quinta-feira, 27 de junho de 2013

Adolescentes atendidos pela FAS lançam jornal na Vila Verde


principal
Um grupo de 50 adolescentes moradores da Vila Verde, na CIC, criou, como parte das atividades desenvolvidas pelo programa Projovem Adolescente, um jornal, o 3ª Opinião, para debater questões de segurança pública no bairro. O jornal é resultado de uma das oficinas do programa, realizado pela Fundação de Ação Social (FAS), que acontece em regime de contraturno escolar. Durante três meses, os jovens de 15 a 17 anos conheceram um pouco sobre a rotina do Jornalismo, elaboração de pautas, técnicas de entrevistas e jornais nacionais e internacionais.
“A partir daí, eles mesmos escolheram o tema que seria tratado (segurança pública), levando em conta o grau de importância para a comunidade da Vila Verde”, conta o facilitador da oficina, Daniel Zanella.
O tema, de acordo Zanella, foi escolhido por causa da relação entre a comunidade jovem do bairro com os policiais. “Eles não conseguiam ver nos policiais um poder de segurança, apenas de repressão, então foi ótimo para mostrar a necessidade de ouvir todos os lados da história”, detalha.
Segundo Zanella, que é estudante do último ano de Jornalismo, os adolescentes ainda tinham uma visão muito distante do que era o Jornalismo. “A ideia era que eles conhecessem a dinâmica por trás do jornalismo, além de estimular o senso crítico. Conforme o jornal estava sendo desenvolvido, percebemos neles um sentimento de utilidade, de relevância”, diz.
Quando saiu para as reportagens, o grupo recebeu crachá de repórter e entrevistou até um delegado. “A comunidade os recebeu muito bem. Em uma das matérias, sobre uma fábrica que os moradores reclamavam do mau-cheiro, foram até convidados a conhecer o funcionamento da empresa e ganharam almoço em um restaurante”, conta a educadora social do CRAS Vila Verde, Angeline Pacheco.
O nome, 3ª Opinião, faz a alusão à participação do jovem na mídia. “Percebemos a emoção deles, mostrando os nomes impressos para os pais. Um inclusive até se emocionou, dizendo que nunca tinha imaginado ler o nome dele sem ser nas páginas policiais”, lembra Angeline.
Para Igor de Castro, de 17 anos, que além de estar participar da elaboração de pautas e entrevistas foi o fotógrafo do jornal, a experiência foi muito importante. “Me sinto mais informado e mais crítico. Agora analiso de outra maneira as notícias”, diz.
Programa
Implantado em maio de 2008, o ProJovem Adolescente é coordenado pela FAS. Em Curitiba, o programa possui 75 grupos, que atendem cerca de 1.650 adolescentes entre 15 e 17 anos.
O objetivo do programa é criar mecanismos para o fortalecimento da convivência familiar e comunitária e oferecer condições para inclusão social e permanência do jovem no sistema educacional. Para isso, cada grupo desenvolve atividades pedagógicas, culturais, esportivas, de capacitação e cidadania no período de contraturno escolar.

Salamuni anuncia nova proposta de CPI do transporte coletivo



Nova proposta de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), relativa às atividades das empresas da Rede Integrada do Transporte Coletivo de Curitiba, foi debatida e aprovada nesta quarta-feira (26), na Câmara Municipal. O presidente, vereador Paulo Salamuni (PV), que já havia anunciado ontem a concordância dos demais vereadores em relação ao tema, trouxe a público um novo requerimento mais abrangente (número  049.00003.2013).
  
"Ampliamos o número de integrantes da CPI e procuramos definir, de modo mais claro, os temas que serão investigados", esclareceu Salamuni.
O vereador explicou que as atividades da CPI terão início às 11 horas desta sexta-feira (28) e realizará suas atividades em um prazo de 90 dias, que podem ser prorrogáveis por mais 90 dias. “A Comissão Parlamentar de Inquérito contará com a participação de 13 vereadores titulares a serem indicados pelas lideranças até amanhã (27), respeitando a proporção partidária entre blocos".
  
A CPI pretende investigar indícios de lucro excessivo e irregularidades no processo licitatório, bem como a suspeita da falta de recolhimento de ISS pelas empresas da Rede Integrada do Transporte Coletivo de Curitiba. Além destes temas, a CPI também se dedicará a investigar os contratos de concessão do serviço de transporte coletivo e seus aditivos. O Fundo de Urbanização de Curitiba também passará por análise. O texto do requerimento ainda esclarece que a CPI se propõe a investigar irregularidades na Rede Integrada de Transporte Coletivo como um todo.
Salamuni lembrou que todas as reuniões da CPI serão públicas e, no entendimento da Casa, a presença de representantes do Ministério Público seria saudável e bem-vinda.

Irregularidades


O texto de justificativa traz a informação de que os mesmos concessionários que já exploravam o Serviço de Transporte Coletivo há décadas foram novamente vitoriosos na licitação, o que configura um indício de irregularidade. A CPI também se dedicará a analisar a planilha da tarifa. Nem a Urbanização de Curitiba S.A. (URBS) nem a prefeitura de Curitiba sabem comunicar o exato número de usuários do serviço de transporte coletivo por dia. Tal circunstância, segundo a justificativa do requerimento, é agravada pelo fato de que as empresas concessionárias não forneceram à URBS os relatórios gerenciais, balancetes e balanços relativos às atividades das empresas.
  
"A abertura da CPI para investigar eventuais problemas, tanto sobre os indícios de lucro excessivo nos contratos de concessão como no que diz respeito à planilha de cálculo tarifário das empresas da rede Integrada de Transporte Coletivo de Curitiba, é uma atitude que vem ao encontro do interesse público. Lembremos que recentemente a Câmara repassou 10 milhões de reais em verbas da Casa à Prefeitura para subsidiar o transporte coletivo", destacou Paulo Salamuni.

Funcionamento

Conforme estabelece o Regimento Interno da Câmara Municipal, a Comissão Parlamentar de Inquérito tem poder de investigação próprio das autoridades judiciais e é criada mediante requerimento assinado por, no mínimo, 13 vereadores (1/3 do total de cadeiras). O número de membros e a duração dos trabalhos são variáveis, sendo definidos no requerimento de instalação.
  
Assim que protocolado, o requerimento é despachado imediatamente pelo presidente, que determina a publicação no diário da Casa. A única exceção a esta regra é se já houver três CPIs em atividade, o que impede a criação de uma quarta investigação.
  
Após a publicação, os líderes partidários devem indicar os membros que integrarão a CPI, observada a proporcionalidade dos partidos ou dos blocos parlamentares com assento na Câmara. No Legislativo de Curitiba, atuam 10 partidos políticos e três blocos (DEM-PTB, PRB-PSL, PMN-PSD).
Considerando a composição atual, tem prioridade na indicação de membros os seguintes partidos ou blocos, por ordem: PSC, PSDB, PSB, bloco PTB-DEM, PPS, PT, PV, PDT, PP, PRB-PSL, PMN-PSD, PSDC e PMDB.
  
O presidente e o relator serão escolhidos na sessão de instalação, presidida pelo parlamentar mais idoso. Se os membros da CPI assim desejarem, podem escolher um vice-presidente e um vice-relator. A CPI poderá realizar diligências (ir até lugares para checar dados e informações), convidar autoridades, solicitar informações e requisitar documentos.
  
A apuração deve resultar em um relatório final, tendo a opção de encaminhar a investigação ao Ministério Público para que a instituição avalie ações nos âmbitos civil e criminal. A CPI também pode fazer sugestões e recomendações à Prefeitura de Curitiba ou outros órgãos relacionados.

