No dia 9 de abril deste ano, ironizei neste blog o fato de o Brasil ter
criado a “Comissão da Verdade” — que chamei de “Começão da Verdade” — e a Lei
de Acesso à Informação, mas decretar sigilo sobre os empréstimos que o BNDES
faz a Cuba e Angola, dois países “socialistas”. O primeiro é um dos mais
autoritários da Terra (sem deixar de ser corrupto); o segundo, um dos mais
corruptos (sem deixar de ser autoritário). Trata-se de duas ditaduras “amigas”
dos companheiros de Banânia. O que alega o comando do BNDES? Que há cláusula de
confidencialidade com os tomadores de empréstimos? É mesmo, é?
A dinheirama já chega a US$ 6 bilhões (U$S
1 bilhão para Cuba e US$ 5 bilhões para Angola). Não que petistas pudessem
fazer essa coisa horrível de que vou falar agora, mas sabem como é… Cumpre não
criar a oportunidade, né? Digamos que pessoas desonestas decidissem transformar
1% dessa bufunfa em, como posso chamar?, “recursos não contabilizados de
campanha”… Estaríamos falando de US$ 60 milhões — quase R$ 110 milhões. Digamos
que fossem 5%: US$ 300 milhões (R$ 540 milhões). “Você está acusando,
Reinaldo?”
Não! O mensalão, no entanto, permite a
qualquer um ficar desconfiado, não é mesmo? O fato de a administração pública
em Angola ser mundialmente reconhecida como espantosamente corrupta e de Cuba,
por princípio, não prestar contas a ninguém também não ajuda a eliminar
desconfianças. Como esquecer ainda que o “Mais Médicos” vai repassar ao governo
cubano R$ 40 milhões por mês — quase R$ 500 milhões por ano? Em Cuba, isso é
assunto da ditadura e do comando do Partido Comunista, que lhe dá sustentação.
Por aqui, Alexandre Padilha, ministro da Saúde, já afirmou que isso não é
problema nosso — “dos brasileiros”…
Nenhum comentário:
Postar um comentário