segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Comissão analisa projeto para instalação de banheiros públicos no Centro


Um projeto de lei que propõe banheiros públicos em todas as praças centrais de Curitiba, dentro das normas de acessibilidade, será debatido pela Comissão de Acessibilidade da Câmara Municipal, na próxima segunda-feira (30), às 8h30, no subsolo do Palácio Rio Branco. A matéria, apresentada pelo vereador Zé Maria (SD), propõe que esses espaços ofereçam aos usuários não somente o sanitário, mas também fraldários, piso tátil, adaptações aos cadeirantes, idosos, ostomizados, dentre outros recursos (005.00132.2015). O parlamentar sugere a participação da iniciativa privada para construí-los e mantê-los.

Segundo Zé Maria, quem visita a região central de Curitiba tem dificuldade em encontrar banheiros públicos. “Quando existem, estão em péssimo estado de conservação, com pichações e sem itens de higiene, como sabonete, papel higiênico e álcool em gel. A solução é apelar para bares, restaurantes e lojas, soluções pouco práticas, uma vez que os proprietários olham com cara feia.”  

A intenção do vereador é abrir possibilidades para que o cidadão possa ter um local limpo e confortável "naquelas horas de aperto”. Zé Maria lembrou que “as cidades crescem, a população aumenta e as pessoas ficam horas fora de casa com seus afazeres, sem acesso para atender com dignidade uma das mais básicas necessidades fisiológicas de qualquer indivíduo"

Lula, o inimputável

Diário do Poder


A OAS, empreiteira do petrolão com contratos milionários na Petrobras, pagou a reforma do sítio da família Lula em Atibaia (SP), segundo Veja, numa articulação de Bumlai. E Lula não é considerado suspeito?

‘Forças ocultas’ do governo tentam barrar CPI


“Forças ocultas do governo”, segundo membros da CPI dos Fundos de Pensão, tentam barrar as investigações da comissão que apura o rombo dos fundos de pensão de empresas estatais, que lesou milhares de aposentados. Os ministros Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e Jaques Wagner (Casa Civil) seriam os responsáveis pela frente governista contra a comissão na Câmara. Ordem seria “sufocar” a CPI
O Planalto quer evitar que o ex-tesoureiro petista preso João Vaccari Neto negocie acordo de delação premiada com o Ministério Público.
O Planalto e a cúpula petista temem “efeito devastador” de possível delação do responsável por finanças do PT nas campanhas eleitorais.
“A CPI reforça a tese do juiz Sérgio Moro” de que a Lava Jato é maior que a Petrobras, avaliou o presidente da CPI, Efraim Filho (DEM-PB).
A CPI se concentra em investimentos do Postalis, fundo dos Correios, que acumula déficit de R$ 5,6 bilhões no Bank of New York (BNY).
 
Diário do Poder

Sigilo em loterias da Caixa pode favorecer fraude

Diário do Poder



Caixa mantém em segredo pessoas que ganharam loteria 500 vezes

Caixa mantém em segredo pessoas que ganharam loteria 500 vezes. Foto: EBC
A insistência da Caixa em manter sob sigilo os ganhadores dos milionários prêmios das loterias reforça suspeitas sobre o uso do dinheiro dos sorteios em esquemas de lavagem de dinheiro, por exemplo. Mexer nisso é como cutucar vespeiro: autor de um projeto que obrigava a Caixa a divulgar a identidade dos ganhadores de loteria, o ex-senador Gerson Camata (PMDB-ES) sofreu várias ameaças. A Caixa alega “questão de segurança” para manter o segredo. Só no Brasil apostadores de loteria não têm direito de saber quem venceu.
Projeto de Álvaro Dias (PSDB-PR), sobre o qual se senta o relator José Pimentel (PT-CE), prevê “banco de dados” identificando ganhadores.
Álvaro Dias apresentou seu projeto após alguém ser “premiado” mais de 500 vezes. “Um outro ganhou mais de 240 vezes em um mês”, diz.

E-mails mostram que fabricante procurou Marcondes para se reunir com Lula

Compra de caças Grippen teve atuação de lobista


ma troca mostra que o advogado e lobista Mauro Marcondes – preso pela Operação Zelotes por intermediar a suposta compra de uma medida provisória no governo Lula – atuou em favor da empresa que fabrica os caças Grippen, a sueca Saab Aviation, antes de ser concluída a negociação da Força Aérea Brasileira para comprar os novos equipamentos. As mensagens mostram que um executivo da empresa buscou a ajuda de Marcondes para conseguir uma reunião com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A reportagem teve acesso às mensagens eletrônicas entre o diretor da campanha do Grippen, Andrew Wilkinson, e Cristina Mautoni, mulher e sócia de Mauro Marcondes na consultoria Marcondes & Mautoni. Em um e-mail com data de 4 de setembro de 2012, Wilkinson diz a Cristina que o presidente dos Conselhos de Administração da Saab, Marcus Wallenberg, gostaria de se encontrar com “L” durante visita ao Brasil em novembro daquele ano.
“Ele (Marcus) pergunta se nós podemos adicionar na carta um pedido para ele se encontrar com L durante sua visita ao Brasil em novembro”, escreveu em inglês Wilkinson. Em menos de três minutos, Cristina repassa o texto a uma auxiliar, identificada como Fabiane Trindade: “Falar urgente com Mauro”.
Por fim, Fabiane encaminha a seguinte mensagem a um destinatário identificado como Bruno Souza: “Para o conhecimento, o Dr. Mauro quer ligar no Instituto Lula para falar com ele, após eleições”.
Em depoimento à Polícia Federal no inquérito que investiga seu envolvimento em suposto esquema de compra de medidas provisórias para garantir isenção fiscal a montadoras de veículos, Marcondes citou um “Bruno” como sendo estagiário de sua consultoria. A troca de mensagens ocorreu no período de eleições municipais no País.
Ministro. Além de pedido para agendar a conversa com Lula, Marcondes intermediou uma reunião do CEO da Saab Aviation, Âve Svensson, com o então ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge. Realizado na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o encontro foi registrado na agenda oficial do ministério no dia 5 de junho de 2009.
Na semana passada, um novo mandado de prisão contra o casal Mauro e Cristina Marcondes foi autorizado pela Justiça e também atingiu outro lobista, Francisco Mirto Florêncio da Silva. Eles são acusados de ter contratado uma investigação clandestina para espionar o procurador José Alfredo de Paula Silva.
Um registro encontrado pela Operação Zelotes indica que o fato ocorreu em 2010, mesmo ano em que o procurador investigava as negociações para a compra dos 36 caças pela Força Aérea Brasileira.Três empresas disputaram a fase final da licitação dos caças: a sueca Saab, que fabrica o Grippen; a americana Boeing, com o F/A 18E Superhornnet; e a Dassault, do francês Rafale. Em 7 de setembro de 2009, o então presidente Lula chegou a anunciar a negociação para a compra dos Rafale durante visita ao País do então presidente da França, Nicolas Sarkozy.
O anúncio causou mal-estar entre os demais concorrentes. O então ministro da Defesa, Nelson Jobim, negou que o negócio havia sido fechado. A FAB também não gostou do anúncio, pois defendia que o Grippen era a melhor opção. Àquela oportunidade, Lula preferia fechar com a França por outros interesses geopolíticos.
Lobby. A Saab reforçou o lobby em favor do caça sueco. Pupilo de Lula e atual prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho (PT) sempre foi um dos maiores entusiastas do Grippen. O prefeito tem relações com Mauro Marcondes, que foi doador de sua campanha. A montadora de caminhões Scania, controlada pela Saab, tem sede em São Bernardo.
A Saab fez parceria com uma empresa de Mauá, município limítrofe a São Bernardo, para a criação de uma nova empresa para produção de equipamentos do caça sueco no País. Mauro Marcondes foi presidente da Scania na América Latina.
Segundo investigadores da Zelotes, o escritório de Marcondes teria intermediado a edição da MP 471, de 2009, com benefícios ao setor automotivo (AE).