PROTESTOS: De repente, com medo das ruas, instituições se põem em movimento e políticos viram bonzinhos — mas há capitulações perigosas diante do radicalismo e da demagogia

Política & Cia

Deputados comemoram rejeição da emenda que restringia poderes do Ministério Público. De gravata vermelha, o líder do PSDB, deputado Carlos Sampaio (SP), membro do MP de São Paulo (Foto: Isabel Braga / O Globo)

Amigas e amigos do blog, é uma coisa espantosa: como num passe de mágica, por temor das ruas e também por esperteza, começa a haver uma enorme movimentação por parte de políticos, governantes e ocupantes de outros cargos públicos por mudanças — nem que seja apenas de atitudes.
Há providências de efeito imediato, há promessas claramente demagógicas, há outras razoáveis, há algumas que podem não dar em nada, mas que sinalizam na direção certa, e há, também, atos de capitulação diante de grupos radicais.
Sem nos preocupar necessariamente com a ordem de importância, vamos dar alguns exemplos:
1. Fim da ameaça ao Ministério Público. A Câmara dos Deputados rejeita espetacularmente a PEC-37, a proposta de emenda constitucional que castrava atribuições investigativas do Ministério Público — uma das poucas instituições ainda respeitadas “neztepaiz” — por 420 v0t0s a 9, quando até dias atrás havia um vasto apoio à medida, que claramente se destinava a encurralar e retaliar o MP por sua ação recente e enérgica, especialmente no caso dos mensaleiros.
2. Cadeia para o deputado, já. O Supremo Tribunal Federal reconhece nesta quarta-feira que a condenação do deputado Natan Donadon (PMDB-RO) é definitiva e determina a expedição do mandado de prisão contra ele.
É medida histórica, por tratar-se do primeiro caso em que um parlamentar no exercício do mandato tem a prisão determinada pelo Supremo desde 1988, quando entrou em vigor a atual Constituição.
Donadon fora condenado a mais de 13 anos de cadeia já em 2010 pelos crimes de peculato e formação de quadrilha, mas desde então vinha empurrando a prisão com a barriga com uma bateria de recursos. Por 8 votos a 1, o Supremo resolveu que se tratavam apenas de recursos protelatórios e mandou prendê-lo. Parece um recado do que pode ocorrer com os mensaleiros.
3. Acaba o anonimato na votação de cassações. Mais uma medida de deputados “bonzinhos”: a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou proposta de emenda à Constituição instituindo o voto aberto dos parlamentares em processos de cassação de mandato. Ainda falta a aprovação pelo plenário, em dois turnos, e, depois, pelo Senado, nas mesmas condições.
Mas é outra reivindicação da sociedade que estava há anos sendo cozinhada no Congresso. Agora, por medo ou esperteza, está indo adiante.
4. Que haja candidatos sem partido. O presidente do Supremo Tribunal, ministro Joaquim Barbosa, visita a presidente Dilma no Palácio do Planalto e sai dizendo que “o povo cansou de conchavos”, que “chega”, e propõe que, nas eleições, candidatos avulsos, sem ligação com os partidos políticos que a rua repudia, possam se apresentar.
5. Renan, acuado, lança agenda e quer trabalho no recesso. O presidente do Senado, Renan Calheiros — fingindo que não a exigência de que renuncie ao cargo está na boca e nos cartazes dos manifestantes — indica que o recesso de julho do Congresso poderá ser suspenso, para que o Legislativo trabalhe nas férias, e desfia uma série de 17 propostas, inclusive a instituição de passe livre para estudantes de todo o país, com parte do dinheiro que virá do pré-sal.
Demagogia barata e concessão absurda aos garotos extremistas do tal do Movimento Passe Livre (MPL), como se pode ver.
Se estudante pode ter passe livre, por que não também o trabalhador? E o desempregado? E o portador de deficiência física? E aposentado que ganha pouco? A velha visão do coronel alagoano de que o Estado deve ser sugado por todos os lados prevaleceu. E daqui a pouco o dinheiro do pré-sal vai acabar antes que o petróleo saia do fundo do mar.
6. Transporte vira “direito social”. Quem paga? Em outra concessão ao Movimento Passe Livre, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou correndo uma proposta de emenda constitucional que inclui os transportes entre os “direitos sociais” dos brasileiros. É a velha história: o Congresso é pródigo em conceder direitos, sem esclarecer bem que os pagará, e extremamente econômico em fixar deveres. Outra capitulação aos gatos pingados radicais do tal MPL.
7. Médicos de toda parte, por toda parte. De repente, como se caísse do céu, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha — que quer ser candidato do PT ao governo de São Paulo — anuncia que vão ser criadas 14 mil vagas de residência médica “neztepaiz”. Pergunta-se porque não se criou antes, se eram (como são) necessárias.
E os médicos estrangeiros, que eram 6 mil cubanos, agora subiram para 10 mil. Compreensivelmente, entidades médicas de todo o país preparam uma greve geral.
8. Os radicais do MPL ganhando mais status. O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), lança um “pacto de transparência” na área de transportes, diz que vai permitir o acesso dos interessados aos números dos contratos com as empresas de ônibus, permite que sua base parlamentar deixe ser aprovada uma CPI dos Transportes na Câmara Municipal e, em outra concessão ao MPL, deverá integrá-lo num Conselho Municipal de Transportes que incluirá membros da “sociedade civil”.
9. Sem-teto no palácio. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, recebe uma comissão de sem-teto no Palácio dos Bandeirantes e, entre outros compromissos, assume o de elevar de 300 para 400 reais por mês o auxílio-aluguel pago a quase 2.000 famílias da Grande São Paulo que aguardam moradia dos programas estaduais de construção de casas.
O governador já recuara no aumento dos preços das passagens do metrô e dos trens urbanos e suburbanos e, igualmente, fizera acordo com as concessionárias de rodovias estaduais para que não aumentassem o valor dos pedágos. Os cofres estaduais serão sacrificados nos três casos

‘A reforma política deve começar cortando as mordomias da pelegagem sindical’, um artigo de Antonio Vieira

\ Feira Livre


ANTONIO VIEIRA
Um programa de moralização política no Brasil deveria começar com uma redução geral de todos os impostos. Os parasitas que controlam o aparelho estatal não têm quaisquer limites. Dinheiro na mão do governo é vendaval. Se houver uma redução da receita pública haverá, também, redução da margem de corrupção. Ao contrário do que possa parecer, os serviços não piorarão. Até pela singela razão de que pior do que isso que está aí não é possível ficar.
Redução tributária deveria compreender todos os tipos de impostos, de contribuições, de taxas, de emolumentos ou que nome fantasia tenha. O caso do imposto sindical é paradigmático. A pelegada vive nababescamente com o recolhimento compulsório de um dia de nossos salários: uma babilônia de dinheiro. O peleguismo patronal também não deve ser esquecido. Aliás, vale relembrar que o ponto de convergência do finado José Alencar com Lula da Silva era a prática, comum aos dois, de saquear receita dos sindicatos.
A sustentação da campanha de José Alencar ao governo de Minas Gerais, em 1994 (vencida por Hélio Garcia), se deu com a grana do sistema Federação das Indústrias-SESI-SENAI-IEL. Foram milhões gastos em propaganda visando a promoção pessoal do empresário chapa-branca que pretendia virar governador. Em 1998 já foi outra história: saiu cabalando tudo quanto é liderança do interior mineiro (pequena, média ou grande) numa volúpia tal que o próprio Hélio Garcia, e a então senadora Júnia Marise, desistiram da disputa senatorial em face da cornucópia inesgotável do pretendente. José Alencar concorreu praticamente sozinho. Mas este é assunto para outro comentário.
Voltemos aos pelegos trabalhistas. Suas atividades partidárias são financiadas com a grana dos sindicatos. Dinheiro público, portanto. É ali que eles aprendem a furtar, onde desenvolvem a tecnologia que, posteriormente, vão aplicar nos governos que conquistam. Não por acaso, o governo Lula vetou a obrigatoriedade de prestação de contas dessa gente, bem como a fiscalização dos gastos por parte dos tribunais de contas. É situação única na institucionalidade brasileira. Milhões e milhões entregues aos pelegos que, no entanto, estão dispensados de mostrar onde os aplicaram.
Nem precisa dizer que tais fundos servirão para sustentar as eleições de parlamentares, prefeitos, governadores e presidentes da república. Claro, igualmente não é preciso demonstrar que o PT e o PCdoB são os maiores profissionais neste saqueio. A gang da Força Sindical opera de maneira mais próxima da pirataria que do corso, típico da quadrilha da CUT. Pegue a relação dos corruptos mais notórios; se não todos, a maioria, vieram eles do movimento sindical. O professor Delúbio simboliza os demais. O costume está tão entranhado neles que acham normal, absolutamente inquestionável, que possam fazer o que fazem.
A pilhéria do Delúbio ─ “o mensalão, no futuro, será piada de salão” ─ foi dita na mais absoluta sinceridade e boa fé da parte dele. Seria uma simples desapropriação em prol da luta política feita, sempre, na defesa dos interesses da categoria. É por essa razão que eles não largam o osso sindical. É um aparelho valioso e rendoso, um grande negócio que se deve preservar, pensam eles. Disputas pelo controle do cofre podem acarretar a morte. Inumeráveis histórias de crimes contra a vida em alguns sindicatos são conhecidas por todos. Se as oposições pretendem, de fato, enfiar o dedo na ferida, uma das medidas moralizadoras na reforma política é acabar com o privilégio, que os sindicatos e centrais sindicais possuem, de não prestar contas do dinheiro recebido aos tribunais de contas.
Consulte a Advocacia Geral da União: qualquer entidade que receba um níquel dos cofres públicos é obrigada a prestar contas sobre sua aplicação. Se o volume do recurso público for superior a 50% da receita da entidade, ela é obrigada a se explicar até da parte oriunda de fontes próprias. Mas os sindicatos, não. Estão liberados para suas farras (dona Rose e Lula da Silva, aliás, se conheceram em alguma delas), de toda natureza. Dê uma espiada no histórico de patifarias do sindicato dos bancários de São Paulo. Este é o modelo de atuação da turma. Daí saíram Gushiken, Berzoini e outros mais. O companheiro Mercadante, em época que estava sem mandato, foi “assessor” dessa turma de velhacos. Eles se protegem e saqueiam juntos. Com o dinheiro do imposto sindical, claro.

