terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Cães que vivem em terminais de ônibus recebem tratamento médico


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Cães que vivem em terminais de ônibus recebem tratamento médico
Equipes da Rede de Proteção Animal da Secretaria Municipal de Meio Ambiente percorreram os terminais de ônibus do Campo Comprido e da Fazendinha na tarde desta quinta-feira (20) para monitorar os cães que vivem nestes locais.
Os animais tiveram sangue coletado para exames laboratoriais e receberam medicamentos para controle de pulgas e de endoparasitas, além de coleiras com identificação. A ação faz parte do projeto Cães Comunitários, da Prefeitura de Curitiba.
Atualmente, 30 cães que vivem em 13 terminais da cidade são monitorados constantemente por veterinários da Rede. “No ano passado, o número de cães era maior porque, após receberem tratamento, vários cães acabaram sendo adotados por famílias curitibanas, o que mostra a eficácia do projeto”, disse o zootecnista Edson Evaristo, da Divisão de Monitoramento e de Proteção Animal da Secretaria.
Em 2013, quando o projeto teve início, 43 cães de rua que viviam nos terminais de ônibus foram identificados com microchips, castrados e vacinados. Destes, 13 foram adotados. “Após serem castrados e receberem tratamento, eles se tornam mais atraentes para a adoção, o que é ótimo”, disse Evaristo.
De acordo com o projeto, cada Cão Comunitário tem um mantenedor voluntário, numa parceria de co-responsabilidade com a população. O mantenedor é responsável pelo fornecimento de água e alimentação, pela vistoria diária do animal e também por informar aos veterinários da Rede sobre qualquer problema de saúde do cão.
O porteiro do terminal do Campo Comprido, José Carlos da Silva Neto, que trabalha há quatro anos no local, conta que ali há dois cães comunitários, conhecidos como Roberval e Nibi. “Quando comecei a trabalhar aqui, eles já estavam no terminal”, informou. “Antes, os animais eram alimentados por funcionários e comerciantes, mas agora, com a ação da Prefeitura, tudo ficou mais organizado e os animais se tornaram mais dóceis, além estarem vacinados e castrados”.
Projeto de pesquisa
Com recursos de R$ 200 mil, aprovados pela Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Paraná, o projeto Cães Comunitários tem caráter de pesquisa e é uma parceria entre a Prefeitura de Curitiba e a Universidade Federal do Paraná (UFPR).
A meta é incluir no projeto todos os cães que moram nos 22 terminais de ônibus da cidade, geralmente alimentados e mantidos por funcionários e usuários dos equipamentos ou pela comunidade local.
O diretor do Departamento de Pesquisa e Conservação de Fauna da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Alexander Biondo, conta que em várias cidades no mundo os cães e gatos comunitários são atendidos pelo poder público. “Eles passam a fazem parte da fauna urbana e contam com a ajuda e simpatia da população e dos turistas”, explica.

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