Quem é quem em Curitiba, por Carlos Brickmann

images
Carlos Brickmann
José Carlos Bumlai é um homem rico, mas não é por isso que ficou famoso. É um produtor agrícola de sucesso, mas não é por isso que ficou famoso. Foi preso pela Operação Passe Livre, parte da Lava Jato, mas não é por isso que ficou famoso – aliás, foi preso por ter ficado famoso, e o próprio nome Passe Livre se refere a ele. Bumlai ficou famoso, embora diga que se encontrou poucas vezes com o presidente Lula, embora o próprio Lula diga que não lembra de ligação especial com ele, por ter passe livre no Palácio do Planalto, com acesso direto ao presidente.

A seguinte plaqueta estava afixada na portaria do Planalto, durante o mandato de Lula – por favor, que ninguém perca tempo a desmenti-la, pois foi amplamente fotografada em várias ocasiões: “O sr. José Carlos Bumlai deverá ter prioridade de atendimento na portaria Principal do Palácio do Planalto, devendo ser encaminhado ao local de destino, após prévio contato telefônico, em qualquer tempo e qualquer circunstância”. Bumlai, digamos, merecia o privilégio.
Na campanha que levou Lula à Presidência, Bumlai foi um dos ruralistas que o avalizaram, um dos primeiros empresários a declará-lo confiável. Lula descansou numa de suas fazendas, pescando, fazendo churrasco, sentindo-se em casa. Bumlai apresentou a auxiliares de Lula empresários que poderiam ajudá-los a cobrir despesas de campanha – e o que se investiga na Operação Passe Livre é o tipo de retorno que esses abnegados doadores obtiveram por sua generosidade.
Ou, falando claro, o que se investiga é Lula. Bumlai é o nome do acesso a ele.

Câmara de Curitiba pode não votar Orçamento 2016


Aílton Araújo
Aílton Araújo
A não liberação das emendas parlamentares em 2015 pela prefeitura deverá trazer problemas para o prefeito Gustavo Fruet (PDT). A maioria dos vereadores da Câmara Municipal de Curitiba está pensando em fazer um motim e evita discutir o assunto com o presidente Aílton Araújo (PSC) ou  com o líder do prefeito, Paulo Salamuni (PV). Os parlamentares veteranos lembram que no período em que João Cláudio Derosso comandava a casa legislativa e Mário Celso Cunha era líder do prefeito, a prefeitura não “sacaneava” e liberava todas as indicações orçamentárias. Salamuni é bastante criticado nos bastidores pelos pares, principalmente devido a reverência que faz para Fruet, concordando com todos os pedidos do Executivo. A tendência é de que a votação da Lei Orçamentária Anual seja travada tanto pela base aliada como pela oposição. Será a 1ª queda de braço entre o Executivo e o Legislativo na atual gestão.

Falta transparência à Câmara de Curitiba

Tupan


Paulo Salamuni
Paulo Salamuni
Paulo Salamuni (PV) gosta de contar vantagens sobre o período em que presidiu a Câmara Municipal de Curitiba. Mas depois de 11 meses que deixou a presidência, a certeza é de que ele regrediu na transparência da casa legislativa. Em novembro do ano passado, Salamuni validou a mudança do sistema de consulta dos ex-funcionários e servidores efetivos disponível no endereço eletrônico. Hoje é impossível saber quem trabalhou no Poder Legislativo, os respectivos salários e em quais gabinetes antes de outubro de 2014. A prova dos nove foi tirada depois da prisão de Eduardo Fabri Acioli que portava uma carteira de assessor parlamentar e parente de um vereador da capital paranaense. O blog vasculhou os arquivos da casa e não conseguiu encontrar a ficha funcional de Acioli. Segundo relatos de comissionados, Acioli circulou muito no Anexo 2. Agora, ciente do problema, o atual presidente, Aílton Araújo (PSC) terá que recuperar o antigo sistema e deixar disponível para consultas.


quarta-feira, 25 de novembro de 2015

STF acolhe Mandado de Segurança de Alvaro Dias e suspende parte da MP do RDC

STF acolhe Mandado de Segurança de Alvaro Dias e suspende parte da MP do RDC


O ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso concedeu, na noite desta quinta-feira(19/11), liminar a mandado de segurança impetrado pelo senador Alvaro Dias para suspender os efeitos de parte da Medida Provisória 678/2015, que prevê o uso do Regime Diferenciado de Contratações (RDC) para obras de infraestrutura, e dispensa o rigor da Lei de Licitações.
O senador pediu ao STF  que anulasse toda a MP ou, pelo menos, os 72 jabutis inseridos no texto. O ministro Luís Roberto Barroso determinou a suspensão dos efeitos desses jabutis, já que o STF já havia proibido que temas desconexos fossem inseridos em uma medida provisória. A proposta, aprovada pelo Congresso no fim do mês passado, está pendente de sanção da presidente Dilma Rousseff. “Com a decisão liminar, a presidente da República deveria vetar a MP, já que a sanção será inócua”, disse Alvaro Dias