Maquiagem de R$ 3 mil para Dilma na TV



Da Folha de S.Paulo:
A vaidade tem seu preço. E cada vez mais alto, por sinal, mostra a evolução dos gastos para arrumar o cabelo e maquiar a presidente Dilma Rousseff para suas aparições em rede nacional de TV.
Na sexta-feira passada, quando falou sobre as manifestações pelo país, Dilma Rousseff fez seu 14º pronunciamento desse tipo. Via Lei de Acesso à Informação, a Folha obteve os orçamentos detalhados de 12 deles.
Nos nove primeiros, preparar o visual presidencial custou R$ 400. Nos três de dezembro de 2012 a março deste ano, o governo pagou, em cada vez, R$ 3.125 -681% mais, variação de fazer corar o tomate, vilão da inflação.

Senado torna corrupção crime hediondo


Orlando Brito
Foto
RENAN RECEBEU MANIFESTANTES E ECOMENDOU UMA PAUTA OBJETIVA
O Senado Federal aprovou há pouco o Projeto de Lei que torna a corrupção um crime hediondo. A discussão em torno do texto durou mais de duas horas no Plenário da Casa para atender o “clamor das ruas”, segundo os parlamentares quando se referem a onda de manifestações pelo Brasil. O projeto, de autoria do senador Pedro Taques (PDT-MT), teve votação simbólica e foi relatado pelo senador Alvaro Dias (PSDB-PR), que acatou uma emenda do senador José Sarney (PMDB-AP) que também o homicídio simples um crime hediondo. A matéria segue agora para a Câmara dos Deputados

QUE TAL O CONGRESSO SEM JANELAS E SEM TETO?

Por Carlos Chagas



Felipe V era rei da França e a Santa Sé, funcionando longe de Roma, em Avignon, oferecia péssimos exemplos para a cristandade. Os cardeais viviam em banquetes, festas, até orgias, sem eleger o novo Papa,  já que o velho tinha morrido. Depois de dois anos  naquele clima feliz, os príncipes da Igreja foram convocados pelo monarca, que mandou seus soldados levarem todos para uma pequena capela das redondezas.  Lá, o teto foi retirado e as portas e janelas, muradas. Ficaram ao sol, ao sereno, à chuva  e à neve.  Uma vez por dia alguns pães eram arremessados para o interior, mas água, os cardeais teriam que beber do céu. Em poucos  dias, diz a lenda, o novo papa estava escolhido...

A historinha se conta a propósito da reforma política. Há quantas décadas o Congresso se debruça sobre as mais do que necessárias mudanças no sistema político, partidário e eleitoral? Projetos são apresentados e discutidos, votados ora por senadores, ora por deputados, mas jamais se transformam em lei. Volta  tudo atrás, de tempos em tempos. Isso até  o povo sair às ruas.

A partir das manifestações o Congresso transmudou-se. Em poucas horas rejeitou a PEC-37. Renan Calheiros anuncia votação imediata no Senado,  em dez dias, de projetos concedendo  bilhetes gratuitos nos transportes públicos para estudantes, aumento de penas para traficantes, supressão de benefícios para autores de crimes contra a vida, ampliação da ficha-limpa para funcionários públicos,  punição além da aposentadoria para juízes e integrantes do ministério público condenados na Justiça, punição para quem não cumprir a  lei de acesso a informações, redução do número de ministérios e muito mais coisa. Na Câmara, Henrique Eduardo Alves promete colocar a reforma política em votação conforme projeto até então engavetado.
                                                                              Pressionada pela lógica e o bom-senso, além de juristas e políticos, a presidente Dilma voltou atrás na esdrúxula proposta de convocação  de uma Assembléia Constituinte exclusiva, e parece  em vias de trocar o plebiscito por um referendo. Mais importante do que saber quem a fez desistir dessas fantasias será especular sobre quem a influenciou. A resposta é óbvia: o Lula.

Com todo o respeito, o Congresso, agente único da reforma política, apesar de anunciar que vai recuperar o tempo perdido, deveria ser cercado outra vez pela massa que hoje ocupa as ruas. Porque pode ter sido apenas um soluço essa disposição dos presidentes da Câmara e do Senado. Cessando por hipótese a voz das ruas, logo o Congresso   retornaria à placidez de sempre.  Sendo assim, que  tal nas próximas semanas deixar Suas Excelências entregues apenas aos sanduíches de mortadela produzidos em suas cozinhas?

Câmara sepulta PEC reduzindo nº de deputados


Claudio Humberto

A Câmara dos Deputados faz prosperar propostas de emenda constitucional com rapidez estonteante, como a PEC 37, mas mantém na gaveta outras cuja aprovação não interessa aos parlamentares. É o caso da PEC 170, que tramita desde 1999, reduzindo de 513 para 380 o número de deputados. O projeto só ganhou parecer da Comissão de Constituição e Justiça – contra, claro – esta semana, 14 anos depois.
O corte de 133 deputados federais, além de agradar a opinião pública, proporcionaria uma economia de R$ 250 milhões por ano. No mínimo.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Vigilância Sanitária recolherá produtos para alisamento capilar em Curitiba


principal
Levantamento realizado por técnicos da Vigilância Sanitária Municipal nas principais redes de salão de beleza de Curitiba mostrou que os produtos utilizados para alisamento capilar apresentaram índices de formaldeído – popularmente conhecido como “formol” – diferente do apresentado na embalagem. Das 11 amostras coletadas, oito apresentavam quantidades bem superiores ao que é permitido pela Agência Nacional de Vigilância (Anvisa), que é de 0,2% e três estavam com a rotulagem em desconformidade com as normas estabelecidas. A coleta das amostras foi feita em dezembro do ano passado e o resultado ficou pronto na última sexta-feira (21).
“Não existem níveis seguros para a exposição ao formol por isso é fundamental que tanto os usuários como os trabalhadores estejam atentos para não utilizar esses produtos, que alguns casos podem causar doenças graves”, explicou Luiz Armando Herthal, diretor do Centro de Saúde Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde.
Entre os principais malefícios causados pela utilização inadequada do formol estão a irritação, coceira, queimadura, inchaço, descamação e vermelhidão do couro cabeludo, queda de cabelo, ardência e lacrimejamento dos olhos, falta de ar, tosse, dor de cabeça, ardência e coceira no nariz, devido ao contato direto com a pele ou com o vapor. Já o uso contínuo dos produtos pode causar também boca amarga, dores de barriga, enjôos, vômitos, desmaios, feridas na boca, narina e olhos, e câncer nas vias aéreas superiores (nariz, faringe, laringe, traquéia e brônquios), podendo levar à morte.
Uma das principais irregularidades foi na concentração de formaldeído, que chegou a ser até 48 vezes maior do que o permitido. Também foram identificadas irregularidades na rotulagem dos produtos.
Os proprietários de salões de beleza de Curitiba serão comunicados pela Vigilância Sanitária Municipal, que vai fazer o recolhimento dos produtos que ainda estão no mercado. A Anvisa também já foi comunicada para promover o recolhimento dos produtos em todo território nacional.
Foram reprovados os seguintes produtos: Tratamento Capilar Marroquino Cítrico (Biotype Indústria e Comércio de Cosméticos Ltda.); Máscara Reconstrutora Catiônica Lindorel (Le Pieri Cosméticas Ltda.); Lisse Tratamento Capilar Europeu Etapa 2 (Peniel); Nectariumanti-volume 2 (Alzira MannrichKindlein ME); Kera-X Restauração Instantânea – Agi Max (RH Cosméticos); Tratamento de Queratina Boost K Hair (MilevaGroupe); Tratamento Capilar Marroquino Inoar (Biotype Indústria e Comércio de Cosméticos Ltda.); Recondicionador Térmico Express London (Mary Hill Perfumes Ltda.); Gel Redutor Suaviza Cachos e Volumes (Eiffel Cosméticos); Condicionador Tratamento Progressivo Elegance/Sofistik In Hair (Alquiminas Indústria e Comércio de Cosméticos Ltda.) e Selante Máscara Reconstrutora/Eiffel Cosméticos (Farmoderm Cosméticos Ltda.

