Do Cícero Cattani
O senador Roberto Requião, candidato do PMDB ao governo do Paraná, está martelando na televisão uma promessa: vai congelar a água e a luz dos paranaenses nos próximos quatro anos. A ideia é tentadora. Quem não gostaria, em um país com inflação na casa dos 6,5% anuais, de passar quatro anos com essas tarifas congeladas?
Dá para comprar o que Requião vende pelo valor de face? Quem votou no senador em 2002 e o elegeu governador e o reelegeu em 2006 acreditando na promessa que ele iria abaixar ou acabar com o pedágio está esperando até hoje que esse prodígio se realize.
O pedágio não só não abaixou nem acabou como Requião produziu uma mágica besta. Em 2004, para obter uma redução de 30% na tarifa, assinou um acordo com a Ecocataratas, do seu candidato ao Senado, Marcelo Almeida, abrindo mão da duplicação da BR-277 no trecho Guarapuava-Foz do Iguaçu.
O resultado é que a tarifa logo foi recomposta (voltou ao que era antes da redução), mas o Paraná ficou sem uma duplicação em uma área crítica. No trecho por onde passa boa parte da produção agrícola do estado os caminhões são obrigados a circular por uma pista simples. É conferir as trágicas estatísticas das mortes que se somam nesse trecho.
Com todos esses antecedentes a pergunta que se impõe é a seguinte: Você compraria um carro usado de Requião para percorrer os pedágios do Paraná?
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