Aprovado substitutivo de Alvaro Dias que proíbe postos de combustíveis de vender bebidas alcoólicas


Aprovado substitutivo de Alvaro Dias que proíbe postos de combustíveis de vender bebidas alcoólicas


Os senadores da Comissão de Assuntos Econômicos aprovaram o relatório de Alvaro Dias favorável ao projeto que proíbe a venda de bebidas alcoólicas em condições de pronto consumo nos estabelecimentos situados às margens das rodovias federais. A proposta, que já havia sido aprovada pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS), recebeu substitutivo de Alvaro Dias, que não considerou razoável dispositivo contido no texto original da proposição, que estendia a proibição da venda de bebidas alcoólicas aos postos de venda de combustíveis localizados em áreas urbanas, fora das margens das rodovias.
De autoria do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), o Projeto de Lei do Senado (PLS) 169/2011 agora seguirá para decisão terminativa na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Segundo o autor do PLS 169, o objetivo de sua proposição é o de eliminar impropriedade da Lei 11.705/2008, mais conhecida como “Lei Seca”, que tolera a venda ou a oferta de bebidas alcoólicas, em condições de consumo imediato, nos postos de venda de combustíveis automotivos.
No seu relatório favorável à aprovação do projeto, o senador Alvaro Dias citou estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), estimando em R$ 5,3 bilhões por ano os custos dos acidentes em aglomerações urbanas. Nas rodovias, a estimativa é de que o custo tenha atingido R$ 22 bilhões no ano de 2006.
“Dados os altíssimos custos dos acidentes, como mostrado nos estudos do IPEA, e o aumento do risco de ocorrência de acidentes provocados pela ingestão de álcool, medidas no sentido de reduzir o seu consumo são de extrema importância, tanto do ponto de vista social, como econômico. Entretanto, estender a proibição de venda de bebidas alcoólicas em condições de pronto consumo aos postos de venda de combustíveis e às lojas de conveniência a eles contíguas localizados em áreas urbanas, fora das margens das rodovias, não se revela razoável para alcançar o fim almejado, uma vez que em toda e qualquer área urbana há diversos outros pontos de venda de bebidas na condição de pronto consumo como os supermercados, bares e restaurantes”, argumentou Alvaro Dias em seu parecer, aprovado por unanimidade pelos senadores da Comissão de Assuntos Econômicos.

RIO 2016: SEQUER HOUVE LICITAÇÃO PARA SEGURANÇA


O desleixo do governo quanto à ameaça terrorista é constrangedor: a pouco mais de 8 meses dos Jogos Olímpicos de 2016 do Rio, ainda nem sequer foram comprados equipamentos de segurança, como detectores de metais. O Ministério da Justiça fará a licitação apenas em janeiro. O Japão, que sediará os Jogos de 2020, já encomendou esses equipamentos. A abertura dos Jogos do Rio será em 5 de agosto.

