uma punição efetiva do BC. Mas a divulgação da lista das piores instituições já é um alento, pois é possível ver onde não abrir conta-corrente, não fazer empréstimos nem aplicar seu suado dinheiro. As maiores reclamações se referem a taxas abusivas, cobranças indevidas, cartão de crédito enviado ao cliente sem que ele tenha pedido, dificuldades para honrar empréstimos, entre outros.
Veja a lista com os índices de queixas:
1º BMG (conglomerado): 45,96
2º PAN (conglomerado): 37,92
3º Itaú Unibanco (conglomerado): 9,45
4º Banrisul (conglomerado): 8,56
5º Bradesco (conglomerado): 7,93
6º Caixa Econômica Federal (conglomerado): 6,57
7º Santander (conglomerado): 5,77
8º Banco do Brasil (conglomerado): 5,03
9º HSBC (conglomerado): 3,98
10º Votorantim (conglomerado): 3,50

O índice de reclamações do BC leva em conta o número de queixas consideradas procedentes dividido pelo total de clientes e multiplicado por 1.000.000. Se achou complicado, não importa. O que realmente é relevante é saber quais os bancos que estão prestando maus serviços e, caso se sinta prejudicado, não se acanhe em denunciar à autoridade monetária.

A caravana da mentira



Mário Simas Filho, IstoÉ
Antes de se eleger presidente pela primeira vez, em 2002, Luiz Inácio Lula da Silva percorreu o País nas chamadas Caravanas da Cidadania. Na semana passada, Lula novamente colocou os pés na estrada. Bem no estilo populista, vestiu um chapéu de couro e percorreu cinco cidades da Bahia e de Pernambuco. O problema é que depois de 13 anos no poder e de protagonizar ao lado do PT o maior escândalo de corrupção já registrado em nossa história, a versão moderna das romarias de Lula nada mais é do que uma caravana de mentiras. Procurando impor um clima de comícios eleitorais em suas paragens, o ex-presidente desfiou um rosário de inverdades para defender a afilhada apeada do Planalto, Dilma Rousseff, chegou a admitir o que chamou de “pequenos erros administrativos” de sua sucessora, mas em nenhum momento fez menção aos desvios de dinheiro público que já levou para a cadeia alguns dos principais líderes de seu partido. E, para se fazer de vítima, insistiu na irresponsável tese do “nós contra eles”. Na tarde da quinta-feira 14, um dos principais líderes do PT no Rio Grande do Sul foi taxativo ao analisar o périplo de Lula: “Desse jeito ele só irá afastar ainda mais o PT de seu antigo eleitor”.

NO RIO, NADA


Em Belém (PA), o Comissariado da Infância e Juventude resgatou duas crianças, uma de colo e outra de 11 anos, com a mãe em situação de risco. Ela usava os filhos para pedir esmola em semáforos. As crianças foram encaminhadas para um abrigo pelo Conselho Tutelar

Charge do Dia

O povo paga. E gosta de ser tachado de burro.

FAMÍLIA DE DILMA USA ILEGALMENTE OITO CARROS OFICIAIS EM PORTO ALEGRE
'ISTOÉ' REVELA FARRA ILEGAL DE CARROS OFICIAIS EM PORTO ALEGRE

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Lula solta o verbo contra o governo de Dilma

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou, em entrevista ao jornal francês Libération, a condução da política de incentivos fiscais da presidente afastada Dilma Rousseff. Ele afirmou também acreditar na volta da petista ao poder e disse que, se as políticas sociais dos governos petistas estiverem ameaçadas, poderá disputar a eleição de 2018. A entrevista foi publicada na edição desta quarta-feira, 13. As informações são do Estadão.

Em seis meses, partidos levam R$ 368,8 milhões


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Os partidos políticos tomaram R$ 368,78 milhões do contribuinte, entre janeiro e junho deste ano, a pretexto de “fundo partidário”. O PT de Dilma e Lula foi o partido que mais embolsou nosso dinheiro em 2016: R$ 49,03 milhões; seguido pelo PSDB de Aécio, com R$ 40,4 milhões e pelo PMDB do presidente interino Michel Temer, com R$ 39,4 milhões. Ainda assim parlamentares aprovaram, em 2015, triplicar o fundo.A expectativa é que os partidos políticos brasileiros com representação na Câmara dos Deputados levem R$ 819 milhões apenas este ano. As informações são do Diário do Poder.

