quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Dilma acusa Marina de ser igualzinha a Fernando Collor, que disputa a reeleição para o Senado com o apoio da acusadora


Augusto Nunes


Depois de avisar que só é possível presidir o Brasil com o apoio da maioria do Congresso, o programa de Dilma Rousseff no horário eleitoral desta terça-feira descambou para o terrorismo de chanchada. A coligação que apoia Marina Silva, vaticinou o locutor, não conseguirá eleger uma bancada parlamentar suficientemente numerosa para garantir a aprovação dos planos e projetos do governo. Assim, a candidata do PSB pode até chegar à Presidência. Mas não chegará ao fim do mandato.
Especialista em mensagens oblíquas, o marqueteiro João Santana evocou dois exemplos para dar à conversa fiada ares de aula de  História e associar Marina Silva a um napoleão de hospício e a um colecionador de falcatruas. Segundo a peça eleitoreira, foi a falta de sustentação parlamentar que provocou tanto a renúncia de Jânio Quadros quanto o impeachment de Fernando Collor. Como atesta o vídeo, o primeiro apareceu com nome, sobrenome e fotografia. O segundo não deu as caras na tela.
O comercial do PT limitou-se a reproduzir a primeira página da Folha que noticia o desfecho da crise de 1992:  Vitória da Democracia: IMPEACHMENT!  Quem foi vencido pela democracia? Cadê o nome e a foto da vítima do impeachment? A resposta para as omissões escandalosas está na foto abaixo. Dilma e Collor hoje são bons amigos. Senador por Alagoas, o aventureiro despejado do Planalto pelo impeachment disputa a reeleição com o apoio ostensivo da presidente da República.
Resumo da ópera bufa: Dilma acusou Marina de ser igualzinha ao pecador que gostaria de manter no Senado. A esperteza vai acabar em tiro no pé. Mais um.
collor - dilma

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