quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Dilma centrar sua campanha em São Paulo — mesmo em horário de trabalho — só confirma o papel crucial do Estado na eleição


CAMPANHA DISFARÇADA – Em horário de expediente, presidente-candidata Dilma Rousseff visita Unidade Básica de Saúde no Jardim Jacy, em Guarulhos (SP) (Foto: Ichiro Guerra)
CAMPANHA DISFARÇADA – Em horário de expediente, a presidente-candidata Dilma Rousseff visita Unidade Básica de Saúde no Jardim Jacy, em Guarulhos (SP). Com enorme índice de rejeição, sobretudo na Capital, presidente não perde oportunidade de visitaro Estado (Foto: Ichiro Guerra)

Em 11 dias de campanha eleitoral no mês de agosto, até ontem, a presidente Dilma Rousseff deixou sua pesada agenda em Brasília para passar seis dias no Estado de São Paulo.
As escapadas volta e meia são disfarçadas de “agenda oficial”, quando se constituem puramente em atos de campanha eleitoral.
Na segunda feira, dia 4, por exemplo, o repórter do site de VEJA Felipe Frazão flagrou uma dessas supostas atividades “oficiais” que, na verdade, são descaradamente atos eleitorais.
Nesse dia, a presidente-candidata visitou a Unidade Básica de Saúde (UBS) Jardim Jacy, em Guarulhos, a segunda cidade mais populosa do Estado de São Paulo, que recebeu profissionais do controvertido programa Mais Médicos.
A viagem da presidente foi preparada às pressas e chegou a aparecer de manhã na agenda oficial do Palácio do Planalto, mas foi retirada horas depois porque o evento ganhou ares inequívocos de campanha – Dilma, no entanto, estava em horário de expediente.
Tanto era campanha que a comitiva da presidente (ou da candidata?) levou para as dependências da UBS uma equipe para registro de imagens de campanha para a propaganda na TV.
Para conferir algum ar mais oficial à visita, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, também participou do ato.
Dilma está driblando a legislação eleitoral porque o instituto Datafolha — a entidade mais confiável no levantamento de intenções de votos em eleições — constatou que seu índice de rejeição no Estado de São Paulo é de 47%. Ou seja, 47% dos eleitores dizem que não votarão na presidente de jeito nenhum.
Na capital, o índice chega a espantosos 49%.
Está mais do que confirmada, pois, a nota que publiquei falando sobre o papel central de São Paulo nesta eleição — e sobre a importância, para o candidato tucano Aécio Neves, de se aproveitar do enorme eleitorado paulista e do fato de que Dilma possui altos índices de rejeição no Estado.

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