Planalto inicia demissões de mais de 2 mil comissionados da gestão Dilma


O Palácio do Planalto deu iniciou nesta sexta-feira (15) a demissão dos servidores comissionados do governo Dilma Rousseff. Ao todo, serão atingidos 2.010 cargos de confiança da gestão petista. Desse total, serão demitidos 1.087 servidores com cargos DAS 3 (Direção e Assessoramento Superior 3); 757 servidores com DAS 4; 135 servidores com DAS 5; 28 servidores com DAS; além de 3 cargos de natureza especial. As informações são de Gerson Camarotti no G1.

quarta-feira, 13 de julho de 2016

NÃO HÁ UM PRESO SEQUER NO BRASIL POR TERRORISMO


BRASIL IGNOROU ACORDO INTERNACIONAL ANTITERROR POR 14 ANOS

Fruet enfrenta protesto por cortes na educação e de vagas nas creches


O sindicato do magistério de Curitiba vai protestar nesta quinta-feira, 14, durante a passagem da tocha olímpica, contra os cortes do prefeito Gustavo Fruet (PDT) na educação. Os professores vão se reunir na praça Nossa Senhora da Salete, ao lado da Prefeitura, a partir das 9h30. As informações são do Massa News.

O sindicato diz que escolas e creches podem não reabrir no segundo semestre por falta de profissionais. O Sismmac informa que há pelo menos 590 vagas efetivas que precisam ser substituídas urgentemente com a nomeação de aprovados em concursos.
“Entretanto, a Prefeitura ainda não sinalizou qualquer contratação e ainda impôs cortes no final do semestre que visam enxugar o número de servidores e adiar ainda mais a necessária contratação”, diz nota do sindicato.
O sindicato ainda cita que o protesto será contra o “fechamento de turmas e classes especiais, contra a retirada dos articuladores das escolas integrais e contra a suspensão dos contratos temporários para agentes de leitura e apoio nos CMAEs”.
O sindicato ainda informa que os professores vão “expor a realidade da rede de pública de ensino e os prejuízos que as medidas impostas por Fruet podem causar na qualidade da educação”.

terça-feira, 12 de julho de 2016

Requião quer montar QG para Lula em Curitiba


Da coluna do jornalista Giba 1
O senador Roberto Requião (PMDB-PR) ofereceu sua própria casa para o ex-presidente Lula quando precisar ter um QG no Paraná para tentar caçar mais votos contra o impeachment na região sul do país.

62% desaprovam Fruet, aponta Ibope


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Nunca antes, em toda a história de Curitiba, um prefeito teve rejeição tão grande e desaprovação tão extensa de sua administração. A pesquisa Ibope mostra que 62% dos eleitores curitibanos desaprovam o governo do prefeito Gustavo Fruet, do PDT. Apenas 29% acham que a administração vai bem. Os que não sabem ou preferem não responder totalizam 9%. Os que declaram não confiar em Fruet são 63%, enquanto os que dizem confiar somam 29%.
A administração de Fruet é avaliada de maneira negativa (ruim ou péssima) por 42%, enquanto que 38% a avaliam de forma regular. Consideram a administração ótima ou boa, 20% dos curitibanos.
O Ibope fez 805 entrevistas entre os dias 2 e 6 de julho e margem de erro é de 3. A pesquisa está registrada no TSE sob o número número PR-05852/2016.
(foto: divulgação)

Empresa ligada à Odebrecht comprou sede para Instituto Lula, diz PF


lula
Em junho de 2010, a construtora Odebrecht adquiriu um prédio de três andares na Vila Clementino, Zona Sul de São Paulo, e planejava instalar ali a sede do futuro Instituto Lula, de acordo com a força-tarefa da Operação Lava-Jato. A compra foi feita em nome da DAG Construtora, de Salvador, que pertence a Demerval Gusmão, amigo e parceiro de negócios de Marcelo Odebrecht, dono da empreiteira. As informações são d’O Globo.

quinta-feira, 7 de julho de 2016

O crime compensa?


Eliane Cantanhêde
Estarrecida, a opinião pública brasileira é surpreendida, todo santo dia, com uma nova operação da Polícia Federal e detalhes nauseantes de corrupção. Num dia, assalto ao crédito consignado de servidores endividados. No outro, desvio de verbas da Lei Rouanet para casamentos luxuosos. Num terceiro, mensalinho para a madrinha da bateria de uma escola de samba e R$ 18 milhões para empresa desistir (!) de contrato. E os valores?! Ladrão de colarinho branco não é nada modesto, tudo é na casa dos R$ 70 milhões, R$ 100 milhões, R$ 370 milhões…

