sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Na Câmara, autoescolas questionam uso de simuladores de direção



Representantes de autoescolas que atuam no município estiveram na manhã desta quarta-feira (17) na Câmara Municipal para tratar da obrigatoriedade do uso de simuladores de direção nas aulas preparatórias para a condução de veículos, instituída por meio de resolução federal (543/2015). Olga Catarina Zanoni, presidente da Associação dos Centros de Formação de Condutores do Estado do Paraná (ASCEFOCON), subiu à tribuna para expor a contrariedade de uma parcela dos profissionais quanto ao tema. Do lado de fora da Câmara, vários profissionais de autoescolas estacionaram os veículos em torno do prédio para realçar sua insatisfação.

“Tem sido divulgado por alguns veículos de comunicação que a obrigatoriedade do uso de simuladores pelas autoescolas não vai gerar aumento de custos na habilitação, o que é uma inverdade”, disse Olga Catarina Zanoni. Para ela, haverá aumento nos custos e será expressivo. “Querem colocar essa carga em micro e pequenos empresários; se houver um repasse dessas custas aos alunos em janeiro, a culpa vai ser atribuída às autoescolas”.

“Na prática, 3 empresas vão faturar alguns milhões por 8 aulas de videogame”, disse ela, que complementou: “trata-se de um lobby que começou na Espanha e que, implantado no Brasil, vai beneficiar alguns poucos e gerar a demissão de muitos, haja vista que teoricamente, cada simulador substitui três instrutores”.

“A Associação representa entidades que empregam aproximadamente 200 funcionários. A obrigatoriedade do simulador de direção não vai ser positiva para os alunos candidatos à habilitação e nem para essas autoescolas que podem ter de fechar suas portas. Além disso, há sindicatos que apoiam a adoção do simulador, o que inibe algumas autoescolas de se manifestar”. “Nossa Associação tem consciência de que o tema não é da competência do Legislativo Municipal, mas imploramos apoio e ajuda”, ressaltou Olga Zanoni.

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