quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Agências reguladoras, redutos do balcão de negócios


O escândalo de venda de pareceres e tráfico de influência em agências reguladoras e órgãos do governo, revelado pela Operação Porto Seguro da Polícia Federal, reacendeu no Congresso o debate em torno das indicações políticas feitas pelo Poder Executivo para as agências reguladoras. Para o senador Alvaro Dias, as indicações fazem parte do balcão de negócios que alimenta o aparelhamento do Estado por intermédio do loteamento de cargos, e só serão evitadas se o sistema de governo atual for destruído, ou se o governo for substituído. “A questão das indicações não é de critério, é de vergonha, de dignidade, de decência. Ocorre que há indecência no atual governo, que é um desgoverno no campo da ética. Se o governo indica um pilantra e se a base governista no Congresso avaliza o pilantra, o que se pode fazer? O que precisa mudar é quem governa o país. O governo utiliza as agências como instrumento para atender a este balcão de negócios em que se transformou a administração pública, a pretexto de que para se governar é preciso barganhar ou pagar o preço do apoio político. Esse sistema é o mal do Brasil. Ou destruímos este sistema ou certamente as coisas não mudarão”, disse Alvaro Dias.

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