Petista ainda tenta convencer que economia vai bem
Os jornalistas Chico Pinheiro, Miriam Leitão e Ana Paula Araújo perguntaram à presidente como ela não soube do escândalo dentro da empresa. Dilma se disse “surpresa” com as denúncias e voltou a dizer que, se soubesse que o ex-diretor de Abastecimento da estatal era corrupto, “ele seria imediatamente demitido”. Costa, que tinha 30 anos de Petrobras, assumiu o cargo por indicação de Dilma, presidente do Conselho de Administração da empresa à época.
Em 2010 o escândalo que rondava a campanha da petista envolvia Erenice Guerra, seu braço direito dentro da Casa Civil. Então ministra da pasta, Guerra foi acusada de tráfico de influência, mas o caso foi arquivado dois anos depois por falta de provas. Erenice foi demitida antes do resultado das investigações.
Disputando o primeiro mandato, Dilma aproveitou o caso para vender o papel de “presidenta faxineira”, que iria punir todos os casos de corrupção. Dos ministros herdados por Luiz Inácio Lula da Silva, seis foram mandados embora por envolvimento em algum escândalo.
Economia
Dilma foi questionada ainda pelos números negativos que a economia brasileira vem apresentando. Os jornalistas insistiram para que a presidente respondesse como pretende reverter o quadro. Dilma, demostrando ainda mais sua impaciência e falta de foco do que em 2010, deu voltas, rebateu dados apresentados por Miriam Leitão e reafirmou que o culpado do resultado da economia no País é da crise financeira mundial.
A petista contentou-se em dizer que, em seu plano de governo, uma das propostas é tirar o Brasil da defensiva em que se encontra hoje para se defender da crise mundial para partir para o ataque, gastando menos, mas mantendo o crescimento de emprego, salário e investimentos.
Dilma Rousseff voltou a rebater Marina Silva, candidata ao Palácio do Planalto pelo PSB, quanto a autonomia do Banco Central. No entanto, em 2010, ao rebater o então adversário José Serra (PSDB), a petista considerava “importantíssima a autonomia operacional que o Banco Central teve no governo do presidente Lula”. Hoje, Dilma diz que a autonomia criaria um “quarto Poder”. Por outro lado, Marina Silva defendeu, nas duas eleições, o mesmo propósito.
Educação
Por outro lado, durante a entrevista, Dilma assumiu que a educação deixa a desejar. Ela reconheceu que ainda é preciso ter recursos mais significativos para educação no País, mas disse que hoje o governo federal investe muito mais nesta área do que no passado. Ela defendeu ainda uma reformulação na grade curricular. “O jovem do ensino médio não pode ficar com 12 matérias. Um currículo com 12 matérias não atrai”, disse a presidenta, ao falar sobre a evasão no ensino médio.
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