Câmara apoia evento de conscientização sobre violência contra a mulher


A Câmara de Curitiba recebeu, nesta sexta-feira (21), a visita de representantes de órgãos do poder público, responsáveis pelo atendimento e proteção à mulher vítima de violência no Paraná, que convidaram a Casa à apoiar o evento de conscientização sobre o tema que será realizado no dia 24 de agosto na capital. Os visitantes foram recebidos pelo presidente da Câmara, Paulo Salamuni (PV) e as vereadoras Julieta Reis (DEM) e Professora Josete (PT).

A desembargadora Denise Krüger, presidente da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cevid), do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, explicou que a intenção dos organizadores do evento é de que ocorra uma ampla participação popular. “Esperamos que a população participe desse momento em que podemos debater e aprimorar as leis que regulamentam o bem-estar e a integridade física das mulheres”, afirmou.
  
Segundo Paulo Salamuni, “a Câmara está disposta a colaborar com a campanha e contribuir com a discussão em torno desse tema que é fundamental para a sustentação da família brasileira”. A vereadora Julieta Reis entende que “ações como essa são necessárias para que as mulheres se familiarizem com o conteúdo da lei Maria da Penha e de outras legislações que atendem os interesses femininos, principalmente no que diz respeito às situações de violência”.
  
Para a Professora Josete “na medida em que o evento envolve a participação de vários órgãos da administração pública, efetivamente motivados pela vontade de prestar a melhor assistência às mulheres que são ou que podem vir a ser vítimas da violência doméstica, os resultados dessa campanha serão muito positivos”, destacou.
  
A desembargadora Denise Krüger lembrou que Curitiba está entre as cem cidades brasileiras com maior índice de homicídio de mulheres como resultado de  violência doméstica. “A mulher agredida deve saber a quem recorrer e o homem agressor deve ter consciência que reponderá por seus atos, daí a importância da realização de eventos públicos como o planejado para o dia 24 de agosto”, esclareceu a magistrada.
  
Além do apoio da Câmara Municipal, o evento também vai contar com a participação do Juizado Especial de Violência Doméstica e Familiar, a Secretaria da Mulher de Curitiba, Secretarias de Estado da Justiça e Cidadania (SEJU) e da Segurança Pública, Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PR), Itaipu Binacional e universidades parceiras: UFPR, Unibrasil e Grupo Uninter.

‘A mais cara de todas as Copas’, editorial do Estadão


PUBLICADO NO ESTADÃO DESTE DOMINGO

A Copa do Mundo de 2014 no Brasil será a mais cara de todas. O secretário executivo do Ministério dos Esportes, Luís Fernandes, anunciou que em julho seu custo total chegará a R$ 28 bilhões, um aumento de 10% em relação ao total calculado em abril, que era de R$ 25,3 bilhões. E supera em R$ 6 bilhões (mais 27%) o que em 2011 se previa que seria gasto.
Por enquanto, já se sabe que o contribuinte brasileiro arcará com o equivalente ao que gastaram japoneses e coreanos em 2002 (R$ 10,1 bilhões) mais o que pagaram os alemães em 2006 (R$ 10,7 bilhões) e africanos do sul em 2010 (R$ 7,3 bilhões).
O “privilégio” cantado em prosa e verso pelo ex-presidente Luiz Inácio da Silva, que se sentou sobre os louros da escolha em 2007, e entoado por sua sucessora, Dilma Rousseff, em cuja gestão se realizará o torneio promovido pela Fifa, custará quatro vezes os gastos dos anfitriões do último certame e três vezes os gastos dos dois anteriores.
O governo federal não justifica – nem teria como – este disparate. Mas, por incrível que pareça, os responsáveis pela gastança encontram um motivo para comemorar: a conta ainda não chegou ao teto anunciado em 2010, que era de R$ 33 bilhões. É provável, contudo, que esse teto seja alcançado, superando o recorde já batido, pois, se os custos cresceram 10% em dois meses, não surpreenderá ninguém que subam mais 18% em 12 meses.
Esta conta salgada é execrada porque dará um desfalque enorme nos cofres da União, que poderiam estar sendo abertos para a construção de escolas, hospitais, estradas, creches e outros equipamentos dos quais o País é carente. Como, aliás, têm lembrado os manifestantes que contestam a decisão oficial de bancar a qualquer custo a realização da Copa das Confederações, do Mundial de 2014 e da Olimpíada no Rio de Janeiro em 2016. E, além dos valores, saltam aos olhos evidências de que tal custo não trará benefícios de igual monta.
É natural que, no afã de justificar o custo proibitivo, o governo exagere nas promessas de uma melhoria das condições de vida de quem banca a extravagância. Segundo Fernandes, responsável pela parte que cabe ao governo na organização do torneio, “a Copa alavanca investimentos em saúde, educação, meio ambiente e outros setores”. E mais: “Ou aproveitamos esse (sic) momento para o desenvolvimento do País ou perdemos essa (sic) oportunidade histórica”.
A Nação aguarda, com muita ansiedade, que o governo, do qual participa o secretário executivo do Ministério dos Esportes, venha a público esclarecer quantos hospitais, escolas ou presídios têm sido construídos e que equipamentos têm sido adquiridos para melhorar nossos péssimos serviços públicos com recursos aportados por torneios esportivos que nos custam os olhos da cara.
Não é preciso ir longe para contestar esta falácia da “Copa cidadã”: o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) previu um “legado inestimável” que ficaria da realização dos Jogos Pan-americanos de 2007 na mesma cidade onde será disputada a Olimpíada de 2016. O tal “legado” virou entulho: os equipamentos construídos para aquele fim estão sendo demolidos e reconstruídos e, enquanto não ficam prontos, os atletas simplesmente não têm onde se preparar para disputar os Jogos Olímpicos daqui a três anos.
A manutenção do estádio Green Point, na Cidade do Cabo, que custou R$ 600 milhões (menos da metade dos gastos na reforma do Maracanã, no Rio, e do Mané Garrincha, em Brasília) para ser usado na Copa da África do Sul, demanda, por ano, R$ 10,5 milhões em manutenção, o que levou a prefeitura local a cogitar de sua demolição. Por que os estádios de Manaus, Cuiabá e Natal terão destino diferente depois da Copa?
A matemática revela que o maior beneficiário da Copa de 2014 será mesmo a Fifa, e não o cidadão brasileiro, que paga a conta bilionária. Prevê-se que o lucro da entidade será de R$ 4 bilhões, o dobro do que arrecadou na Alemanha e o triplo do que lucrou na África do Sul. O resto é lorota para enganar ingênuos e fazer boi dormir.

Ideia para o Congresso

Por Pedro Luiz Rodrigues

Tenho uma ideia que me parece muito boa para dar aos nossos queridos deputados e senadores, todos, tenho certeza, muito sensibilizados pela intensidade das manifestações de rua por maior transparência e por melhor uso das verbas públicas, cuja origem é, evidentemente, o bolso de todos nós.

Nos últimos anos tornou-se hábito, péssimo por sinal, o de se governar pela propaganda. Governo federal, governos estaduais, o GDF, as estatais, o poder Legislativo o poder Judiciário, passaram a gastar fortunas com marqueteiros, consultores e filmes de propaganda e publicidade que fazem veicular nos horários ou páginas mais nobres e caras de nossos meios de comunicação.

Às vezes somos, leitores, ouvintes, telespectadores, alvo de uma verdadeira lavagem cerebral. A Caixa, agora, coloca dez vezes seguidas a propaganda do cartão da bolsa-móveis, para estimular as já endividadíssimas famílias recentemente chegadas à casse média a gastar cinco mil reais comprando geladeiras, torradeiras, micro-ondas, cafeteiras, chaleiras, fornos e fogões, televisores, cadeiras, mesas, bancos, sofás, tudo a juros muitíssimo camaradas.

A Petrobras, estatal que conta com minha simpatia desde menino, é outra. É anúncio atrás de anúncio, falando de sua gente competente, feliz, sorridente. Acho muito bonito, mas cá entre nós, diante da situação não muito espetacular das finanças e da produção da empresa nos últimos tempos, melhor seria botar a dinheirama toda gasta com anúncios para melhorar seu próprio desempenho.

