quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Teste do quadril em recém-nascidos é aprovado


Foi aprovado em primeiro turno na sessão desta terça-feira (18), da Câmara de Curitiba, o projeto de lei que garante às crianças nascidas nas maternidades da capital a realização do teste do quadril, exame clínico que detecta precocemente, em recém-nascidos, doenças relacionadas à má formação do quadril. A proposta é do vereador Felipe Braga Côrtes (PSDB) e altera o Código de Saúde de Curitiba (lei 9.000/1996) acrescendo mais um procedimento clínico que visa a redução das taxas de mortalidade infantil. “Ao invés de uma lei específica, estamos fazendo uma alteração no código, assim como fizemos para o teste do coraçãozinho, que já é lei”, explicou. Braga Côrtes acrescentou que fez um levantamento e constatou que o procedimento costuma ser feito nas maternidades, mas ainda não é obrigatório. “Com a aprovação do projeto, será obrigatório uma garantia a mais para a saúde das crianças curitibanas”, comemorou.
Ainda de acordo com o parlamentar, o teste, também conhecido como Manobra de Ortolani e Manobra de Barlow, detecta doenças como a displasia do desenvolvimento do quadril, que provoca dor decorrente do encurtamento do membro e da osteoartrose precoce, a destruição da cartilagem que reveste o osso. “A estimativa é que um em cada mil bebês nasça com o quadril luxado, que é um deslocamento de osso dentro da articulação, e cerca de dez em mil com o quadril subluxado. O exame não tem custo, pois é feito por meio da flexão das pernas do bebê e pode garantir vida mais saudável para milhares de pessoas”, finalizou. A proposição passa por segunda votação na sessão desta quarta-feira (19).
Saiba mais
De acordo com informações do Ministério da Saúde, o teste diagnostica, por meio de flexões das pernas das crianças, a estabilidade do quadril, mostrando se há luxação. O termo mais utilizado hoje para esta doença é displasia do desenvolvimento do quadril. Não diagnosticá-la na faixa etária que elas demonstram seus primeiros sinais pode levar a graves repercussões clínicas no adulto. A dor decorrente do encurtamento do membro e a osteoartrose precoce podem ser algumas das consequências. A origem da doença é desconhecida, mas pode estar relacionada com posição uterina, sexo feminino, filho de mãe da primeira viagem, raça branca, mãe jovem, história familiar, recém-nascido com maiores peso e altura e com deformidades nos pés ou na coluna vertebral.

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