segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Quadrilha dos carros e iates causou rombo para milhares de servidores


PF 23A quadrilha desarticulada pela Polícia Federal, através da Operação Miqueias, deixou um rastro de prejuízos em 15 municípios e um rombo de pelo menos R$ 50 milhões em entidades previdenciárias. O golpe coloca em risco o pagamento de aposentadoria de 40 mil servidores públicos. A investigação da Polícia Federal descobriu que, corrompidos por promessas de dinheiro fácil e impunidade, prefeitos e gestores públicos colaboraram com o esquema coordenado em Brasília. De acordo com o esquema fraudulento, quando as prefeituras aceitavam aplicar recursos em produtos financeiros escolhidos pelo bando criminoso, os agentes públicos ganhavam uma comissão que variava de 10% a 20% do valor aplicado. Lobistas atuavam no esquema como intermediários. A quadrilha, com a ajuda de uma ou mais corretoras, criou Fundos de Investimento em Direitos Creditórios, uma modalidade de aplicação composta por papéis de empresas em recuperação judicial e dívidas a receber, mas que nunca serão quitadas. As entidades previdenciárias, que deveriam zelar pela aposentadoria dos servidores, aplicavam parte do patrimônio nesses fundos. Uma fatia do dinheiro voltava para o prefeito e para o gestor da instituição em forma de suborno. Outra parte bancava os luxos e a manutenção da quadrilha, que têm como supostos líderes o doleiro Fayed Trabouli e o policial civil aposentado Marcelo Toledo.

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