sexta-feira, 29 de abril de 2016

O alto custo para o contribuinte dos “generosos” empréstimos do BNDES

No discurso que fez em plenário, na quinta (28), o senador Alvaro Dias (PV/PR) voltou a dizer que a presidente Dilma não precisaria ter se utilizado das pedaladas, se não houvesse abusado dos repasses do Tesouro Nacional ao BNDES. São recursos oriundos do FAT, FGTS, PIS/PASEP, transferidos ao BNDES em prejuízo dos trabalhadores.

“O repasse do Tesouro ao BNDES chega a 716 bilhões, entre 2008 e 2014. Se nós contrapusermos esses valores aos valores das pedaladas, verificaremos que realmente a infelicidade das chamadas pedaladas poderia ter sido perfeitamente evitada. Esses recursos não retornaram ao Tesouro Nacional. Foram repassados com taxas de juros subsidiados a países com dificuldades financeiras e a governos ditatoriais e corruptos. De 2003 a 2013, o BNDES emprestou US$8,8 bilhões, sendo que Angola abocanhou 33%; Argentina, 22%; Venezuela, 14%; e Cuba, 7%”, disse o senador.
Alvaro Dias destacou ainda que o governo brasileiro, além dos empréstimos concedidos, perdoou dívidas de algumas dessas nações: “O saldo dessa aventura descabida é o gigantesco aumento da dívida e o pagamento de mais de R$20 bilhões ao ano de equalização de juros, que é a diferença entre os elevados juros que o Tesouro Nacional paga aos investidores que compraram os títulos emitidos e o juro mais baixo recebido do BNDES. Ou seja, até 2060, o contribuinte brasileiro pagará em subsídios pelas operações do BNDES o valor de R$184 bilhões”.

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