Por trás desses desvios “pitorescos” de dinheiro público e desses milhões surrupiados da saúde, da educação, da habitação…, há sempre um esquema envolvendo agentes públicos, empresas privadas, doleiros e, invariavelmente, políticos. Um “abismo” de corrupção, como ilustra o nome da nova operação, com foco no Centro de Pesquisa da Petrobrás.
Há um lado péssimo nisso tudo, a revelação de quão corrupto o Brasil se tornou, até bater nesse “abismo”. E há um lado ótimo: nunca antes neste país as investigações foram tão longe, atingiram tantos culpados e remexeram tanto as entranhas de um poder doentio, fétido. Mas há ainda incertezas quanto às consequências. Quando um Carlinhos Cachoeira ressurge, todo sorridente, sendo mais uma vez preso,para ser solto no dia seguinte, a sensação é de indignação. Santa falta de tornozeleiras!
Em 2002, Cachoeira filmou um pedido de propina de Waldomiro Diniz, braço direito de José Dirceu no início da era Lula. Em 2012, Cachoeira caiu na Operação Monte Carlo, sobre um esquema de máquinas caça-níquel, e ficou nove meses preso. Em 2013, foi flagrado dirigindo embriagado e se safou ao pagar fiança. Em 2016, caiu de novo, agora na Operação Saqueador, sobre lavagem de R$ 370 milhões.
Foi aí que a opinião pública descobriu que, apesar de condenado a 39 anos por peculato, corrupção ativa, violação de sigilo e formação de quadrilha, Cachoeira vai muito bem, obrigada, com mulher bonita e filha bebê – enquanto os não delatores, como José Dirceu, amargam a dura vida na cadeia. O que ainda falta para que esse contraventor pare de rir e pague pelos crimes que cometeu, comete e continuará cometendo?
A isso se some a boa vida dos ladrões de colarinho branco que entregam os comparsas. A delação premiada é um instrumento efetivo, reconhecido e essencial nas investigações, mas, com o número de delatores chegando perto de cem, o prêmio começa a parecer excessivo. Muito roubo para pouca pena. Como mostrou a revista IstoÉ desta semana, Pedro Barusco, ex­-gerente da Petrobrás (atenção: nem diretor era!), fez delação, comprometeu-­se a devolver US$ 100 milhões (quase R$ 400 milhões) e, assim, livrou­-se da cadeia e está recolhido ao aconchego do lar, uma bela mansão com piscina, na praia de Joatinga, com uma das vistas mais lindas do Rio.
E vai por aí afora. Paulo Roberto Costa, Nestor Cerveró, Fernando Baiano e, não tarda muito, também Sérgio Machado, roubaram, roubaram e roubaram dinheiro público, mas, como delataram os outros, são punidos com tornozeleiras e trocam celas inóspitas, macacões coloridos, banhos frios e rancho indigesto – destinados, por exemplo, a Roberto Jefferson – e vão lamentar a sorte em mansões de milhares de metros quadrados, quadras desportivas, piscinas espetaculares, vistas estonteantes. Vale a pena delatar! Vale a pena roubar?
Só falta agora o deputado afastado Eduardo Cunha delatar todo mundo, devolver um bocado de verdinhas das suas trustes na Suíça e aderir a uma tornozeleira eletrônica para curtir férias douradas num apartamento milionário, abastecido com os melhores uísques e os vinhos mais caros, com a mulher desfilando suas bolsas Prada do quarto para a sala e da sala para a cozinha.
Pronto, Justiça feita!

MST impõe regime de terror no Paraná; impeachment leva o movimento ao terrorismo ambiental


Do Ucho Haddad
Pequeno município do Paraná, com 32 mil habitantes, Quedas do Iguaçu vive uma realidade paralela que lembra o enredo de um filme de terror. Mais da metade da população da cidade tem seu emprego ou atividade econômica gerada pela reflorestadora Araupel, que opera com beneficiamento de madeira. Pois foi justamente nessa área, altamente produtiva, que o MST decidiu invadir há cerca de 20 anos. A ousadia e a violência aumentaram muito durante o ciclo do PT, que deu a esses contumazes violadores da Constituição a certeza da impunidade.
A iminência do impeachment da afastada Dilma Rousseff tem levado essa violência ao paroxismo. Incêndios criminosos em áreas de preservação permanente têm se multiplicado como rastilho de pólvora. Um deles, no início da semana, provocou a destruição de grande área de preservação permanente.
O temor é de que o MST tenha decidido partir para o terrorismo ambiental e que venha a provocar grandes incêndios para inviabilizar a atividade econômica na região. Seria uma forma de protestar contra o provável impeachment de Dilma Rousseff, que tem mantido – à custa do dinheiro público – o MST e seus abusos.
Os sem-terra criaram uma espécie de estado paralelo, no qual as leis brasileiras simplesmente são ignoradas. Os baderneiros invadiram e fundaram dois ‘assentamentos’ dentro da área da Araupel, onde os integrantes do movimento mantêm escolas de guerrilha, usam armas pesadas, caçam animais silvestres, roubam madeira, assaltam moradores, sequestram jornalistas e intimidam a população que teme que esse ciclo de violência termine com o fechamento da empresa, o fim dos empregos e a ruína da cidade.
Os abusos do MST em Quedas do Iguaçu têm propiciado um grande número de incidentes com a Polícia Militar, que frequentemente é acionada pelos moradores e pela Araupel, em tentativa de conter os desvarios dos sem-terra. Eventualmente, esses conflitos resultam em feridos e até em mortos. Nesses casos o MST utiliza os confrontos que, invariavelmente, foram provocados pelo próprio movimento, como forma de denunciar a “violência da direita”.
O receio, agora, é de que a iminência do impeachment da presidente afastada leve o MST muito além da violência que costuma usar na região. A esperança é de que o novo governo faça cumprir as leis do País também em Quedas do Iguaçu, enquadrando os criminosos de acordo com o que determina a legislação vigente.