terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Mandos e desmandos da Mesa Executiva da Câmara Municipal de Curitiba


No Dia 08 de janeiro de 2016 o Sr Secretário do Governo Municipal Ricardo Mac Donald Ghisi, enviou ofício (em anexo) ao Presidente da Câmara Municipal de Curitiba, solicitando o retorno à prefeitura dos profissionais médicos Hélcio Noel Porrua e Sonia Regina Guskow Cardoso, que se encontravam a disposição da Câmara, pelo seguinte motivo: “da significativa procura da população curitibana por assistência, verificada nas unidades de Saúde e” (atenção aqui) “na COORDENADORIA TÉCNICA CENTRAL DE REGULAÇÃO DE URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS MÉDICAS DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE”.
Atitude muito louvável. Quem em sã consciência poderia ir contra tal medida? É a prova cabal da seriedade do governo municipal no trato da saúde pública, mas fomos surpreendidos em dois ou três dias após a despedida de nossos colegas de tantos anos, quando a Prefeitura encaminhou a disposição da Câmara outra profissional, a Drª Maria Helena Almeida da Silva Ferreira.
Ficamos mais surpresos ainda ao consultar (em 27/jan/16 às 14:45 hrs) a relação de servidores da Prefeitura de Curitiba (http://multimidia.transparencia.curitiba.pr.gov.br/funcionarios/relacao_servidores_empregados_ativos.pdf) (pág. 374, linha 19) a lotação anterior da servidora: COORDENADORIA TÉCNICA CENTRAL DE REGULAÇÃO DE URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS MÉDICAS DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE. Isso mesmo, aquela mesma que segundo o ofício do secretário sofre com “significativa procura da população curitibana por assistência”
Então vamos as hipóteses:
Ora se o Sr. Secretário de Governo pretende atender a demanda retirando uma servidora do local que segundo ele necessita de servidores, ele só pode ser adepto do humor negro e isso é apenas uma amostra de como o grupo que atualmente detém o poder municipal trata os problemas da cidade.
Isso explicaria o porquê do caos no transporte coletivo, que já foi modelo inclusive para cidades de outros países e hoje vive a dura realidade das greves mensais, superlotação, perca de passageiros mês após mês. Isso explicaria o porquê o fechamento de berçários é apresentado como solução para o atendimento em creches. Isso explicaria o porquê da prefeitura de Curitiba ter deixado a vanguarda em soluções urbanísticas para se tornar mera clonadora dos improvisos da prefeitura de São Paulo. Isso explicaria o porquê da fachada da Câmara ter se tornado o retrato da situação da cidade e da administração da casa.
A segunda hipótese é que tudo isso seja uma pantomima, uma fraude uma farsa, criada por pessoas que não tem, dignidade de assumir seus atos. Para disfarçar a retaliação ao Dr Hélcio, por ter ousado criticar de maneira fundamentada certas coisas que vem acontecendo. Como não tem coragem de assumir o que nem os militares fizeram na Câmara, procuraram criar o simulacro de um ato administrativo normal. Não tem peito de falar “olha eu uso o poder discricionário que a administração detém para perseguir meus desafetos, se pudesse demitia todos vocês”.
Não esqueçamos que este ano Sr. Prefeito, padrinho do secretário, patrono dos 2 últimos presidentes dessa Câmara, que fizeram gestões desastrosas do ponto de vista dos servidores, bem como os próprios: presidente atual, ex-presidente, integrantes da executiva e todos os vereadores virão ao nosso encontro, pedindo a nossa confiança para renovarem seus mandatos.
Somos apartidários. Nem poderíamos ser diferentes. Entretanto a esquerda ou a direita, antes de votar para prefeito ou vereador façamos um exame de qual foi a postura do candidato ante os desmandos, a campanha difamatória, as perseguições que sofremos. Analisemos o que temos sofrido nas últimas gestões. Observemos a quais partidos pertencem ou patrocinam os gestores defensores dessa ideologia de desvalorização da Câmara Municipal.
Não esqueçamos dos que se omitiram, lavaram suas mãos e pecaram, tanto quanto os protagonistas.

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