segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Dilma e Gleisi negociam 6 mil cargos na reforma



A Folha de S. Paulo mostra hoje que a reforma ministerial de Dilma Rousseff afetará mais de um quinto dos cargos de livre nomeação do governo federal.

Levantamento do jornal aponta seis mil cargos – 270 deles na Casa Civil da ministra Gleisi Hoffmann – tipo DAS (Direção e Assessoramento Superiores).
As vagas permitem acomodar de servidores públicos, especialistas da iniciativa privada até apadrinhados políticos, sem exigência de concurso, qualificação ou experiência para a função. Ao todo, o governo federal conta com 22,6 mil cargos DAS. Os cargos DAS, cuja comissão chega aos R$ 12 mil mensais nos escalões mais altos, têm múltiplas funções: podem servir para premiar os servidores mais produtivos, para atrair técnicos do setor privado ou para empregar políticos aliados.

Segundo os dados oficiais, 74% dos comissionados têm vínculos com o serviço público. Esse critério, porém, é elástico: inclui empregados em prefeituras, governos estaduais, Legislativo, Judiciário ou estatais, independentemente da qualificação para o posto.
Ainda que as comparações sejam difíceis, em razão das peculiaridades do serviço público em cada país, é consensual que o número de cargos de confiança no governo federal está bem acima dos padrões internacionais. Um estudo elaborado em 2010 pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) sobre o modelo brasileiro não encontrou cifras mais altas em outros países. Nos EUA, exemplo tradicional de governo com muitos cargos, eram cerca de 15 mil postos do gênero, mas cerca de 4.000 reservados a funcionários submetidos a um processo de seleção.

Atenção pessoal das passeatas, vamos para as ruas  pedir um cargo destes.

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