quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

A campanha eleitoral cínica e mentirosa feita por Dilma vem sendo desmascarada a cada dia. Agora, é a vez da pancada nas contas de luz — que podem subir em média 40%

O Povo Brasileiro, assim determinou....

Reajuste na conta varia de distribuidora para distribuidora (Foto: Itaci Batista/Estadão Conteúdo)
Aumentos na conta de luz: governo empurrou os custos reais das elétricas para debaixo do tapete para mascarar a inflação, causou um rombo de mais de 17 bilhões ao setor, teve que lhe emprestar dinheiro — e, agora, chegou a vez de o consumidor pagar a conta (Foto: Itaci Batista/Estadão Conteúdo)

Ficou para a história do mau caratismo em campanhas eleitorais o debate pela TV, no segundo turno da eleição presidencial do ano passado, no qual a presidente Dilma afirmou que seu oponente, o tucano Aécio Neves, iria adotar “medidas impopulares”, o que ela simplificou de forma calhorda para “ou seja, medidas contra o povo”.
Em país sério, líder que anuncia adotar e principalmente líder que põe em prática medidas impopulares — pensando no bem do país, em consertar erros, em colocá-lo no rumo e não, como gênios do mal, esfregando as mãos de prazer em prejudicar “o povo” –, independentemente de sofrer prejuízos eleitorais, é candidato certo a estadista.
No manequeísmo primário que vivemos no Brasil, porém, quem toma medidas pensando em futuras gerações, e não em futuras eleições, é apedrejado demagogicamente pelos adversários — e o pior de tudo é que eles sabem que, uma vez no poder, terão que fazer muito, ou tudo, do que criticavam no outro.
O caso da presidente Dilma já está se tornando clássico. No afã de obter votos, ela atribuiu a Aécio até iniciativas que ele não chegou a prometer — as “medidas impopulares”, que certamente precisariam ser levadas a efeito para fazer frente à herança maldita dilmista, foram referidas pelo economista e ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, que seria o ministro da Fazenda de Aécio.
Pois foi só passar a eleição, e foi aquilo que vimos, e estamos vendo: subida nos juros, depois uma paulada em meia dúzia de benefícios da Previdência Social que não excluiu nem viúvas, um brutal corte de despesas etc etc… Agora, como jornalistas independentes cansaram de repetir durante a campanha eleitoral, chega a vez de começar pagar a conta da demagogia de empurrar para debaixo do tapete custos enormes, que tornariam ainda pior a inflação da herança maldita que Dilma acabaria deixando para si própria.
Dilma debatendo com Aécio na Globo: confundindo de propósito "medidas impopulares" com "medidas contra o povo" -- que, agora, ela está adotando (Foto: Reprodução TV Globo)
Dilma debatendo com Aécio na Globo: confundindo de propósito “medidas impopulares” com “medidas contra o povo” — que, agora, ela está adotando (Foto: Reprodução TV Globo)

No caso, da energia elétrica, com preços artificialmente controlados pelo governo anterior de Dilma, o que levou as empresas geradoras e distribuidoras a um monumental déficit, coberto aqui e ali por empréstimos favorecidos pelo governo para que as empresas não quebrassem. Mas a brincadeira está acabando, e, para compensar o arrocho artificial na eletricidade, vem aí — preparem-se, todos! — uma paulada considerável nas contas de energia elétrica. A coisa pode chegar a… 40% EM MÉDIA, ou seja, haverá muitos casos em que estará acima deste patamar — isso num país em que, jurava a presidente-candidata, a inflação “está sob controle”.
A estimativa de que as contas de energia elétrica devem subir, em média, 40% em 2015 vêm de uma estimativa da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que foi apresentada na segunda-feira à presidente Dilma Rousseff e aos novos ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e de Minas e Energia, Eduardo Braga.
O aumento é bem maior do que o que consta no relatório de inflação do Banco Central, que previa alta de 17% e pode representar um acréscimo de 1,2 ponto porcentual no índice de inflação (IPCA) deste ano.
Segundo o jornal Valor Econômico, referido em matéria de VEJA.com, na estimativa da Aneel já está previsto o fim da ajuda do Tesouro às elétricas.
Diz ainda VEJA.com que “em ano de corte de gastos, o governo disse na segunda-feira que não bancará mais o rombo financeiro, deixando para trás a política tão defendida pela presidente em 2012, baseada em subsídios ao setor”.
Só em 2014 as elétricas precisaram tomar emprestados colossais 17,8 bilhões de reais.
Agora, quem começará a pagar a conta somos nós, consumidores

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