TCU atesta que houve superfaturamento na refinaria de Abreu e Lima (PE)
Nos depoimentos que prestou sobre o esquema de corrupção envolvendo as obras da refinaria, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa confessou à Justiça Federal que, de fato, os valores dos contratos haviam sido superfaturados.
Exatos 52 contratos de obras, em cinco refinarias, foram submetidas a auditoria, segundo explicou o relator do processo, ministro José Jorge, e foram encontradas irregularidades em quatro contratos, todos eles referentes a Abreu e Lima. Referem-se aos pesos considerados pela Petrobras para os itens mão-de-obra, materiais e equipamentos, nos reajustes dos valores dos quatro contratos. Para os técnicos do tribunal, os pesos eram maiores do que os registrados em outros contratos da estatal e não captavam a variação real do custo de produção.
O ministro do TCU apontou ainda “fortes indícios de desequilíbrio econômico e financeiro em desfavor da Petrobras” e “indícios de pagamentos indevidos” às empresas que realizam essas obras. A estimativa é que as irregularidades tenham provocado prejuízo de R$ 243 milhões até abril deste ano. Se os envolvidos forem condenados, eles podem ter que devolver esse valor aos cofres públicos.
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