Carlos Chagas
Como em quase todo fim de semana, domingo passado
faltou luz em Brasília. Foi entre 18.45 e 19.30. Quem estava ligado no
Faustão até que conseguiu alguns minutos de refrigério. Livramo-nos,
também, dos aviõzinhos do Silvio Santos ou da pregação dos múltiplos
pastores de todos os canais que distorcem a Bíblia em favor de suas
contas bancárias. Mas foi a continuação, em Brasília, de uma lambança
que nos agride desde a fundação. Quando menos se espera, apaga tudo.
Pode durar poucos minutos, como anteontem, pode durar horas ou uma noite
inteira, até dias, como tem acontecido nos bairros, na periferia ou no
centro da cidade. Claro que não nas mansões e palácios dos potentados,
que dispõem de geradores interligados à falta de energia, suprindo em
poucos segundos o conforto negado à população. Dona Dilma nem se
incomodou, no palácio da Alvorada. O governador AGNULO muito menos,
assim como secretários, ministros e empresários bafejados pelas delícias
do poder conquistadas com o dinheiro de todos nós.
Quebrou a cara quem necessitava da eletricidade para um ente querido sujeito ao funcionamento de uma dessas maquininhas diabólicas que impulsionam as coronárias falidas, ou os pulmões estilhaçados. Ou quantos empenhavam o fim do domingo na tarefa de recuperar os trabalhos da semana anterior. Até os dedicados a ouvir música popular ou clássica, nos raros momentos de lazer. O que dizer dos que se reuniam nas mesas de bar para um refrigério regado a cerveja e conversa de jogar fora? Foram todos garfados pela desídia do poder público, que jamais prestou contas de sua permanente falta de responsabilidade. As contas de luz chegarão implacáveis, como se nada tivesse acontecido. A luz das velas permanecerá por fugazes instantes na memória de quantos apelaram para as caixas de fósforo.
Convenhamos, trata-se de agruras muito menores do que a fome, a insegurança, a indigência e o abandono. Mas é preciso começar de algum lugar. Quando falta energia, alguém é responsável. Não há que botar a culpa no raio que veio do céu ou na árvore que caiu de podre. Para evitar esses percalços, pagamos impostos. Respondemos com nosso patrimônio pelo recebimento de nossos direitos.
Um dia, no futuro, as contas precisarão ser zeradas. A exploração da sociedade por seus falsos representantes terá um fim. Quem já foi ministra das Minas e Energia não escapará. Afinal, os defeitos dos canalhas podem ser grandes ou pequenos, mas sempre serão os mesmos.
Aproximam-se as eleições e quantos, na hora de digitar nomes e números de seus preferidos, lembrar-se-ão do tempo em que foram surripiados de sua prerrogativa de continuar interligados à comunidade? Poucos, com certeza. Existirão cobranças mais profundas. Mesmo assim, se a luz que vem sol um dia se apagasse, nos levaria a questionar a existência da própria Humanidade. Por que não exigir dos canalhas que cumpram suas obrigações?
Quebrou a cara quem necessitava da eletricidade para um ente querido sujeito ao funcionamento de uma dessas maquininhas diabólicas que impulsionam as coronárias falidas, ou os pulmões estilhaçados. Ou quantos empenhavam o fim do domingo na tarefa de recuperar os trabalhos da semana anterior. Até os dedicados a ouvir música popular ou clássica, nos raros momentos de lazer. O que dizer dos que se reuniam nas mesas de bar para um refrigério regado a cerveja e conversa de jogar fora? Foram todos garfados pela desídia do poder público, que jamais prestou contas de sua permanente falta de responsabilidade. As contas de luz chegarão implacáveis, como se nada tivesse acontecido. A luz das velas permanecerá por fugazes instantes na memória de quantos apelaram para as caixas de fósforo.
Convenhamos, trata-se de agruras muito menores do que a fome, a insegurança, a indigência e o abandono. Mas é preciso começar de algum lugar. Quando falta energia, alguém é responsável. Não há que botar a culpa no raio que veio do céu ou na árvore que caiu de podre. Para evitar esses percalços, pagamos impostos. Respondemos com nosso patrimônio pelo recebimento de nossos direitos.
Um dia, no futuro, as contas precisarão ser zeradas. A exploração da sociedade por seus falsos representantes terá um fim. Quem já foi ministra das Minas e Energia não escapará. Afinal, os defeitos dos canalhas podem ser grandes ou pequenos, mas sempre serão os mesmos.
Aproximam-se as eleições e quantos, na hora de digitar nomes e números de seus preferidos, lembrar-se-ão do tempo em que foram surripiados de sua prerrogativa de continuar interligados à comunidade? Poucos, com certeza. Existirão cobranças mais profundas. Mesmo assim, se a luz que vem sol um dia se apagasse, nos levaria a questionar a existência da própria Humanidade. Por que não exigir dos canalhas que cumpram suas obrigações?
Nenhum comentário:
Postar um comentário