terça-feira, 27 de novembro de 2012

A VEZ E A HORA DO LEGISLATIVO


Por Carlos Chagas
Não encerra o episódio a  pronta reação da presidente Dilma ao demitir  altos funcionários federais apontados como corruptos pela Polícia Federal. É preciso que a Justiça se pronuncie. E que a primeira instância siga o exemplo do Supremo Tribunal Federal e comece a distribuir penas de  cadeia para os vigaristas, claro que dando-lhes todo o direito de defesa. Mais cedo do que se imaginava, com a Operação Porto Seguro, surgiu o contraponto da atuação da mais alta corte nacional. O exemplo tem que ser seguido.
Da mesma forma como o Executivo e o Judiciário participam dessa campanha contra a corrupção, torna-se necessário  que o Legislativo faça a sua parte. Aí está a oportunidade para a Câmara dos Deputados demonstrar sua integração nesses novos tempos: Waldemar Costa Neto, patrono do PR, está condenado pelo Supremo e agora aparece com figura exponencial nas investigações e conclusões da Polícia Federal.   Faz até o papel de ligação entre o mensalão e o mais recente escândalo investigado. Por que não abrir contra ele processo no Conselho de Ética da Câmara, se possível também contra os demais deputados condenados no STF? Por que não cassar seus mandatos?
 
O PUNHAL
 
Pela segunda vez o ex-presidente Lula declara ter sido apunhalado pelas costas. Primeiro foi quando, no exercício do poder,  estourou a crise do  mensalão. Agora, quando são surpreendidos em flagrante de corrupção a chefe do gabinete da presidência da República  em São Paulo, mais a  segunda autoridade da Advocacia Geral da União, diretores de Agências Reguladoras, empresários e penduricalhos.
No mínimo,  o primeiro companheiro descuidou-se. Afinal, se não sabia, pelo menos poderia ter-se precavido contra o punhal de seus partidários. Ninguém se aproxima da vítima, mesmo pelas costas, sem dar alguns sinais de suas criminosas intenções.

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