Fabio Campana
Durante palestra a empresários, nesta segunda-feira (30), em São Paulo, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), falou em um “eventual governo do PSDB” e defendeu a redução do número de ministérios para a metade — hoje são 39.
“Num eventual governo do PSDB, e falo em tese, obviamente, trocaria metade dos ministérios –deixaria com 20, 21– por uma secretaria de desburocratização, que simplifique o setor de negócios e estimule os que querem empreender mais.”
O provável candidato tucano à Presidência da República em 2014 disse que o Estado eficiente, com estímulo à meritocracia e aos investimentos privados é a chave para o desenvolvimentos econômico do Brasil.
Com discurso de pré-candidato, o senador enumerou quatro pontos para a retomada do crescimento no Brasil: simplificação do sistema tributário que atinja médias e grandes empresas, investimento em educação, abertura da economia e inserção da produção brasileira em cadeias globais e incentivo em inovação.
“Acho que é possível, sim, termos um processo de simplificação tributária, inspirado no que aconteceu para pequenas e micro empresas. Nossa disposição é apresentar em 12 meses um conjunto de medidas para facilitação e simplificação do ambiente de negócios”.
Aécio também defendeu a participação do setor privado nos investimentos, principalmente no setor de inovação. “Só vamos retomar o rumo quando o setor público compreender que o setor privado não é um inimigo a ser combatido, é um parceiro essencial para alavancar investimentos”, explicou o tucano.
Para ele, a recente estagnação da economia brasileira começou a partir de 2008, durante o governo petista, quando foi criado”um ambiente hostil à vinda de investimentos” para o país.
CAIXA 2 DO PT
Aécio classificou como “extremamente grave” o caso revelado pela Folha que mostrou cabos eleitorais que aparecem como “voluntários” na prestação de contas da campanha da presidente Dilma, em 2010, mas que afirmam ter recebido pelo trabalho.
“É o PT confirmando o que o presidente Lula falou que eles faziam”, disse o senador em referência ao caixa dois. Segundo o tucano, ainda nesta segunda os advogados do PSDB vão anunciar os instrumentos legais que o partido usará para pedir a revisão de contas da campanha petista.
BOLSA FAMÍLIA
Aécio comentou ainda sobre o Bolsa Família, principal vitrine do governo da presidente Dilma Rousseff. Segundo o tucano, também num eventual governo do PSDB, dez ações serão apresentadas pelo partido em relação ao programa.
“A base será a fiscalização. O beneficiário precisa receber, uma vez por ano, a visita de um assistente social que possa avaliar como anda a evolução da família do ponto de vista de serviços”, disse o senador.
Para ele, o pai de família beneficiário pelo programa precisa ter a garantia “pelo menos por um período” de que não irá perder o dinheiro mensal caso volte para o mercado de trabalho. “Vamos dar segurança para que as pessoas façam essa transição”.
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