quinta-feira, 14 de novembro de 2013

E o dinheiro para fazer paraplégicos andarem de novo, Dilma?

 por Rogerio Waldrigues Galindo

nicolelisblog-AC

O professor Miguel Nicolelis é um exemplo de como se pode fazer ciência de ponta no Brasil. Sem ser patrocinado por governos, abriu um instituto de neurociência em Natal que, apesar de problemas, faz trabalho de ponta. Coordena um projeto mundial chamado “Andar de novo” e continua prometendo que, na Copa de 2014, quem dará o pontapé inicial será um brasileiro paraplégico, usando um exoesqueleto comandado pelo próprio cérebro. Ele e seu grupo trabalham nisso dia e noite.
O curioso é o caminho que Nicolelis precisou fazer para isso. Foi dar aula em Duke, nos Estados Unidos. Coordena um laboratório em Lausanne, na Suíça. Tem parte do exoesqueleto sendo montado na Alemanha e outra na França. No Brasil, fez o caminho contrário. Não foi ele que pediu nada daqui: trouxe o instituto, o Câmpus do Cérebro e supercomputadores por conta própria.
Dois anos atrás, entrevistei Nicolelis em Curitiba. Ele disse que esperava financiamento do governo Dilma para seu projeto – afinal, o Brasil poderá impressionar o mundo com a descoberta, sem falar, obviamente, nos benefícios para milhares ou milhões de pacientes. O preço do projeto, disse ele, era uma fração do que custaria o Itaquerão, do Corínthians aos cofres públicos.
Você viu o dinheiro? Nem ele…

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