CORRUPÇÃO DO PT SE ALASTROU DA GESTÃO CELSO DANIEL À ESFERA FEDERAL, DIZ JUÍZA


PARA JUÍZA, QUADROS IMPORTANTES DO PT CEDERAM À CORRUPÇÃO
  
JUÍZA CONDENOU O EMPRESÁRIO SÉRGIO GOMES DA SILVA, O SOMBRA, A 15 ANOS E SEIS MESES DE PRISÃO PELA MORTE DO EX-PREFEITO CELSO DANIEL (FOTO: BETO BARATA/AE)
Em sentença de 117 páginas, na qual condenou a 15 anos e seis meses de prisão o empresário Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, a juíza Maria Lucinda da Costa, da 1ª Vara Criminal de Santo André, assinalou que ‘o esquema de corrupção era tão estruturado que se ramificou’ e atingiu a administração federal. “Encontrou no pensamento coletivo corrompido terreno fértil e se alastrou inclusive para a esfera federal”, escreveu a juíza.
Sombra é um emblemático personagem do caso Santo André. Ele era muito próximo de Celso Daniel, ex-prefeito do PT executado a tiros em janeiro de 2002. Para o Ministério Público Estadual, o esquema de propinas abastecia caixa 2 do partido. Os promotores afirmam que Celso Daniel foi eliminado porque resolveu dar um fim na arrecadação ilícita em sua gestão ao descobrir que o dinheiro estaria sendo canalizado para o enriquecimento pessoal de Sombra e de outros personagens do caso.
A condenação de Sombra é a primeira imposta pela Justiça no episódio que se transformou em um pesadelo para o PT. Além de Sombra, a juíza condenou o empresário do setor de transportes e de comunicação em Santo André Ronan Maria Pinto (10 anos e 4 meses de pena) e o ex-secretário municipal Klinger Luiz de Oliveira Souza (15 anos e seis meses). Todos poderão recorrer em liberdade.
A Promotoria atribuiu a Sombra, Ronan e Klinger a liderança de um esquema de arrecadação de propinas no setor de transporte público da cidade do Grande ABC.
A suspeita sobre o suposto caixa 2 do PT surgiu com o depoimento do médico oftalmologista João Francisco Daniel, irmão mais velho de Celso Daniel. Ele revelou que a propina ia para o partido, na ocasião presidido por José Dirceu, mais tarde ministro-chefe da Casa Civil no primeiro governo Lula.
“Os réus, especialmente Klinger e Sérgio (Sombra), ligados que são ao Partido dos Trabalhadores, ocuparam posição de destaque no partido, em uma cidade que congregava a liderança partidária”, assinalou a juíza Maria Lucinda da Costa. “Da administração de Celso Daniel saíram pessoas que ocuparam cargos no primeiro escalão do governo federal petista, como Miriam Belchior e Gilberto Carvalho. Portanto, tinham eles condições de, em fazendo uma administração limpa, fazer frutificar frutos bons. Mas, não, optaram por ceder à corrupção, o que possibilitou a proliferação do esquema maléfico, como depois se tornou público e notório.”
A juíza cita na sentença uma ‘testemunha sigilosa’. “Ouvida no procedimento preparatório, (a testemunha) relatou que soube pela ex-mulher de Celso Daniel que as empresas contratadas pela Municipalidade desviavam recursos dos cofres públicos para o Partido dos Trabalhadores, para utilização em campanhas eleitorais e que os valores eram entregues em mãos do presidente do Partido, José Dirceu.”
A juíza destaca que ‘no caso específico dos autos, não se pode ignorar, ainda, que a estrutura criminosa se instalou em torno de serviço público essencial, utilizado pela camada mais sofrida da população que, não obstante seja a menos favorecida economicamente, foi a que mais sofreu com o aumento dos custos dos serviços impostos para suportar o pagamento da verba ilícita’.
“Como se não bastasse, são atos da espécie que prejudicam a evolução social, o crescimento da economia, a estruturação do Estado Democrático de Direito e, na medida em que causam o descrédito do administrador público, comprometem a imagem de todas as autoridades públicas e toda a estruturação dos entes federativos”, alerta a magistrada.
A juíza cita João Francisco Daniel, irmão de Celso Daniel. “Relatou que após o falecimento do prefeito Celso Daniel, soube por Miram Belchior, ex-esposa do alcaide, que havia um ‘caixa 2′, cuja receita era destinada ao Partido dos Trabalhadores. Ocorre que pouco antes do falecimento de Celso, cogitou-se que parte deste dinheiro estava sendo desviada em proveito próprio de Klinger, Ronan e Sérgio, tanto que Celso confidenciou ao irmão que estava fazendo um dossiê contra os réus. Posteriormente, Miriam teria relatado à testemunha que “…Klinger direcionava as licitações, o denunciado Ronan seria o beneficiário dessas licitações….e por fim o denunciado Sérgio era o responsável para manter o contato com os empresários de Santo André….Sérgio era um homem violento e responsável pela arrecadação junto aos empresários…”, inclusive, exibindo-lhes arma de fogo durante as reuniões. Finalmente, o dinheiro seria encaminhado ao PT, na pessoa de José Dirceu, por Gilberto Carvalho.”
Perante a CPI que se instalou na Câmara municipal de Santo André, João Francisco disse que ‘o esquema lhe teria sido relatado também por Gilberto Carvalho’.
Tais informações foram desmentidas por Miriam Belchior e por Gilberto Carvalho, segundo a própria sentença da juíza de Santo André. “Também não se ignora que, ouvida pela CPI, Miriam desmentiu o ex-cunhado, assim como Gilberto Carvalho o fez. Entretanto, ainda que não se tenha provado o conhecimento de Miriam e de Gilberto acerca do esquema criminoso, certo é que os depósitos, documentalmente comprovados, são mais que suficientes para provar a existência do grupo criminoso. As demais testemunhas, embora não contribuam para confirmar a acusação, também não bastam para afastar as robustas provas produzidas.”
A juíza cita, ainda, Ivone de Santanta, viúva de Celso Daniel. “Descreveu que no primeiro mandato de Celso, Sérgio trabalhou no gabinete do Prefeito e Klinger era funcionário da Prefeitura. No segundo e terceiro mandatos, Sérgio, por não residir em São Paulo, não ocupou cargo na Prefeitura Municipal e Klinger passou a Secretário. Asseverou que o relacionamento do falecido Prefeito com o irmão João Francisco não era próximo, porque Celso não gostava de ser procurado para atender interesses pessoais do irmão, cujo filho era patrocinado no basquete pela família Gabrilli (proprietária de uma empresa de transportes). Enfatizou que João Francisco pressionava o prefeito para interceder na Administração em favor de Gabrilli. Por outro lado, Ivone negou que Celso estivesse fazendo um dossiê contra Klinger, Ronan e Sérgio. Ao contrário, sustentou que a relação de amizade entre Celso e Klinger nunca foi abalada.” 

Senado mantém prisão de Delcídio por 59 a 13

Com 59 votos SIM e 13 NÃO, os senadores decidem manter a prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), líder do governo no Senado.

O líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), foi preso nesta quarta-feira pela Operação Lava Jato. Segundo as investigações, ele tentava conturbar o trabalho da equipe que investiga o escândalo de corrupção na Petrobras. Por ter foro privilegiado, a Constituição estabelece que, em casos de prisão em flagrante, “os autos serão remetidos dentro de 24 horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão”.
Com a decisão de seus pares pela manutenção da prisão, Delcídio Amaral passa hoje a primeira noite na Superintendência da Polícia Federal em Brasília.

Sem cartel, gasolina em Curitiba seria R$ 3,03

Preço da gasolina
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) está investigando se em Curitiba há o cartel dos postos de combustíveis. O MP acredita que pode estar havendo um acordo entre alguns vereadores de Curitiba e o sindicato da categoria. Há uma lei que impede a livre concorrência no setor. Hoje, um posto só pode ser aberto se houver uma distância mínima de 1 km, antes era 500 metros Nos Estados Unidos não existe esse tipo de exigência. Por um motivo simples: empresas de outros segmentos poderiam exigir o mesmo direito. Há uma emenda do vereador Professor Galdino (PSDB) tentando acabar com essa reserva de mercado. Mas a tramitação está na lenta por manobras de parlamentares ligados ao sindicato. Segundo Galdino, o cartel causa um rombo de mais de R$ 900 por ano no bolso dos motoristas curitibanos. O tucano disse que ontem, em Brasília, a Operação Dubai, deflagrada pela Polícia Federal, identificou executivos das principais distribuidoras do ramo combinando valores dos produtos. E que na capital paranaense tudo indica que o mesmo método é seguido. O parlamentar frisou que a gasolina poderia estar custando em torno de R$ 3,03 apenas permitindo a abertura de novos postos de combustíveis.

Em rascunho de delação, Cerveró disse que Dilma ‘sabia de tudo’ sobre Pasadena

Na minuta preliminar da sua delação premiada, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró afirmou que a presidente Dilma Rousseff “sabia de tudo de Pasadena” e que ela “me cobrava diretamente”. As informações são da Folha de São Paulo.

