Ou, a população não prestou atenção as matérias, vinculadas nas rádios, jornais e televisão, ou, o povo não se importa em tirar mais dinheiro do bolso, para custear a Prefeitura de Curitiba. Cadê o povo na hora desta votação?
De Angieli Maros, Gazeta do Povo:
Depois de três horas e meia de debate, a Câmara Municipal aprovou,
nesta quarta-feira (10), o projeto de lei que pretende implantar o custo
compartilhado entre prefeitura e moradores para obras públicas
comunitárias. Foram vinte votos a favor e dez contra à proposta, que
volta à pauta na sessão da próxima segunda-feira (15) para votação de
redação final.
De autoria do vereador Jonny Stica (PT), o projeto chamado de
Vizinhança Ativa sugere que as obras públicas passem a ser custeadas
tanto pela prefeitura como pela comunidade beneficiada. Se passar a
valer, obras como asfaltamento, calçamento e acessibilidade, iluminação
pública, áreas de lazer e recreação e outras construções definidas em
audiências públicas entrariam neste pacote de rateio da comunidade.
De acordo o texto, a limitação orçamentária da prefeitura seria uma
das justificativas do projeto, que poderia ser considerada, para o
vereador, uma forma simplificada das Parcerias Público-Privadas
previstas por Lei Federal.
A medida seria aplicada tanto para obras requeridas pelos próprios
moradores, por meio de solicitação oficial, como abaixo-assinados, como
também pelos serviços considerados necessários pela própria prefeitura.
Para isto, teria que haver consenso com os moradores em audiência
pública.
Após muito debate, parte dos vereadores chegou a pedir adiamento da
votação para que todas as dúvidas a respeito do projeto pudessem ser
esclarecidas antes que o documento fosse sancionado. “Do jeito que está
não traz benefício nenhum à população”, foi a declaração do vereador
Mestre Pop (PSC), que disse não ser contrário à proposta, mas pediu mais
tempo para análise do texto. A declaração foi postada no Twitter
oficial da Câmara.
Durante a sessão, Stica ressaltou que o projeto não é uma imposição, “mas uma parceria entre poder público e a população”.
Emendas
Ao texto aprovado nesta quarta-feira foram acrescentadas três emendas.
Uma delas exclui pessoas de baixa renda e cadastradas em programas
sociais de ajudarem nos pagamentos previstos pela proposta. Também
ficarão de foram do projeto obras em equipamentos de saúde e educação
bem como obras que já estão no orçamento da prefeitura.
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