domingo, 24 de agosto de 2014

Documento-bomba revela que Requião operou junto com Gleisi para asfixiar as finanças do Paraná bloqueando recursos federais.


Não é novidade, no Paraná, que a senadora Gleisi Hoffmann, candidata do PT ao governo do Paraná, agiu durante três anos, como ministra chefe da Casa Civil da presidente Dilma Rousseff, e depois como senadora, de forma violenta e deliberada para asfixiar as finanças de seu estado para facilitar seu projeto político de chegar ao governo. A novidade – que explodiu ontem na campanha paranaense – foi que Gleisi não agiu sozinha. Um documento-bomba exibido ontem na Rede Globo local revela que Gleisi teve o auxílio do senador Roberto Requião, que disputa o governo do estado pelo PMDB.
A revelação surgiu durante a série de entrevistas que a RPC/TV (repetidora da Globo em Curitiba) está fazendo com os candidatos ao governo. Requião foi o primeiro entrevistado, na quarta-feira, 20, e garantiu, respondendo a uma pergunta do jornalista Sandro Dalpícolo, que “jamais havia votado contra a concessão de empréstimos ao Paraná”. Próximo entrevistado, o governador Beto Richa (PSDB) exibiu documentos provando que o senador fez pior. “Não só votou contra os empréstimos como recorreu ao Supremo Tribunal Federal para tentar barrar a concessão de empréstimos pleiteados pelo Paraná”. A revelação de Richa mostra que dois terços da bancada do Paraná no Senado (Gleisi Hoffmann e Roberto Requião) agiram contra os interesses do estado que os elegeu em Brasília.
Requião ingressou no Supremo Tribunal Federal com uma ação cautelar, em 28 de janeiro de 2014, junto ao ministro Ricardo Lewandowski, para assegurar que o Paraná não recebesse recursos do Proinveste (Programa de Apoio ao Investimento dos Estados e Distrito Federal), criado para combater os efeitos da crise mundial de 2008 e que todos estados brasileiros – exceto o Paraná – já haviam recebido em 2012. Em 2014, depois de esgotadas todas as firulas jurídicas e administrativas criadas por Gleisi na Casa Civil, para impedir o Paraná de receber os recursos devidos (R$ 817 milhões), Requião entrou em campo para tentar garantir no STF que o seu estado continuasse sem receber os recursos federais.
O Paraná ingressou no STF e obteve três liminares determinando o pagamento imediato dos recursos do Proinveste ao estado. A última delas pedia, que se o pagamento não fosse realizado imediatamente, além de multas diárias de R$ 500 mil, a prisão do secretário do Tesouro Nacional Arno Augustin e do ministro da Fazenda Guido Mantega, por crime de desobediência. Depois de ficar evidente que Gleisi não conseguiria impedir sozinha que os recursos federais fossem para o Paraná, Requião tentou a manobra desesperada da ação cautelar no STF para que o dinheiro, destinado a investimentos jamais chegasse ao estado.
A questão do bloqueio dos empréstimos e recursos federais, que causaram dificuldades financeiras ao Paraná vai ser um dos temas fortes dessa campanha pelo Palácio Iguaçu. Com a ação judicial de Requião, revelada agora, fica claro que as explicações sobre a perseguição implacável que o estado sofreu nos últimos quatro anos vai ter de ser explicada não só pela candidata do PT, Gleisi Hoffmann, como pelo do PMDB, Roberto Requião.

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