A refinaria, comprada nos Estados Unidos, teve superfaturamento de US$ 792 milhões, na avaliação do TCU (Tribunal de Contas da União), e foi adquirida após encaminhamento favorável de Dilma, que na época era presidente do Conselho de Administração da Petrobras.
Confira o áudio da conversa
O relato da delação foi feito pelo senador Delcídio do Amaral (PT-MS) em reunião com o advogado de Cerveró, Edson Ribeiro, e com o filho do ex-diretor, Bernardo, para discutir um acordo em que Cerveró livraria Delcídio e o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual.
Delcídio leu para os participantes a minuta da delação de Cerveró ao qual ele teve acesso -documento que era sigiloso.
Segundo o senador, Cerveró relatou que Dilma “acompanhava tudo de perto” da refinaria de Pasadena e que fez várias reuniões com ela para tratar do assunto.
A delação de Cerveró ainda não foi homologada pela Justiça. Nos seus depoimentos, ele também teria falado que a operação de Pasadena rendeu dinheiro para Delcídio.
CARDOZO
O senador petista afirmou ainda, na conversa, que conversou com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, sobre um ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça), que havia sido indicado em agosto e empossado no fim de setembro.
Eles conversavam sobre um habeas corpus para Cerveró e o ex-diretor Renato Duque, também preso, dando a entender que ele daria uma decisão favorável à liberdade deles. “Sobre o STJ, ontem eu conversei com o Zé Eduardo, muito possivelmente o Marcelo na turma vai sair”, disse Delcídio.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

IPMC



O vereador Tico Kuzma (PROS) pediu informações quanto aos valores repassados mensalmente pela Prefeitura ao IPMC (062.00456.2015). Ele indaga em seu requerimento de pedido de informações quais os valores repassados mensalmente pela Prefeitura ao IPMC (desde a aprovação da lei até o mês de outubro de 2015); se foram criadas, a cada 3 anos, comissões de avaliação do Plano de Custeio; se o IPMC devolveu ou deixou de receber da prefeitura algum valor a que teria direito. Além disso, o vereador também pede uma cópia da Nota Técnica Atuarial com parecer sobre os 3 últimos exercícios da análise sobre a capacidade do Plano de Custeio para dar cobertura ao Plano de Benefícios.

BRASILEIROS COM MEDO


De cada 100 moradores do Rio, São Paulo, Minas e Espírito Santo, 77 estão preocupados em perder o emprego ou fechar seu negócio nos próximos 12 meses. É o maior percentual do País, diz pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria) realizada em 141 municípios.

MINISTRO PREVÊ LEILÃO DE MAIS QUATRO AEROPORTOS ATÉ MAIO - Mas O PT é contra privatizações...


CONCESSÕES SERÃO EM PORTO ALEGRE, FLORIANÓPOLIS, SALVADOR E FORTALEZA

CONCESSÕES SERÃO EM PORTO ALEGRE, FLORIANÓPOLIS, SALVADOR E FORTALEZA. FOTO: GABRIELA KOROSSY
O ministro da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha, foi ao Senado hoje (16) apresentar dados do setor aéreo e medidas a serem adotadas para desenvolver o setor como a concessão de mais quatro aeroportos. De acordo com o ministro, o processo de licitação dos aeroportos de Porto Alegre, Florianópolis, Salvador e Fortaleza deve ser concluído com um "leilão em abrio ou maio" do ano que vem. "Só falta definirmos o porcentual de participação da Infraero para enviarmos as minutas de edital para o Tribunal de Contas da União", disse.
Padilha ressaltou outros dados como aumento no número de passageiros, queda de preços das passagens e melhoria da aprovação dos aeroportos nacionais na última década em decorrência da passagem dos terminais para a iniciativa privada.
O ministro disse ainda que o licenciamento ambiental foi o maior óbice para um andamento mais célere das concessões previstas dentro do Programa de Aviação Regional, que pretende construir ou reformar 270 terminais aeroportuários no interior do País. Segundo ele, no entanto, as dificuldades com o processo já foram superadas.
"Conseguimos no Ministério do Meio Ambiente a aprovação de uma resolução para o trâmite mais acelerado das licenças para os aeroportos regionais, em até 180 dias. Esse é um exemplo que pode servir para os demais modais de transporte", completou.

Há três meses, Polícia Federal descobriu rede de apoiadores do Estado Islâmico em São Paulo


O alarme da casa tocou pouco depois das 6 horas da manhã, numa rua típica do bairro do Pari, em São Paulo. Era a última sexta-feira de agosto. A Polícia Militar logo chegou ao local, na tentativa de evitar o que imaginava ser um assalto. Encontraram policiais federais armados, usando marreta para arrombar os 14 cadeados que trancavam o portão de ferro. Era a única casa da rua com cerca elétrica. Comparada às demais, parecia um bunker, rodeado por uma dezena de câmeras de segurança. A operação fora autorizada pela Justiça Federal com o objetivo de investigar um grupo suspeito de movimentar ilegalmente mais de R$ 50 milhões em cinco anos. ÉPOCA descobriu que os investigados formam uma célula especializada em lavagem de dinheiro, suspeita de apoiar o terrorismo. Seus integrantes defendem execuções em massa, a morte do presidente americano Barack Obama e o Estado Islâmico, a mais perigosa organização terrorista da atualidade.
A operação Mendaz foi planejada com discrição. Mencionou apenas o desbaratamento de uma rede de empresas e CPFs falsos, montada para enviar dinheiro para fora do país sem identificar quem recebe. Conduzida pela Diretoria de Inteligência da Polícia Federal, a ação foi acompanhada pela Embaixada dos Estados Unidos, pela seção comandada por Steve Moore, agente do FBI. Na manhã daquela sexta-feira, a Embaixada de Israel também recebeu o informe da PF sobre a ação. Há um esforço conjunto para rastrear as conexões do grupo no exterior. É a primeira vez que uma operação da PF chega a um grupo tão estruturado de simpatizantes do terror no Brasil.

O rei da cela e os súditos na carceragem da Lava Jato

Marcelo Odebrecht

Da Coluna Esplanada
Após o terceiro pedido de prisão pelo juiz federal Sérgio Moro, o comportamento do empreiteiro Marcelo Odebrecht mudou no complexo médico-penal de Pinhais (PR), com a suspeita de que não sairá tão cedo do lugar.
O empresário dono do maior grupo do País vive turrão, desobedece regras da carceragem e faz ar de deboche para agentes, segundo relatos de policiais. Em alguns casos, cruza os braços em vez de posicioná-los à frente do corpo, quando os detentos andam em fila.
As retaliações para o comportamento solitário são banho frio e atraso na entrega das refeições para todos os presos.
Apesar dos castigos impostos pelos agentes, nenhum colega de cadeia de Odebrecht ousa reclamar com os carcereiros ou enquadrar o detento-rei.
O consenso entre os lobistas e executivos presos é que um dia todos serão soltos, e eles sabem do poder político e econômico de Odebrecht aqui fora. O tratam como reizinho da cela.

