quinta-feira, 14 de outubro de 2010

A caso Erenice continua amassando pizza.

Aberto há um mês, o inquérito da Polícia Federal que apura o tráfico de influência na Casa Civil caminha a passos de tartaruga aleijada.
Responsável pela “investigação”, o delegado federal Roberval Vicalvi solicitou nesta quarta (13) uma prorrogação de prazo.
Alega que, apenas com os depoimentos recolhidos até aqui, não foi possível chegar a nenhuma conclusão.
Entre os ouvidos estão os filhos de Erenice Guerra, a ex-braço direito a quem Dilma Rousseff legou a poltrona de chefe da Casa Civil.
Inquiridos sobre o tráfico de influência iniciado sob Dilma e pilhado sob Erenice, os rebentos da ex-ministra preferiram o silêncio.
Selaram os lábios para evitar a formação de marolas eleitorais.
Demitida, Erenice perdeu o privilégio de foro. Pode ser intimada pelo delegado sem a necessidade de autorização do STF. Porém…
Porém, não houve, por ora, interesse em ouvi-la. Tampouco há notícia de pedidos de busca e apreensão de documentos e computadores.
Ainda não foram ao noticiário, neste caso, as cenas espetaculares de agentes vasculhando armários e gavetas de casas e repartições públicas.
Em suas últimas declarações, Dilma Rousseff informou que, eleita, cuidará para que o ‘Erenicegate’ seja levado às últimas conseqüências.
O diabo é que, tomada pelo prefácio, a pantomima da Casa Civil parece caminhar para um epílogo conhecido.
Vem à memória da bugrada, instantaneamente, o desfecho da alopragem de 2006.
Até hoje não se sabe de onde veio o R$ 1,7 milhão que recheava a mala apreendida com os aloprados do dossiê num hotel de São Paulo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário