segunda-feira, 17 de abril de 2017

VAGAS DE CUBANOS NO MAIS MÉDICOS SERÃO PREENCHIDAS POR BRASILEIROS


PAÍS VIZINHO SUSPENDEU VINDA DE 710 PROFISSIONAIS PARA O PROGRAMA

GOVERNO CUBANO SUSPENDEU O ENVIO DE 710 PROFISSIONAIS APÓS O AUMENTO DE AÇÕES NA JUSTIÇA PARA PERMANÊNCIA NO BRASIL (FOTO: ELZA FIÚZA/ABR)
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O Ministério da Saúde vai oferecer as vagas do programa Mais Médicos inicialmente previstas para profissionais cubanos para brasileiros formados no Brasil e no exterior. A estratégia, anunciada hoje pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, ocorre diante da suspensão determinada por Cuba da vinda de 710 profissionais para o programa. Os profissionais, que já estavam em treinamento, deveriam desembarcar no Brasil neste mês.
Está prevista para as próximas semanas uma reunião entre representantes do Ministério da Saúde, representantes da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e do governo cubano para decidir a estratégia que será adotada a partir de agora.
A decisão de Cuba de suspender o envio de médicos é uma reação ao expressivo aumento de ações na Justiça garantindo a permanência de profissionais cubanos no Brasil, depois de eles serem convocados de volta pelo governo da ilha.
Há pelo menos 88 liminares garantindo a estadia dos médicos no País. São todos profissionais que completaram três anos de permanência no programa e que, em tese, poderiam ter o contrato renovado por mais três anos. O governo cubano, no entanto, em uma estratégia para tentar evitar o risco de seus profissionais estreitarem os laços com o Brasil, vem solicitando que a maioria retorne para a ilha.
O recrutamento de cubanos para o Mais Médicos é fruto de um convênio realizado entre Brasil, Cuba e Opas. O representante da organização no Brasil, Joaquim Molina, afirmou estar esperançoso que um entendimento seja alcançado.

Barros disse que a decisão de Cuba não trará prejuízos para o acordo. "O convênio será mantido. Ele está assinado com duração de três anos, há um incômodo do governo de Cuba com as ações judiciais determinando a permanência de cubanos no Brasil, e isso desestrutura o convênio como está formado. Mas o Judiciário tem autonomia", afirmou o ministro. 

Diário do Poder

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