Bom, voltemos à ideia original.

Em nome da transparência e para saber o quanto gasta o governo para enfeitar suas (in)ações, o parlamentar ousado poderá apresentar um projeto que obriga, no final de cada anúncio, anunciar o quanto custou a campanha como um todo e, em particular, a inserção. Pode tudo ser muito discreto, no canto da página ou da tela. O problema seria com os anúncios e o merchandising (aquilo que o locutor fala como se fosse de sua autoria, mas que é pago pelos cofres públicos) nas rádios, que teriam de ser ditos em voz alta.

Assim, o cidadão paciente, num domingo, poderia tentar calcular a fortuna que é gasta para o governo nos convencer de que ele é o máximo.

Eu, na verdade, preferiria que em vez de anúncios todo o tempo sorridentes, visse nossa infraestrutura modernizada, os alunos aprendendo e todos bem atendidos nos hospitais e todas as demais repartições do serviço público.

Além do mais, o Tribunal de Contas da União, verdadeiro São Jorge defensor da correção e do bom uso do dinheiro da viúva, poderia atuar para limitar os óbvios excessos nessa área. Uma boa medida, que poderia ser determinada hoje mesmo, seria a de publicar semanal ou mensalmente o quanto cada órgão do governo ou empresa estatal (ou de economia mista) gasta, e em muitos casos, desperdiça, com tanta propaganda.

Além do mais, entupir a imprensa com dinheiro de anúncios do Estados pode parecer uma tentativa de silenciar as críticas.

Outra idéia: transferir pelo menos metade do que se gasta nessa área para assegurar o passe livre do transporte dos estudantes. Outra parte poderia ser destinada para o programa de compra de livros didáticos.

Perdeu confiança


Resta saber se serão realmente liberados os R$ 50 bilhões anunciados ontem pela presidenta Dilma para investimentos em transporte público. Em 2012, só liberou 33% da verba que havia anunciado para o setor.

Constituinte para reforma é contestada por ministros do STF

BRASÍLIA — Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e especialistas em direito constitucional contestam a proposta da presidente Dilma Rousseff de criar uma Assembleia Constituinte para fazer a reforma política. No mundo jurídico, a interpretação é de que não existe Constituinte específica para tratar apenas de um assunto. Se ela fosse criada, estariam abertas as portas para a mudança de toda a Constituição Federal.
Em entrevista concedida ao site Migalhas em outubro de 2011, Luís Roberto Barroso, que vai tomar posse como ministro do STF amanhã, afirmou que não há limite de assunto para uma Constituinte.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Projetos são aprovados pela Comissão de Legislação


A Comissão de Legislação, Justiça e Redação da Câmara Municipal aprovou, nesta semana, onze projetos em trâmite. Na pauta esteve o que prevê avaliação psicológica para motoristas e cobradores de ônibus e o que obriga comerciantes a contratar seguro para frequentadores de estabelecimentos comerciais voltados ao entretenimento.

Dirceu Moreira (PSL) propõe que a avaliação dos trabalhadores no transporte coletivo seja feita a cada seis meses (projeto 005.00198.2013). A matéria foi relatada pela vereadora Noemia Rocha (PMDB), cujo parecer lembra das condições de saúde de motoristas e cobradores “os quais, sabidamente, são sim submetidos a extensa e exaustiva carga de trabalho, não se olvidando, também, da enorme responsabilidade que decorre das suas funções, haja vista que são responsáveis pela vida e integridade física de milhares de pessoas que conduzem diariamente”.

Já a ideia do seguro obrigatório é de Geovane Fernandes (PTB) e determina que  estabelecimentos voltados à diversão, entretenimento e lazer ficam obrigados à contratação de seguro empresarial com cobertura de responsabilidade civil em favor dos frequentadores, compreendendo indenizações por morte ou invalidez permanente no valor mínimo de cem mil reais (número 005.00092.2013). O relator, Colpani (PSB), lembrou que existiam algumas correções que foram realizadas quando a comissão devolveu o projeto ao autor. “Agora não há óbice e o projeto pode prosseguir o trâmite”, acrescentou.

Da mesma forma, com o objetivo de evitar tragédias, Jairo Marcelino (PSD) propõe a implantação de placa eletrônica indicando capacidade de lotação e contador eletrônico nos estabelecimentos de diversão (projeto 005.00061.2013). O colegiado aprovou o substitutivo geral, relatado por Valdemir Soares (PRB) com alterações que haviam sido anteriormente indicadas.

Óticas que não fornecerem certificado de qualidade do fabricante das lentes de óculos à venda poderão ser multadas. A proposta é de Julieta Reis (DEM) e também foi acatada pelo colegiado, sob a indicação do relator Valdemir Soares (005.00152.2013).

Projeto para o tratamento de gestantes dependentes químicas também foi acatado, por indicação do relator, Felipe Braga Côrtes (PSDB). A ideia é de Noemia Rocha e acrescenta incisos ao Código de Saúde de Curitiba (005.00064.2013) para que a Secretaria Municipal da Saúde seja notificada compulsoriamente dos atendimentos de casos de gestantes dependentes químicas. Também autoriza a prefeitura a incluir o quesito "Atendimento de Gestantes Dependentes Químicas" no Sistema Municipal de Informações de Saúde

Plenário analisa desconto a quem fez cirurgia bariátrica


A Câmara Municipal de Curitiba analisa, em primeiro turno, na próxima terça-feira (25), projeto de lei (005.00053.2013) que pode obrigar a oferta de meia-porção e/ou desconto, pelos restaurantes e similares, ao cliente que tiver redução de estômago. A proposta é de iniciativa do vereador Bruno Pessuti (PSC).
  
A matéria não abrange o consumo de sucos e bebidas, os rodízios, os estabelecimentos tipo “fast food” ou por peso, os restaurantes que já ofertem a meia-porção e as porções com peso inferior a 100 gramas. O projeto prevê a apresentação, pelo cliente, de laudo ou declaração médica sobre a realização de cirurgia bariátrica ou outra gastroplastia, renovada a cada dois anos.

Audiência pública realizada pela Comissão de Direitos Humanos, Defesa da Cidadania e Segurança Pública da Câmara de Curitiba, em abril, reuniu a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Curitiba (SHRBS) e proprietários de estabelecimentos do ramo. Foi discutida, na ocasião, parceria entre o Legislativo e a Abrasel, para o lançamento de campanha educativa sobre a oferta do desconto.

Médicos vão às ruas contra Dilma nesta quarta


Por Josias de Souza - Notícias UOL




A importação de médicos estrangeiros, um dos projetos invocados por Dilma Rousseff para fazer a rua voltar para casa, levará mais gente ao asfalto. Entidades médicas organizam para as 16h desta quarta-feira (26) um protesto nacional em defesa da valorização dos profissionais brasileiros e investimentos no SUS.
Em reação ao pronunciamento feito por Dilma em rede nacional de rádio e tevê, as entidades divulgaram uma “carta aberta aos médicos e à população brasileira”. No texto, anotam que o projeto do governo “é de alto risco” e “simboliza uma vergonha nacional.” Subscrevem o documento quatro entidades. Entre elas a Associação Médica Brasileira e o Conselho Federal de Medicina, que formulou proposta para levar médicos aos fundões do país.
Para essas entidades, a iniciativa do governo seria arriscada porque exporia a população brasileira “à ação de pessoas cujos conhecimentos e competências não foram devidamente comprovados.” Seria vergonhosa porque “tem valor inócuo, paliativo, populista e esconde os reais problemas que afetam o SUS.”
Que problemas? Falta de leitos e de medicamentos, ambulâncias paradas por falta de combustível, infiltrações nas paredes e goteiras nos hospitais, infraestrutura precária e baixa valorização dos médicos. Provocativo, o texto recorda o câncer que levou Dilma a tratar-se no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
“Há alguns anos, a presidente Dilma Rousseff foi vítima de grave problema de saúde”, anota a carta. “O tratamento aconteceu em centros de excelência do país e sob a supervisão de homens e mulheres capacitados em escolas médicas brasileiras. O povo quer acesso ao mesmo, e não quer ser tratado como cidadão de segunda categoria, tratado por médicos com formação duvidosa e em instalações precárias.”
As entidades informam que tomarão “todas as medidas possíveis, inclusive as jurídicas” para tentar barrar o projeto do governo. Além do protesto prevista para esta quarta-feira, as entidades organizam para o dia 3 de julho uma “paralisação nacional” dos médicos.

