Gabrieli, Graça Foster e Dilma Rousseff
Do Augusto NunesAlém de nomear aliados do governo apontados por suposto envolvimento em corrupção – como os senadores José Sarney (PMDB-AP) e Fernando Collor (PTB-AL) e o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) -, Marina também usou a Petrobras para atacar o governo federal. “Olha o que aconteceu com a Petrobras. Uma empresa importante, agora vale metade do que valia. Quatro vezes mais endividada e desmoralizada pelo roubo, pela falcatrua em 12 anos de governo do PT”, disse. “A presidente Dilma tem responsabilidade política. Não adianta querer se esquivar”, completou Marina, em clara referência às declarações da presidente de que não tinha conhecimento da distribuição de propina pela empresa denunciada pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa, que tenta o benefício da delação premiada junto à Justiça.
As críticas de Marina foram proferidas em discurso para algumas dezenas de aliados na tarde desta terça-feira, em Betim, região metropolitana de Belo Horizonte. Além de Dilma, ela também voltou a atacar o senador e presidenciável do PSDB, Aécio Neves (MG), e disse que a disputa que enfrenta “é quase como Davi contra um batalhão de Golias”. “Só tem uma explicação para estar onde estamos: chama-se sociedade brasileira, que resolveu ser autora dessa vitória”, salientou.
A linha de ataques foi a mesma adotada em ato promovido no fim da manhã na capital mineira. Após citar o PSDB e o PT, a socialista disse que todas as conquistas dos últimos governos podem ser perdidas “pelo atraso na política”. “Eles pegam um pedaço do Estado para fatiarem entre eles, em prejuízo de vocês, de cada homem e cada mulher no Brasil”, acusou. Sem citar Aécio, mas em ataque direto ao tucano, salientou que tem compromisso de “trabalhar para que os professores tenham piso salarial e não sejam enrolados, como é feito aqui em Minas Gerais”. A adoção do piso nacional do magistério é uma das reivindicações da categoria no estado.
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