Câmara de Curitiba devolverá recursos não utilizados


Câmara Municipal de Curitiba
A Câmara Municipal de Curitiba deverá devolver em torno de R$ 40 milhões para a prefeitura no final do ano. A devolução servirá para que atual gestão não feche no negativo e atrase o 13º salário dos servidores municipais. Não é a primeira vez que isso acontece. Desde a criação da Lei de Responsabilidade Fiscal, no início da década passada, todos os presidentes devolveram recursos não utilizados para aliviarem os problemas do período. A prática começou na gestão do ex-presidente João Cláudio Derosso, político hábil que foi jogado aos lobos por pretender disputar a prefeitura em 2012, contrariando planos de outros tucanos.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Descarte de lixo reciclável em sacos coloridos passa em Legislação


  • A Comissão de Legislação analisou seis projetos de lei, cinco seguem tramitando na Câmara de Curitiba e apenas um fica no colegiado, sob vista de Pier Petruzziello. (Foto: Chico Camargo/CMC)
O descarte de lixo reciclável em sacos plásticos coloridos recebeu o aval da Comissão de Legislação, Justiça e Redação nesta terça-feira (10). Além deste projeto de lei, outros quatro seguirão tramitando na Câmara de Curitiba. Na reunião, apenas uma proposta permaneceu sob a análise do colegiado, a pedido do presidente, Pier Petruzziello (PTB). 

De iniciativa de Chicarelli (PSDC), a matéria que regulamenta o descarte de resíduos recicláveis foi relatada por Bruno Pessuti (PSC), cujo parecer foi pela tramitação regimental. O texto (005.00173.2015) prevê que este tipo de lixo também possa ser dispensado em caixas de papelão e recipientes compostos por materiais recicláveis. No entanto, a medida valerá apenas para os locais atendidos pelos caminhões de coleta seletiva.

A proposta altera a lei municipal 14.596/2015, de autoria do próprio Chicarelli, que regulamenta a separação e o descarte de resíduos sólidos – e que recebeu veto parcial do prefeito Gustavo Fruet (saiba mais). Com o aval da Comissão de Legislação, o projeto segue para a análise do colegiado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. 

Na Câmara, comandante da PM fala sobre interação popular com policiais

  • Professora Josete parabenizou Kuzma pela iniciativa de divulgar o projeto na Câmara e ressaltou sua crença na efetividade de uma polícia comunitária. (Foto: Chico Camargo/CMC)
  • Na Tribuna Livre, o tenente-coronel Carlos Eduardo Rodrigues Assunção, comandante do 13º Batalhão da PM, falou sobre o projeto “Abrace seu bairro, abrace sua polícia”. (Foto: Chico Camargo/CMC)
  • O convite foi feito pelo vereador Tico Kuzma, que disse entender necessário o estreitamento de laços entre a polícia e a comunidade. (Foto: Chico Camargo/CMC)
  • Chico do Uberaba enalteceu a iniciativa e questionou o novo aplicativo que está sendo desenvolvido para aprimorar ainda mais a interação entre policiais e a população. (Foto: Chico Camargo/CMC)
  • Pier Petruzziello destacou que os policias estão na linha de frente do atendimento à população, como também os vereadores. Ele fez um apelo aos futuros governantes que valorizem o trabalho policial. (Foto: Chico Camargo/CMC)
  • Professora Josete parabenizou Kuzma pela iniciativa de divulgar o projeto na Câmara e ressaltou sua crença na efetividade de uma polícia comunitária. (Foto: Chico Camargo/CMC)
  • Na Tribuna Livre, o tenente-coronel Carlos Eduardo Rodrigues Assunção, comandante do 13º Batalhão da PM, falou sobre o projeto “Abrace seu bairro, abrace sua polícia”. (Foto: Chico Camargo/CMC)
A Tribuna Livre desta quarta-feira (11) foi ocupada pelo tenente-coronel Carlos Eduardo Rodrigues Assunção, comandante do 13º Batalhão da Polícia Militar. Ele falou sobre o projeto “Abrace seu bairro, abrace sua polícia”, que teve origem dentro daquele regimento. O convite foi feito pelo vereador Tico Kuzma (PROS).

O vereador destacou que se trata de um trabalho de interação social praticado pelo 13º batalhão, cujo objetivo é estreitar os laços entre a comunidade e os policias responsáveis pela manutenção da segurança nesses locais. “Ao todo”, lembra Kuzma, “são 15 bairros atendidos pelo projeto”.

“É conhecida a luta diárias dos policias, as dificuldades que enfrentam na realização de suas atividades profissionais”, destacou. O vereador lembrou também que os policiais pertencem àquele grupo de categorias profissionais que prestam juramento á bandeira comprometendo-se a doar a vida em prol da defesa do país e da população. Kuzma também salientou a recente aprovação do Conselho Municipal de Políticas Públicas do Município.

O tenente-coronel Assunção saudou os vereadores e explicou as origens do projeto. Segundo ele, “a iniciativa se deu dentro do próprio batalhão, com o apoio de todos os envolvidos. Cada um dos 15 tenentes que integram a corporação (independente das suas atividades convencionais) escolheu um bairro e passou a ter um vínculo com o lugar. “Essa interação ocorre a partir do momento em que o oficial vai ao bairro e avalia as características, as demandas, conhece as lideranças. Ele se torna um líder que pode auxiliar a comunidade a criar mecanismos de auto-organização e proteção, como Consegs e associações de moradores”, salientou.

Para o comandante do 13º batalhão, o abraço deve ser recíproco. “A população também deve 'abraçar' o policial, estabelecer com ele uma relação de confiança. O policial deixa de ser um anônimo. A ideia é que o projeto se estenda aos subtenentes e sargentos e, posteriormente, aos cabos e soldados”. Ele frisou que o projeto não implica gastos para a administração, mas por enquanto está limitado ao 13º Batalhão. “Nada impede que, futuramente, o projeto seja adotado por outros regimentos ou por toda a instituição, levando-se em consideração, claro, as peculiaridades de cada bairro. O que deu certo no Capão Raso pode não funcionar na Caximba, por exemplo”.

Debate
O presidente da Comissão de Direitos Humanos, Defesa da Cidadania e Segurança Pública, vereador Chico do Uberaba (PMN), pediu mais esclarecimentos quanto ao aplicativo – ainda em fase de desenvolvimento – que será disponibilizado à população com a finalidade de facilitar o contato com a polícia. De acordo com o tenente-coronel, trata-se de um programa de fácil utilização que permitirá ao cidadão comunicar situações delituosas. “Existe o WhatsApp, mas ele não foi feito para este fim. O novo aplicativo terá recursos específicos para que o cidadão promova sua denúncia. Necessário ressaltar que a adoção do aplicativo não implicará no abandono do 190, que ainda é a forma de interação mais usada pela população”.

