segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Não sei de nada...

Falando francamente, não consigo entender como uma pessoa, que é candidata ao cargo mais importante do país, pode dizer que não sabe de nada, que não viu nada. E os escândalos pipocando em todoas as esferas do governo federal.
A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, afirmou em Campinas (SP), no interior do Estado, que não sabia da existência de um esquema para facilitar interesses de empresa privadas na Casa Civil e nem da atuação de Israel Guerra, filho de Erenice Guerra, no governo. A ex-ministra criticou a imprensa por dar credibilidade ao consultor Rubnei Quícoli, autor das denúncias contra Israel. Quícoli diz que o filho de Erenice cobrava comissão para facilitar negócios no governo federal.
Pois, pois. Erenice foi assessora de Dilma e depois virou Ministra da Casa Civil, por indicação de quem? Erenice era o braço-direito de Dilma Rousseff. O que não se tem destacado com a devida clareza — e as informações estão todas na reportagem da VEJA — é que a maracutaia toda aconteceu enquanto Dilma Rousseff era Ministra da Casa Civil.
Então, ou Dilma foi traída por Erenice ou, sabia de tudo. Agora dizer que não sabia de nada. As duas já tinham feito uma dobradinha de sucesso no dossiê contra FHC e Ruth Cardoso.
Mas, a candidata “não admite” de jeito nenhum que se lhe tente atribuir qualquer responsabilidade. Ela fica indignada! Como também não admite que se tente ligar a tramóia de dossiês e violações de sigilo à sua candidatura, embora o de Eduardo Jorge estivesse com a turma que faz a sua campanha.
No debate Folha/Rede TV, indagada se punha a mão no fogo por Erenice Guerra, a candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff, resolveu ficar longe da chama, e respondeu naquele seu tom solecista-condoreiro:

“Agora, eu quero deixar claro aqui: eu não concordo, não vou aceitar, que se julgue a minha pessoa baseado com o que aconteceu com o filho de uma ex-assessora minha. Até porque eu perguntaria pra você: você acha correto responsabilizar o diretor-presidente da tua empresa pelo que foi feito pelo filho de um funcionário dele? Eu, pessoalmente, não acho. Acho que isso cheira a manobra eleitoreira,sistematicamente feita contra mim e a minha campanha.”

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