quinta-feira, 13 de junho de 2013

Debatida proibição de celular em escolas


Os vereadores de Curitiba debateram, na sessão plenária desta quarta-feira (12), a proibição do uso de celulares e outros eletrônicos nas escolas públicas municipais. A sugestão ao Executivo (401.00202.2013) foi protocolada por Dirceu Moreira (PSB) que defendeu, na tribuna, que os equipamentos contribuem para a “desconcentração dos alunos e a exposição de professores”.

“O celular hoje é usado tanto para o envio de mensagens, quanto para jogos online. A sugestão tem o objetivo de assegurar a essência do ambiente escolar, onde a atenção do aluno deve estar integralmente direcionada aos estudos, na fixação do aprendizado passado pelos professores, sem que nada possa competir ou desviá-lo desse objetivo”, completou o autor do requerimento.

Favorável à sugestão de Moreira, Chico do Uberaba (PMN) reforçou que não há necessidade do uso do celular nas escolas. “Em audiência pública promovida pela Comissão de Direitos Humanos, a secretária de Educação disse que não concorda com  o uso do aparelho em sala de aula”, disse o vereador, que é presidente do colegiado. No debate, Serginho do Posto (PSDB) também manifestou apoio a ideia. Ele ainda lembrou aos colegas em plenário que sugeriu a mesma proibição em projeto de lei (005.00016.2013), que tramitou na Casa.

Apesar de apoiar a iniciativa, a líder do PT, Professora Josete, fez ressalvas quanto à justificativa de Dirceu Moreira. Para a vereadora, não cabe ao Legislativo debater esses mecanismos de controle. “As escolas têm que ter autonomia. O professor ou a escola é quem deve determinar quando o celular poderá ser usado em sala de aula. Se há um descontrole, a proibição deve ser debatida dentro dos conselhos das instituições de ensino”, completou.

A afirmação de Josete foi corroborada por Pier Petruzzielo (PTB) e Felipe Braga Côrtes (PSDB). “Sou contra a sugestão. O celular é necessário e quem deve controlar o uso é o professor”, disse o líder do PSDB. Dirceu Moreira, porém, ressaltou que o requerimento foi embasado por pedagogos. “Muitos profissionais defendem a ideia de que o ideal é aluno não levar o celular para a escola. Há relatos de estudantes que não conseguem deixar o celular desligado, tanto é o apego e a atenção dispensada para o aparelho”, finalizou. O requerimento volta para discussão na ordem do dia da próxima sessão plenária no dia 17 de junho.

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