Pier Petruzziello (PTB), presidente da Comissão de Legislação, Justiça e Redação, parabenizou o vereador Kuzma e exaltou a iniciativa do 13º Batalhão. “Quando houver respeito aos professores e aos policiais, o país vai avançar”, defendeu. “Os policiais estão na linha de frente do atendimento à população, como nós, vereadores. Faço um apelo aos governantes que virão no sentido de que valorizem o trabalho desses profissionais”, enfatizou Pier. Ainda para ele, o gesto dá um alento para as comunidades e também humaniza a figura dos policias: “por trás dessas fardas existem cidadãos, pais e mães de família”.

A vereadora Professora Josete (PT) disse que acredita na concepção de uma polícia comunitária e acha positivo que a iniciativa tenha surgido dentro da própria instituição. Ela indagou sobre o critério que determinou a escolha dos bairros e se há perspectiva para a ampliação do projeto. Em resposta o coronel disse que de início o projeto vai ser realizado apenas nos bairros atendidos pelo 13º batalhão, mas pode ser ampliado, de acordo com as características específicas de cada área e de cada batalhão

Para Valdemir Soares (PRB) a Tribuna Livre de hoje foi uma das mais interessantes dos últimos seis meses. “Devemos valorizar todas as iniciativas que objetivam criar rotinas mais eficientes para a segurança pública, principalmente no que diz respeito ao combate às drogas”, disse Valdemir. O vereador entende que a presença ostensiva de policiais nas praças e bosques da cidade pode inibir a atuação do tráfico.

Senador volta a cobrar agilidade nos testes com fosfoetanolamina


Senador volta a cobrar agilidade nos testes com fosfoetanolamina


 Durante os debates na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), na manhã desta terça-feira (10/11), o senador Alvaro Dias voltou a fazer um apelo às autoridades da área de saúde e vigilância sanitária para que agilizem os procedimentos para o uso da fosfoetanolamina, a substância desenvolvida por cientistas da USP, que tem curado pacientes com câncer.
“Há poucos dias, tivemos uma audiência pública emocionante no Senado Federal, contando com a presença de vítimas do câncer, que prestaram depoimentos comoventes a comissões do Senado Federal e à sociedade, quando discutimos o uso da fosfoetanolamina. Voltamos a fazer um apelo público para que o governo agilize os procedimentos para a realização dos testes clínicos oficiais necessários, a fim de que a produção possa ser autorizada ou não, dependendo das conclusões a que chegarem com esses testes, que serão realizados agora, sob a égide e o comando da Fiocruz, uma instituição acreditada no País, de grande respeitabilidade”, disse.

“Temos que garantir que as pessoas com deficiência tenham acesso aos bens da sociedade”


“Temos que garantir que as pessoas com deficiência tenham acesso aos bens da sociedade”

“É preciso garantir que as pessoas com deficiência tenham acesso aos bens da sociedade: educação, saúde, trabalho e remuneração digna. Isso é indispensável. Quanto à inclusão no mercado de trabalho, é necessário criar as condições de interação das pessoas com deficiência com os demais funcionários da empresa e com todas as pessoas com quem se relacionarão no exercício da sua atividade empregatícia. Portanto, essa é a preocupação que surgiu em Ponta Grossa, com o empresário Álvaro Scheffer, que foi o líder na organização dessa proposta, na apresentação desse programa, com o apoio da Prefeitura Municipal, do Prefeito Marcelo Rangel. Nesse evento estiveram presentes, também, solidários com essa proposta, os deputados locais Sandro Alex e Aliel Machado. Uma proposta que, realmente, tem de ser encarada positivamente pelo Ministério do Trabalho”, disse o senador.
Alvaro Dias afirmou ainda que 45 milhões de brasileiros são portadores de algum tipo de deficiência e que esse segmento da população é o mais afetado pela crise econômica.
“Se há dificuldade para os trabalhadores brasileiros, em razão da crise que se aprofunda; se há inflação, recessão, desemprego; se, neste ano, segundo dados do próprio governo, mais de 400 mil pequenas e médias empresas fecharam as suas portas, ou seja, uma empresa por minuto fechou suas portas neste ano de 2015, em razão da crise; enfim, se há dificuldades para trabalhadores de modo geral, imagine para trabalhadores com deficiência. A nossa Lei de Cotas já tem 24 anos. De 1950 a 1990 vigorou essa lei. Depois disso, as pessoas com deficiência pressionaram e colocaram um fim à lei de cotas porque se sentiram perfeitamente inseridas no mercado de trabalho e puderam dispensar esse sistema de cotas introduzido legalmente também nos Estados Unidos. É o que nós desejamos que ocorra no Brasil. Temos um sistema há 24 anos, mas ainda não chegou ao cenário ideal desejado. Esperamos que isso possa ocorrer, como nos Estados Unidos, e que dentro em breve as pessoas com deficiência imponham o fim desse sistema porque não necessitarão mais da lei para ter acesso ao mercado de trabalho”, concluiu o senador Alvaro Dias.

Medida para atingir caminhoneiros é inconstitucional e transforma multa em instrumento de repressão política


Medida para atingir caminhoneiros é inconstitucional e transforma multa em instrumento de repressão política


