Os
investimentos do País em educação não estão crescendo e são
insuficientes para melhorar a qualidade e a cobertura do ensino; a
gestão no setor é falha e a distribuição dos recursos desigual e
injusta; não são vistas no horizonte ações vigorosas para o combate à
ineficiência e à corrupção na área educacional. Esses e diversos outros
problemas que impedem a melhoria da educação no Brasil foram apontados
pelos especialistas e profissionais da educação que participaram da
audiência pública na manhã desta terça-feira, no Senado, para debater o
Plano Nacional de Educação 2011-2020. Os quatro especialistas do setor
educacional deram sugestões para que o PNE possa cumprir com as metas
que estão postas no projeto. O senador Alvaro Dias, relator do PNE,
destacou que os argumentos e números apresentados na audiência mostram
que há uma histórica inversão de prioridades no País. O senador lembrou
que o Brasil está gastando R$ 28 bilhões com a organização da Copa do
Mundo, valor que, se fosse gasto com educação, seria suficiente para
garantir o ensino a todos os brasileiros na faixa dos quatro aos 17
anos. “Aqui na discussão do PNE não há a questão de governo e oposição,
até porque estamos preparando um plano que será para o próximo governo, e
é a população quem irá decidir quem será governo e quem será oposição”,
destacou o senador. Alvaro Dias verificou que, pelos argumentos
apresentados na audiência, há um nítido pessimismo no diagnóstico sobre o
futuro próximo da educação no Brasil. O senador afirmou que, pela
avaliação dos profissionais do setor educacional, está claro que há um
confronto entre as metas ambiciosas do PNE e as suas possibilidades
reais. “Vemos aqui que esse confronto é real: a ambição briga com a
possibilidade. Sem que sejam ampliadas as fontes de financiamento e se
não houver a melhoria da gestão deficiente no setor, não expandiremos a
cobertura nem a qualidade da nossa educação”, afirmou Alvaro Dias.
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