A ‘onda vermelha’ acabou sem ter sido sequer marolinha: o PT foi expulso da Paulista e o comandante Falcão sumiu


Augusto Nunes




Pouco depois das sete da noite da quinta-feira, consumou-se a capitulação dos 150 militantes que, atendendo à convocação do ex-jornalista Rui Falcão, presidente do PT, apareceram na Avenida Paulista para embarcar no ato de protesto e mostrar que amam Lula, Dilma Rousseff e o partido. Acuados pela multidão indignada, os milicianos oportunistas arriaram as bandeiras vermelhas e caíram fora da zona de perigo. “A hostilidade estava aumentando”, justificou um dos fugitivos.
É nisso que dá acreditar em Rui Falcão. Na véspera, ao assumir oficialmente a chefia da tropa, ele caprichou na bravata: “Onde já se viu o PT ter medo de gente na rua?”. O comandante poltrão nem deu as caras no palco dos acontecimentos. Continuava sumido quando a derrota do cinismo foi festejada pelos vitoriosos com gritos de “Brasil! Brasil”, como atesta o vídeo abaixo.
A “onda vermelha”, quem diria, acabou sem ter sido sequer marolinha.

Governo: conta de cartões é de R$ 21 milhões

As despesas do governo federal com cartões corporativos atingiram a marca de R$ 21,7 milhões em 2013 segundo dados do Portal da Transparência. A Presidência ainda é a campeã de gastos, com R$ 7,2 milhões, exatamente o dobro do segundo colocado, o Ministério da Justiça. A conta do cartão do governo é protegida por sigilo sob a justificativa de “garantir a segurança da sociedade e do Estado”.

PT quer mesmo é a censura à imprensa, diz Guzzo



J. R. Guzzo, na VEJA
A CHAVE ERRADA

Os governos do PT perseguem, há mais de dez anos, duas coisas que não existem e por isso, precisamente, nunca conseguirão encontrar nenhuma das duas. A primeira é a fantasia segundo a qual a imprensa livre, que vive expondo seus desastres e conta com a admiração da maior parte do público que acompanha o noticiário, perceba um dia que tem pelo menos três obrigações.
1. Para começo de conversa, precisa admitir “controles sociais”, aceitando algum tipo de supervisão, ainda não definido, sobre o que escreve, fala ou mostra em imagens, por parte da “sociedade”.

Apesar de protestos, Congresso tem propostas que aumentam benefícios corporativos


Do Painel, Folha de S.Paulo:

A despeito de Dilma Rousseff ter prometido, em seu pronunciamento sobre a onda de protestos, uma nova agenda legislativa, a pauta do Congresso está recheada de propostas que aumentam gastos e benefícios corporativos. Entre esses projetos estão o Estatuto do Judiciário, que atrela os salários de servidores do Poder em todo o país aos da Justiça Federal, a proposta de autonomia financeira da Defensoria Pública e várias iniciativas de criação de novos municípios no país.
Sinal dos… Os líderes do governo foram alertadas pela oposição sobre o risco fiscal das propostas. Um deles respondeu que falta no Executivo alguém com coragem para barrar esse tipo de matéria, como Antonio Palocci fazia.
…. tempos O mesmo governista fez um diagnóstico de que o colégio de líderes da Câmara é composto majoritariamente por deputados voltados a interesses paroquiais.

O PT afônico

Fabio Campana

Por Mary Zaidan

O PT nunca amargou desilusão tão profunda: as ruas se abarrotaram de gente sem que o partido as mobilizasse. Gente que, em sua maioria, prefere que a “onda vermelha” convocada, oportunista e extemporaneamente, pelo presidente da sigla Rui Falcão, fique longe.
Golpe duro para quem sempre se vangloriou da sintonia com as massas, de ser o senhor das vozes das ruas. Que se arvorava a ser quase, senão o único, na interlocução com os jovens. Que paga centenas de blogueiros, sabem-se lá quantos tuiteiros e facebuqueiros para falar bem do governo e rechaçar opiniões contrárias. Mas que não foi capaz de nem mesmo sentir o cheiro da mobilização, via redes sociais, que nas duas últimas semanas sacudiu o país de ponta a ponta.

É fato que nenhum partido, pouquíssimos políticos e só alguns analistas conseguiram traduzir, pelo menos parcialmente, o que está se passando. Mas, para o PT, estar divorciado disso, não ser o dono da voz, é quase mortal.
Tanto que se expõe ao rechaço enfiando-se em manifestações que, pelo menos por enquanto, agremiação ou político algum é bem-vindo. Até porque os partidos políticos – mais preocupados com os seus umbigos e com a eleição seguinte – são alvos da grita.
Estar apartado disso é tão letal para o PT que fez seus dirigentes esquecerem os disfarces habituais. No olho do furação, enquanto o prédio da Prefeitura de São Paulo era vandalizada e o prefeito Fernando Haddad deixado nu, lançado à sua própria sorte, a presidente Dilma Rousseff reunia-se com o seu inventor Lula, o marqueteiro João Santana, o ministro Aloizio Mercadante e Rui Falcão.
Na pauta, o PT e a manutenção do poder depois do estouro da boiada – da qual eles se imaginavam donos – falavam mais alto do que o País.
O petista Haddad abrigou-se ao lado do tucano Geraldo Alckmin e, juntos, anunciaram a suspensão do reajuste das tarifas de ônibus, metrô e trens. No dia seguinte, quinta-feira, ambos colheram uma manifestação em paz, que ocupou toda a Avenida Paulista.
Dilma só falou ao País na sexta-feira, um dia depois de a “pequena minoria” – esse pleonasmo que deixou rastros de destruição em dezenas de centros urbanos – fazer estragos diante de seus olhos, importunando-a no Palácio do Planalto, ameaçando o Congresso Nacional, ateando fogo e quebrando os vidros do Palácio do Itamaraty.
Seu pronunciamento foi correto no tom, medido, bem escrito. João Santana teria acertado em tudo, não fosse o deslize costumeiro de, mais uma vez, colocar o PT antes do País; de anunciar um pacto nacional com a pauta da campanha eleitoral já desenhada para 2014. De amenizar, mas não eliminar a soberba.
Mary Zaidan é jornalista. Trabalhou nos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, em Brasília. Foi assessora de imprensa do governador Mario Covas em duas campanhas e ao longo de todo o seu período no Palácio dos Bandeirantes. Há cinco anos coordena o atendimento da área pública da agência ‘Lu Fernandes Comunicação e Imprensa’.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Plano de Enfrentamento às Drogas é apresentado na Câmara



O Plano Municipal Anti-Drogas foi apresentado na noite desta quarta-feira (20) em cerimônia convocada pelo vereador Valdemir Soares (PRB) para a Câmara de Curitiba. O evento, que marcou a abertura da 5ª Semana Municipal de Enfrentamento às Drogas, contou com as presenças do diretor de Políticas Públicas sobre Drogas da prefeitura, Diogo Busse, e de muitos jovens que vieram prestigiar a iniciativa. A mesa foi presidida pelo vereador Paulo Salamuni (PV), presidente do Legislativo, que destacou as presenças dos vereadores Hélio Wirbiski (PPS), Rogério Campos (PSC) e Dirceu Moreira (PSL).

Salamuni lembrou que a Casa está vivendo mudanças que visam consolidar as diretrizes de transparência que devem reger todos os órgãos da administração pública. “O clamor por mudanças foi determinante para que a Câmara adotasse posturas mais objetivas sobre seu funcionamento. Um exemplo, é a surgimento de Frentes Parlamentares como a que visa combater a disseminação de substâncias como o crack”, destacou o presidente da Casa.

Valdemir Soares saudou os participantes da cerimônia e salientou suas esperanças e expectativas quanto à nova administração municipal, quanto às ações que serão desenvolvidas pela Diretoria de Políticas Públicas sobre Drogas e sobre a capacidade da juventude em superar e sair vitoriosa de uma ameaça epidêmica como as drogas, em especial, o crack. “Nossos jovens aqui presentes estão caracterizados (maquiados) como zumbis. Eles representam os efeitos devastadores provocados pelas drogas”, comentou o parlamentar.

No entendimento do vereador, “o Plano de Enfrentamento às Drogas lançado na noite de hoje será decisivo para que tenhamos condições de enfrentar essa problemática epidêmica que tantos males proporciona à nossa coletividade”, esclareceu Valdemir. O parlamentar lembrou que no próximo sábado (22) acontecerá o evento “Enterrando o Crack”, no ginásio do Paraná Clube. A reunião contará com atletas de basquete que vivenciaram a dependência química e hoje, segundo ele, são exemplos de vida.
O secretário municipal da Secretaria Municipal de Esporte, lazer e Juventude (SMELJ), Aluísio de Oliveira Dutra Júnior, fez uso da palavra para destacar que a integração de políticas públicas transversais de enfrentamento às drogas trarão resultados concretos. “É necessário entender que a juventude de hoje se orienta por tendências variadas, portanto, se queremos atingir esse extrato da população, é necessário usar as linguagens que eles compreendem”.