O governo federal está utilizando a multa de trânsito como instrumento de repressão política, e o Congresso Nacional tem a obrigação de rechaçar a medida provisória editada por Dilma unicamente para perseguir os caminhoneiros. O senador Alvaro Dias fez esta afirmação na Tribuna, nesta quarta-feira (11), ao criticar, de forma veemente, a edição da medida provisória 699/2015. A medida, assinada pela presidente Dilma, altera o Código de Trânsito, tornando infração gravíssima o uso de veículo para, deliberadamente, interromper, restringir ou perturbar a circulação em vias. Para Alvaro Dias, o governo tenta, com a medida, apenas esvaziar a manifestação de caminhoneiros que acontece em vários estados do Brasil.
No seu pronunciamento, o senador Alvaro Dias afirmou que o governo desconsiderou o caráter arrecadatório da multa de trânsito e adentrou o campo da repressão, transformando a multa em instrumento de confisco para coibir manifestações dos que que “não aceitam os desmandos perpetrados pelo governo do PT”. Para o senador, a incapacidade de diálogo e a incompetência para formular políticas que equilibrem as contas públicas e coloquem o Brasil no caminho do crescimento, levam o governo recrudescer e atacar os descontentes que exercem seu direito constitucional de manifestação.
“Uma multa de trânsito pode ser definida como uma sanção de natureza pecuniária imposta pelos órgãos públicos competentes aos proprietários e condutores que cometerem infrações estabelecidas nas normas específicas. O governo, ao transformar a lei de transito em instrumento de repressão política, erra novamente. Aliás, errar, errar e errar são as lições que constam da cartilha do governo que ai está. Ao instar as polícias e os órgãos responsáveis pela organização do trânsito a aplicarem multas gravíssimas aos caminhoneiros que participarem de manifestações, e multas gravíssimas para os líderes das manifestações, o governo fere de morte o princípio da proporcionalidade, desconsidera o princípio do não confisco, e ignora o princípio da individualização da pena. Aplicar multas com essas proporções aos trabalhadores das estradas exacerba o poder de coação que deve ser exercido pelo instituto da multa. Essas multas, aliás, representarão o confisco de seu capital de trabalho, e esse do confisco do patrimônio do trabalhador impactará sua família de maneira cruel, escandalosa e de forma irreversível e irresponsável”, afirmou o senador Alvaro Dias.
Para o senador, a medida provisória nº 699, de 2015, apresenta um flagrante caráter confiscatório da multa, o que faz com que sua inconstitucionalidade seja “cristalina como água de boa fonte”. Alvaro Dias lamentou a atitude da presidente da República, e reafirmou que o Parlamento precisa rejeitar esta medida.
“Não existe remendo para o que o governo acaba de fazer. Analisando o passado, resta claro que não se poderia esperar outra coisa do governo, senão o expediente de lançar mão de instrumentos de repressão política para se manter no Poder, mesmo quando quase 90% da população não mais os toleram. O Parlamento deve rechaçar de chofre essa MP que transforma o Código de Trânsito em instrumento de repressão política. Não atuando o Parlamento dessa forma, restará o caminho do Supremo Tribunal Federal, que tem todos os elementos necessários para considerar inconstitucional esse desatino, esse delírio, essa alucinação do governo do PT”, concluiu o senador.

Inspirado no Paraná, SP vai criar programa Família Paulista


unnamed
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) vai criar, nos moldes do Família Paranaense, o programa Família Paulista. No Paraná, o programa foi criado em 2012 pelo governador Beto Richa (PSDB) e atende 196,7 mil famílias. “As ações alcançam as famílias do campo e da cidade nas áreas da saúde, educação, agricultura, construções de moradias, capacitação e qualificação profissional, abertura de novos postos de trabalho, com uma rede de proteção social espalhada por todo o Estado”, disse Richa que já destinou R$ 67,5 milhões ao programa desde a sua criação.
A secretária Fernanda Richa (Trabalho e Desenvolvimento Social) reforça que o trabalho em rede promovido pelo programa Família Paranaense permite a integração das diversas políticas públicas voltadas ao combate à pobreza. Em 2016, o programa terá um reforço de R$ 400 milhões com a criação do Fundo de Combate a Pobreza. “Precisamos avançar mais. Nenhum governo se justifica se não promover ações para melhorar a vida das pessoas, e é o que estamos fazendo no Paraná hoje”, ressaltou.

Saco sem fundo


Dinheiro-escorrendo-pelo-ralo
Os políticos encontraram maneira segura de meter a mão no dinheiro público sem o risco de encarar operações policiais, CPIs ou juízes desassombrados. O Fundo Partidário, com dinheiro do Tesouro Nacional, já distribuiu somente neste ano R$ 676 milhões aos partidos. O butim não terminou: até o fim do ano serão mais R$ 135,2 milhões – e terão embolsado R$ 811 milhões em um ano que não houve eleição. Além das burras abertas do governo, o PT tem o Fundo Partidário à disposição Foi o que mais faturou, até outubro: R$ 90,7 milhões.Informações do Claudio Humberto.
A conta recheada do PSDB talvez explique uma certa pasmaceira no maior partido de oposição: foram R$ 74,2 milhões do fundo partidário.
O PMDB não economiza alfinetadas no governo, até porque a grana do PT não lhe faz falta: faturou R$ 72,4 milhões do Fundo, só em 2015. Os partidos Rede de Marina Silva e um tal Novo, recém-criados, já participam do butim: cada um já levou R$ 196 mil do Fundo Partidário.

Desfaçatez

Fábio Campana


lula-capa
Na mais forte reação do PT às denúncias de corrupção contra integrantes do partido, a direção nacional da legenda vai distribuir a partir desta quarta­-feira, 11, milhares de cópias de uma cartilha na qual acusa a força­-tarefa da Operação Lava Jato, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e setores da imprensa de agirem deliberadamente, com base em “mentiras”, para eliminar o partido da vida política brasileira”.

CNPq atrasa pagamento de bolsas e culpa Banco do Brasil

Milhares de bolsistas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), órgão ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, tiveram as bolsas atrasadas no começo do mês de novembro. Os estudantes de graduação e pós­graduação deveriam ter recebido a bolsa até esta segunda­-feira, 9, quinto dia útil do mês. Para muitos deles, porém, o dinheiro não havia caído na conta até esta terça-­feira, 10.

“Antes, não tínhamos esse atraso”, reclama biotecnologista Aline Rocha, que recebe uma bolsa de R$ 3 mil do CNPq para trabalhar em uma empresa. “Essa é minha única fonte de renda. Minhas contas são em débito automático e fico preocupada em pagar juros”, diz ela, de 28 anos. Como vai receber a bolsa até maio do ano que vem, ela fica receosa sobre o futuro. “Com essa situação do governo federal, não sabemos como vai funcionar nos próximos meses.”
O CNPq informou que o repasse dos R$ 86 milhões referentes às bolsas foi agendado para a quinta­-feira, 5. Isso daria, segundo o órgão, tempo hábil para o pagamento dos bolsistas até segunda­-feira. Os depósitos não ocorreram, acrescenta o CNPq, por problemas técnicos da instituição financeira.
O Banco do Brasil confirmou as falhas e disse que parte das bolsas foi paga até segunda, a data prevista, mas outras ainda são quitadas nesta terça. O dinheiro cairá na conta dos bolsistas até a meia noite. Com isso, portanto, muitos dos correntistas só identificarão o depósito na quarta­-feira, 11. Os pagamentos serão creditados com data retroativa ao dia 9, o que evita mais prejuízos aos estudantes