Do Ucho
Com medo de enfrentar as vaias e o coro de xingamentos que marcaram sua passagem pelos estádios da Copa do Mundo, a presidente Dilma Rousseff decidiu cancelar uma caminhada no Calçadão da Rua XV, no centro de Curitiba, agendada para o próximo sábado (9). Como os ecos do Itaquerão e do Maracanã ainda assombram Dilma, a presidente foi aconselhada a evitar exposição pública na capital do Paraná, cidade onde a rejeição histórica do PT é alta e os candidatos presidenciais da legenda sempre perderam as eleições.
A rejeição ao PT no Paraná e uma série de escândalos têm levado o Partido dos Trabalhadores a cogitar a retirada da candidatura de Gleisi Hoffmann ao Palácio Iguaçu, primeira candidata considerada viável que o partido produziu em 34 anos de existência. Então ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi levou Eduardo Gaievski, pedófilo perigoso e conhecido, para cuidar das políticas do governo federal para crianças e adolescentes.
Também escolheu para coordenar sua campanha o enrolado André Vargas, que está na iminência de ser cassado por suposta associação criminosa com o doleiro Alberto Youssef. Também pesa contra Gleisi o fato de ter promovido nos bastidores uma covarde campanha contra interesses do Paraná (em especial bloqueando empréstimos e repasses) quando ocupou a Casa Civil.
Sintoma do enfraquecimento de Gleisi, que, segundo pesquisas, ocupa um distante terceiro lugar na corrida pelo Palácio Iguaçu, é o fato de que a caminhada pela Rua XV, com Dilma, deveria reunir os dois candidatos ao governo, além de Gleisi, o peemedebista Roberto Requião. Setores do PT já defendem abertamente a tese de que a candidatura da senadora deve ser retirada para que todos os esforços do partido se concentrem em um único candidato oposicionista. Gleisi estaria dividindo esse eleitorado sem demonstrar viabilidade, avaliam setores do PT.
A exclusão da candidatura de Gleisi para apoiar Requião no primeiro turno encontra, como não poderia deixar de ser, fortes resistências dentro do PT. O marido de Gleisi, o ministro Paulo Bernardo da Silva (Comunicações), é inimigo histórico de Requião, que o acusa de ter proposto negociata para a construção de um trecho ferroviário em 2010, quando Bernardo era ministro do Planejamento e Requião governador do Paraná. O superfaturamento seria de R$ 400 milhões.
O próprio Requião tem uma posição ambígua com relação ao apoio a Dilma Rousseff. Seu grupo comemorou discretamente a desistência da presidente de ir a Curitiba. Apesar de insistir em recitar um discurso esquerdista radical – e cultivar a fama de descontrolado –, o senador não rasga dinheiro nem costuma comer coisas esquisitas,exceto mamona. Requião sabe que apoiar Dilma abertamente no Paraná pode significar a perda de votos de uma parcela significativa do eleitorado local.
Com medo de enfrentar as vaias e o coro de xingamentos que marcaram sua passagem pelos estádios da Copa do Mundo, a presidente Dilma Rousseff decidiu cancelar uma caminhada no Calçadão da Rua XV, no centro de Curitiba, agendada para o próximo sábado (9). Como os ecos do Itaquerão e do Maracanã ainda assombram Dilma, a presidente foi aconselhada a evitar exposição pública na capital do Paraná, cidade onde a rejeição histórica do PT é alta e os candidatos presidenciais da legenda sempre perderam as eleições.
A rejeição ao PT no Paraná e uma série de escândalos têm levado o Partido dos Trabalhadores a cogitar a retirada da candidatura de Gleisi Hoffmann ao Palácio Iguaçu, primeira candidata considerada viável que o partido produziu em 34 anos de existência. Então ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi levou Eduardo Gaievski, pedófilo perigoso e conhecido, para cuidar das políticas do governo federal para crianças e adolescentes.
Também escolheu para coordenar sua campanha o enrolado André Vargas, que está na iminência de ser cassado por suposta associação criminosa com o doleiro Alberto Youssef. Também pesa contra Gleisi o fato de ter promovido nos bastidores uma covarde campanha contra interesses do Paraná (em especial bloqueando empréstimos e repasses) quando ocupou a Casa Civil.
Sintoma do enfraquecimento de Gleisi, que, segundo pesquisas, ocupa um distante terceiro lugar na corrida pelo Palácio Iguaçu, é o fato de que a caminhada pela Rua XV, com Dilma, deveria reunir os dois candidatos ao governo, além de Gleisi, o peemedebista Roberto Requião. Setores do PT já defendem abertamente a tese de que a candidatura da senadora deve ser retirada para que todos os esforços do partido se concentrem em um único candidato oposicionista. Gleisi estaria dividindo esse eleitorado sem demonstrar viabilidade, avaliam setores do PT.
A exclusão da candidatura de Gleisi para apoiar Requião no primeiro turno encontra, como não poderia deixar de ser, fortes resistências dentro do PT. O marido de Gleisi, o ministro Paulo Bernardo da Silva (Comunicações), é inimigo histórico de Requião, que o acusa de ter proposto negociata para a construção de um trecho ferroviário em 2010, quando Bernardo era ministro do Planejamento e Requião governador do Paraná. O superfaturamento seria de R$ 400 milhões.
O próprio Requião tem uma posição ambígua com relação ao apoio a Dilma Rousseff. Seu grupo comemorou discretamente a desistência da presidente de ir a Curitiba. Apesar de insistir em recitar um discurso esquerdista radical – e cultivar a fama de descontrolado –, o senador não rasga dinheiro nem costuma comer coisas esquisitas,exceto mamona. Requião sabe que apoiar Dilma abertamente no Paraná pode significar a perda de votos de uma parcela significativa do eleitorado local.
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