Para o secretário, a atual legislação não dá conta do problema, “daí a necessidade de uma discussão pragmática sobre o tema, um debate aberto que contemple todos os aspectos da questão. Não se trata de descriminalizar essas substâncias de modo leviano, mas entender o que leva os jovens a consumi-las e, com base nesse conhecimento, realizar o enfrentamento”, esclareceu Dutra.

O Plano de Enfrentamento

Diogo Busse destacou que a nova política de enfrentamento às substâncias ilícitas se fundamentará em três vetores: prevenção, tratamento e ressocialização. “No campo preventivo, pretendemos atingir a rede de ensino público com mais de 600 agentes treinados para conscientizar e educar os estudantes quanto aos problemas decorrentes das drogas. Da mesma forma, mais de 200 agentes comunitários realizarão este procedimento junto a 8.800 famílias” explicou.

Em termos de tratamento, a intenção é aumentar o número de leitos em Centros de Atenção Psico-Social a Transtornos Mentais (Caps II) e hospitais gerais. Para Busse, “não se pode descartar a possibilidade da internação compulsória, embora esse tipo de medida não me pareça a mais adequada para sustentar um plano de políticas públicas, mas dado o caráter emergencial das circunstâncias que envolvem o crack, não podemos simplesmente abrir mão desse método” . Por fim, ele tratou da ressocialização dos dependentes. “Alternativas profissionalizantes serão ofertadas como uma forma de reinserção social. É necessário fazer com que o ex-dependente se sinta seguro e aceito para que se torne um cidadão produtivo”, declarou.

“O Plano Municipal de Enfrentamento às Drogas se constitui numa grande parceria entre vontades políticas que pretendem extinguir esse mal da sociedade. Contamos com apoio de entidades como a Federação das Indústrias do Estado do paraná (FIEP), SESI, SENAI, OAB e instituições de ensino superior como a Universidade Federal do Paraná (UFPR), a Universidade Católica (PUC) e a Universidade Positivo (UP)”, afirmou Busse.

Presenças

A mesa foi composta pelas seguintes autoridades: Diogo Busse, diretor de políticas públicas sobre drogas da Prefeitura de Curitiba, representando o prefeito Gustavo Fruet (PDT); Carlos Alberto Peixoto Baptista, coordenador estadual de políticas públicas sobre drogas, representando o governador Beto Richa (PSDB) e a senhora Maria Tereza Uille Gomes, secretária de Estado da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos; Cristina Corso Ruaro, promotora e coordenadora do projeto de enfrentamento à drogadição do Ministério Público do Paraná, representando o procurador geral de Justiça Gilberto Giacóia; capitão Ricardo da Costa, representando o comandante geral da Polícia Militar do Paraná, Roberson Luiz Bondaruk; Aluísio de Oliveira Dutra Júnior, secretário municipal do Esporte, Lazer e Juventude; Ângela Cristina Gouvea Gomes, representando o vice-governador Flávio Arns (PSDB); Riad Farhat, delegado chefe da Delegacia de Narcóticos, representando o secretário estadual de Segurança Pública, Cid Vasques e o delegado geral, Marcos Michelotto; Osíris Pontoni Klamas, superintendente da Secretaria da Defesa Social e da Secretaria Municipal Anti-Drogas e, por fim, o diretor da Guarda Municipal, inspetor Cláudio Frederico.

Além destas autoridades, também estiveram presentes os seguintes convidados: Marcelo Kimati Dias, diretor de redes assistenciais da Secretaria Municipal de Saúde; Marcos Pinheiro, vice-presidente da Conselho Estadual de Política sobre Drogas; Maria Cristina dos Santos, presidente da Comissão da Criança e do Adolescente da Ordem dos Advogados do brasil (OAB-PR); Bruno Litwinski, coordenador da Diretoria de Política sobre Drogas da Prefeitura; Antônio Medeiros, diretor de incentivação do esporte e promoção social da Secretaria Municipal do Esporte, Lazer e Juventude; Eleuza Godói Jasinski, membro da comissão que criou a Semana de Enfrentamento às Drogas, neste ato representando o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (IPPUC); Roque Júnior, coordenador da Força Jovem Universal; Flávio Lemos, presidente das Comunidades Terapêuticas de Curitiba e Região Metropolitana  (COMPACT); Isacir Mognon, assessor de Ação Política e Social da Convenção das Igrejas Evangélicas do Brasil – CIEB e do grupo Gestor da Rede Evangélica de Combate às Drogas; Laudenice Ferreira, representando o deputado estadual Edson Praczyk (PRB); Márcia Frasson, representando o secretário municipal do Meio Ambiente, Renato Lima; Antônio Brás da Silva representando o secretário municipal extraordinário de Relações Institucionais, Paulo Maia; Pia Santana, da Secretaria Municipal Extraordinária de Relações Institucionais; Graciele Kosteski, representando o administrador regional do Pinheirinho, Edgar Otto Hauber; e Sônia Maria Mazza, representando a administradora da Regional de Santa Felicidade, Maria José Ripol Diniz Serenato.

Projeto obriga lavatórios em lanchonetes e mercados


Projeto de lei apresentado pelo vereador Mestre Pop (PSC) deseja reforçar as políticas públicas de Saúde, obrigando os estabelecimentos comerciais que vendem alimentos a disponibilizarem lavatórios aos clientes. “Lavar as mãos é importante para a qualidade de vida. A higiene pessoal evita a transmissão de doenças e a intoxicação dos alimentos”, explica o parlamentar.

“Muitas vezes as pessoas não conseguem manter o hábito de lavar as mãos, pela ausência de instalações adequadas, o que é ainda mais grave nos locais destinados ao consumo de alimentos”, diz Mestre Pop. O projeto (005.00245.2013) abrange praças de alimentação, bares, restaurantes, lanchonetes, padarias, churrascarias e clubes, assim como supermercados, hipermercados, shoppings, lojas de conveniência e postos de combustível.

Os lavatórios previstos no projeto de lei deverão ficar em local visível e de fácil acesso, além de ser devidamente sinalizados e adaptados às pessoas com deficiência. Mestre Pop também sugere multa em dinheiro (R$ 1 mil na primeira notificação,  dobrando em caso de reincidência).

Se aprovado o projeto de lei, novos estabelecimentos comerciais deverão mostrar ao poder público que atenderam previamente as exigências da norma, caso contrário não receberão o alvará de funcionamento.

Manifestantes não poderão subir no teto do Congresso nesta quinta



FotoDEP. ANDRÉ VARGAS
Presidente em exercício da Câmara Federal, o deputado André Vargas (PT-PR) afirmou que não será permitida a ocupação do teto do Congresso Nacional na manifestação prevista para esta quinta (20), em Brasília. O grupo Acorda Brasília estima reunir mais do que as dez mil pessoas do último protesto. De acordo com Vargas, o acesso ao teto não será liberado para não colocar em risco a integridade dos próprios manifestantes. “O Congresso já deu um sinal: teremos uma comissão geral na próxima quarta-feira para discutir um dos assuntos centrais do movimento: a tarifa do transporte público. A manifestação é uma festa da democracia, mas deve ser tranquila e serena. O que aconteceu na segunda nos deixou muito temerosos”, declarou. Já o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), defendeu a legitimidade dos protestos e opinou que a principal lição a ser aprendida é a da “humildade”. “Temos que respeitar as manifestações e espero que as coisas não se exacerbem”, disse.

