Celso de Mello insinua que vai admitir embargos e deixa o País apreensivo
Após os quatro votos de hoje (12), a
responsabilidade de decidir se o Supremo Tribunal Federal (STF) vai
acatar os embargos infringentes dos condenados do Mensalão será do
ministro Celso de Mello. Caso o decano da Corte vote pela acolhimento,
doze condenados, entre eles o ex-ministro José Dirceu, Delúbio Soares e
Jose Genoino, terão direito a um novo julgamento, com escolha de outro
relator e outro revisor para analisar as mesmas provas.
Declarações do ministro Celso de Mello logo
após o julgamento deixaram a imprenssãoque ele votará pela admissão dos
embargos infringentes, para alívio e alegria dos mensaleiros.
Manifestantes na Praça dos Três Poderes deixaram clara a preocupação.
Pareciam mesmo desolados com a possibilidade de os mensaleiros não serem
punidos.
Como os votos de Gilmar Mender e Marco
Aurélio foram prolongados e alguns ministros tinham compromissos em
outros tribunais, o presidente do STF, Joaquim Barbosa, encerrou a
sessão e o voto de Celso de Mello será proferido na próxima quarta (18).
Os embargos infringentes constam no
Regimento Interno do STF, mas teriam sido revogados pela Lei 8.038/1990.
Só podem tentar utilizar a manobra os condenados que receberam, no
mínimo, quatro votos pela absolvição dos crimes cometidos.
18h36 – Ao retornar do intervalo, o
ministro Marco Aurélio Melo deu início ao longo voto contrário ao novo
julgamento dos embargos infringentes. Assim, o placar do Supremo
Tribunal Federal tende a encerrar com um empate de 5 a 5, empurrando a
decisão para o ministro Celso de Mello, na quarta-feira da semana que
vem. Celso é o mais antigo ministro do Supremo e tinha sinalado ser
favorável aos embargos. A pressão, no entanto, com o voto de minerva
pode forçá-lo a rever o voto.
16h25 – O ministro Gilmar Mendes se colocou
contrário aos embargos dos condenados, pois considerou que a lei
8.038/1990 revogou “tacitamente” o item do Regimento Interno do STF que
prevê a utilização desse “retrógrado recurso”. Houve algumas
intervenções do ministro Marco Aurélio, dando a entender que ele também
será contrário. Dessa forma, a votação deve ficar empatada em 5 x 5 e o
voto do ministro Celso de Mello decidirá se haverá, ou não, novo
julgamento dos 12 condenados, incluindo José Dirceu, Delúbio Soares e
Jose Genoino.
15h22 – O ministro Ricardo Lewandowski, que foi revisor da Ação Penal (AP) 470, votou pela aceitação dos recursos dos réus com base na visão de que o Regimento Interno do STF permanece inalterado para o caso de AP. Com o voto de Lewandowski, os mensaleiros condenados estão a um voto de conseguirem um novo julgamento.
14h49 – Ao retomar as discussões sobre os embargos infringentes interpostos pelos condenados que receberam pelo menos quatro votos pela absolvição, a ministra Cármen Lúcia optou por negar os recursos. Para ela, “o legislador de 1990 cumpriu seu papel e pormenorizou” sobre o Regimento Interno do STF e encerrou o assunto
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