sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Os brasileiros precisam exigir que a CPMI da Petrobras tenha acesso aos depoimentos de Paulinho de Lula e Youssef


Reynaldo-BH:

Creio que desejamos ─ Augusto, Oliver, eu, todos nós ─ essencialmente o mesmo: o fim da era da mediocridade e da impunidade. Seria uma atitude antidemocrática desejar o desaparecimento (ou o nanismo eleitoral) de quem sempre apostou no extermínio de todos os adversários? Não creio. Do mesmo modo, acreditamos que uma nova oposição está nascendo.
O que me faz discordar do amigo Oliver é o caminho a percorrer para que se torne realidade o que desejamos.Um impedimento legal não se dá pelo voto direto dos 51.000.000 de eleitores. A fórmula (e até a processualística) é de responsabilidade do Poder Legislativo. De um Congresso que terá em postos-chave, num processo de impeachment, gente como Renan calheiros, Lobão, Jáder Barbalho, Fernando Collor e outros do mesmo calibre.

Há um ponto de interrogação que me inquieta: e se o ministro Teori Zavascki, que aceitou submeter a uma ANÁLISE os dados fornecidos pelos delatores, concluir que o caso não merece ser objeto de denúncia da Procuradoria Geral da República? O procurador Rodrigo Janot vai propor alguma ação que garanta o acesso ao que disseram Paulinho de Lula, Alberto Youssef e outros depoentes? O que temos em mãos (o Congresso Nacional e o povo brasileiro) é suficiente para tal propositura?
Nosso foco – em minha opinião personalíssima – é exigir a publicidade dos depoimentos. Que a CPMI tenha ACESSO IMEDIATO aos depoimentos. Que sejam expostos à luz do dia os documentos, provas, depoimentos e evidências de ligações espúrias.
Será esse o começo do fim. Caso contrário, os jornais farão o que fez a Folha, que ilustrou a primeira página com a foto do único desequilibrado que pediu a volta da ditadura!) continuará a ser a do homem que mordeu o cachorro.
As ruas voltaram a ser nossas, sem a presença deletéria dos esquerdinhas de boutique que insistem em canonizar Geraldo Alckmin ao compará-lo com São Pedro.
Ministro Teori: antes da aposentadoria, exerça a função para o qual foi escolhido: julgar.

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