FALTAM IMAGINAÇÃO E VONTADE

Enviar por e-mail Imprimir


Por Carlos Chagas


                                               Saída, tem. Bastam imaginação e vontade. Traduzindo  os principais protestos levados às ruas por centenas de milhares de jovens, em todo o país, conclui-se que os gastos desmedidos com a Copa das Confederações e com a Copa do Mundo poderiam acoplar-se às queixas sobre profundas deficiências na educação e na saúde públicas. Por que não somar dois e dois? O Brasil carece de hospitais, de universidades e de centros de ensino médio e técnico. Que tal adaptar esses elefantes brancos construídos de modo a  aumentar o lucro das empreiteiras para,  durante a semana,  servirem de hospitais e escolas? Seria o dinheiro mais bem gasto do mundo: sábados e domingos, atividades esportivas. De segunda a sexta, salas de aula e enfermarias, bastando encontrar  arquitetos, educadores e médicos com suficiente capacidade de sonhar para realizar.
                                               Nem a idéia é tão original assim, porque Leonel Brizola,  governador do Rio, assessorado por Darcy Ribeiro, encomendou a Oscar Niemayer um projeto para transformar o Sambódromo  em  escola, durante a semana e nos períodos posteriores ao Carnaval. Dito e feito, coisa que daqui de Brasília ignoramos se ainda funciona, porque Sérgio Cabral não se chama Leonel Brizola.
                                               Muitos ranzinzas e outro tanto de ingênuos  argumentariam ser esse um projeto impossível, tamanha a soma de recursos que exigiriam  as instalações para essas duplas funções. Mas o Sambódromo foi feito em poucos meses, doublé de escolas. Brasília erigiu-se no espaço de um mandato presidencial e até hoje desperta a admiração nacional. Por que os estádios de futebol não poderiam funcionar para redimir a educação pública deficiente, ou servir de refrigério para as carências na saúde da população?
Não se trata de trabalho para um só governo, ainda que se constitua numa tentação para o segundo mandato de Dilma Rousseff. A se completar sabe-se lá quando, mas pronto para ser iniciado assim que prevalecerem a imaginação e a vontade. Já pensaram no Maracanã renovado funcionando como um hospital modelo, sem prejuízo das  competições esportivas  nacionais e internacionais? Ou nessas múltiplas arenas construídas no Norte, Nordeste e Sul,  servindo como universidades-modelo?  Que tal esse faraônico Estádio  Mané Garrincha, da capital federal,   virar também um centro de ensino e atividades médicas, capaz de ombrear com o Sírio-Libanês ou o Albert Einstein?
            Empregos seriam criados aos milhares, para atender carências seculares. E para quem alegar falta de dinheiro, aí estão  o lucro dos bancos, as remessas olímpicas de dólares para o exterior e a fantástica fábrica de ilusões que continua sendo o Pré-Sal.

Em dia de protesto, estacionamento do Congresso é cercado por cones


ABr
FotoPROTESTO COMEÇA A PARTIR DAS 16 HORAS
As vias de acesso ao Congresso Nacional, onde os funcionários estacionam os carros, amanheceram impedidas por cones. O objetivo é evitar que os veículos fiquem parados no local, ao longo do dia em que a Esplanada dos Ministérios volta a receber manifestantes. O chefe da Polícia do Senado, Pedro Carvalho, explicou que a restrição do estacionamento é uma medida preventiva. “Nossa preocupação é evitar atos de vandalismo nos veículos e impedir que o patrimônio das pessoas que trabalham aqui seja violado”, disse. De acordo com a segurança da Casa, o Congresso manterá o funcionalmente normal e a polícia pode apenas precisar cerrar as portas caso os manifestantes tentem novamente invadir o prédio, como ocorreu na última segunda-feira (17). Manifestantes pedem a redução do preço das passagens de ônibus, criticam os custos da Copa do Mundo e pedem a rejeição da proposta de emenda à Constituição que limita o poder de investigação do Ministério Público, a PEC 37.

Quebra de sigilo revela fortuna dos políticos


Sigilo fiscal quebrado pelo grupo de hackers “Anonymous” revela detalhes como CPF, endereço e dados fiscais de mais de 600 políticos como a presidenta Dilma, o ex-presidente Lula, ministros, senadores e governadores. Os documentos confirmam que o senador Blairo Maggi (PR-MT), um os maiores plantadores de soja do mundo, é mesmo o mais rico dos políticos, com fortuna declarada de R$ 143,2 milhões.

Claudio Humberto

Sem qualquer dose de vergonha, PT pega carona na redução das tarifas de transporte em SP


Movimento Ordem Vigília contra a Corrupção
Cadê as bandeiras, Rui Falcão?  
“A presença de filiados do PT, com nossas cores e bandeiras neste e em todos os movimentos sociais, tem sido um fator positivo não só para o fortalecimento, mas, inclusive, para impedir que a mídia conservadora e a direita possam influenciar, com suas pautas, as manifestações legítimas”, afirma Falcão

Ação chicaneira – Os brasileiros de bem que se preparem, pois o Partido dos Trabalhadores acionou a catapulta do oportunismo tão logo foi anunciada a revogação do aumento das tarifas de transporte em São Paulo.
Em comunicado distribuído à imprensa, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirma que “as manifestações realizadas em todo o País comprovam os avanços democráticos conquistados pela população”. Por certo Falcão não se refere às nesgas de democracia que restam no País, pois o PT conseguiu anestesiar boa parte da opinião pública com as esmolas sociais, tão criticadas no período em que o partido engrossava as fileiras da oposição.
No comunicado, que serve para o PT indevidamente pegar carona nos recentes protestos, Rui Falcão aproveita para incensar o PT, como se a legenda fosse uma reunião de herdeiros de Aladim com descendentes de Messias. O PT foi responsável pelo período mais corrupto da história nacional, tendo patrocinado escândalos aos bolhões, o que não dá a Falcão a prerrogativa de destacar “as transformações promovidas no Brasil nos últimos 10 anos, pelos Governos Lula e Dilma”.
O Brasil experimentou na última década – e ainda experimenta – uma degradação do Estado como “nunca antes na história deste País”, movimento que se deu na esteira da incompetência que marca o partido, mas Rui Falcão exalta “a ascensão social de 40 milhões de pessoas, a redução das desigualdades sociais, a geração de mais de 20 milhões de empregados com carteira assinada, o ingresso de milhões de jovens nas universidades, a ampliação de oportunidades para todos, enfim o surgimento de um novo País – colocam na ordem do dia uma nova agenda”.
O presidente do PT, assim como muitos integrantes da legenda, é um embusteiro profissional, pois não se pode ignorar o estrago promovido por Lula e Dilma nos últimos dez anos. A incapacidade do governo do PT levou o País a uma preocupante paralisia, a ponto de espantar investidores estrangeiros que poderiam reverter o apagão logístico que cresce a cada dia. Mesmo assim, Rui Falcão abusa da ousadia e da soberba.

“Na área de mobilidade urbana, que agora catalisa manifestações em centenas de cidades, várias conquistas ocorreram em governos do PT, como o Bilhete Único, pelo Governo Marta em São Paulo, que resultou na redução de 30% no custo do sistema. Bilhete este que será agora ampliado pelo prefeito Fernando Haddad, com validade mensal e novos ganhos para os usuários que ainda serão beneficiados com a decisão da abertura de corredores e duplicação de importantes vias de acesso à periferia”, destaca o petista.
“O Governo Dilma, que destinou R$ 33 bilhões para o PAC da Mobilidade Urbana, editou Medida Provisória que zerou as alíquotas de PIS/PASEP e Cofins incidentes sobre as empresas operadoras de transporte coletivo municipal rodoviário, metroviário e ferroviário de passageiros, possibilitando a redução das tarifas”, completa.

Lula flanou nas nuvens da popularidade porque apostou na tese de que um país desenvolvido é aquele em que o pobre tem seu automóvel, quando na verdade é o que permite que o rico usa o transporte público, mas Falcão volta a abusar quando felicita os manifestantes. “O PT saúda, pois, as manifestações da juventude e de outros setores sociais que ocupam as ruas em defesa de um transporte público de qualidade e barato”, escreve o petista.
É preciso dar um basta a essa farsa desmedida do PT, que tenta embarcar como intruso nos protestos que levaram às ruas críticas à legenda, aos mensaleiros, ao governo e à própria presidente Dilma Rousseff.

Como sempre acontece nas declarações desses esquerdistas festivos que se lambuzam cada vez mais como direitistas, o comunicado de Rui Falcão abre espaço para a enfadonha cantilena petista, que sempre culpa a direita e a porção da imprensa nacional que resiste aos desmandos de um governo ditatorial e truculento nos bastidores.

“A presença de filiados do PT, com nossas cores e bandeiras neste e em todos os movimentos sociais, tem sido um fator positivo não só para o fortalecimento, mas, inclusive, para impedir que a mídia conservadora e a direita possam influenciar, com suas pautas, as manifestações legítimas”, afirma Falcão.

O povo tá acordando

600 protestaram em frente à casa de Lula

Cerca de 600 pessoas protestaram nesta noite em frente ao prédio onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem um apartamento em São Bernardo do Campo, no Grande ABC.
Os manifestantes portavam cartazes e gritavam palavras de ordem contra Lula. Segundo a PM, por volta das 22h30, os manifestantes seguiam com o protesto e ocupavam as duas pistas da Anchieta no quilômetro 18