terça-feira, 27 de agosto de 2013

TSE veta uso de verba pública com bebidas

Passando a Limpo: PT, o Partidão, queria, Pão, Circo e Cachaça, para o povo.

O PT defendeu no Tribunal Superior Eleitoral o uso de dinheiro do Fundo Partidário, anualmente recebido pelos partidos, para pagar despesas com bebidas alcoólicas em agendas e encontros oficiais das agremiações.
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O partido argumentou ser inevitável oferecer bebidas em cerimônias com presença de autoridades – que, às vezes, inclui “ministros e o presidente da República”. Segundo o argumento, “nem se pode imaginar” que em tais ocasiões só sejam servidos “refrigerantes ou água potável”. A sugestão – que parece ignorar que um partido é uma instituição privada e o Fundo Partidário, um recurso público – consta da prestação de contas do PT de 2006, julgada no ano passado.
Sem sucesso, o PT tentou escapar de multa aplicada pelo tribunal por destinar R$ 9.289 do Fundo a despesas com compra de vinho e champanhe.
Partiu do ex-tesoureiro petista, deputado Paulo Ferreira (RS), a ideia de levantar a discussão no TSE. “Vamos fazer uma recepção de final de ano e servir água para os filiados? Eu acho que não é um gasto desnecessário (comprar bebida alcoólica)”, disse Ferreira. “É festa de adulto, nós queremos bebemorar.” As garrafas saíram do Armazém Trinta e Oito, de Porto Alegre. O estabelecimento confirma que o partido é cliente até hoje.
Os argumentos não convenceram o TSE, que manteve a multa. O então ministro Marcelo Ribeiro, relator das contas do partido, foi taxativo: “Não é admissível que recursos públicos sejam utilizados para gastos com bebidas alcoólicas”.
Seu colega no TSE, ministro Marco Aurélio Mello, concorda. “Não pode o partido pegar essa verba e comprar bebida para os filiados. Não pode!” Mello, contudo, foi o único voto favorável às contas do partido, que acabaram sendo aprovadas com ressalvas. Segundo o processo, o PT recebeu recursos de empresas concessionárias do governo, o que é proibido.
Toalha e desodorante. Não é só o PT que tenta tornar mais flexível o uso do Fundo Partidário. O PRB já usou os recursos para comprar não só bebida alcoólica, mas toalha, desodorante e até ovo de Páscoa. O TSE também mandou devolver os R$ 2.018 gastos. “Foi uma cesta de Natal que demos a alguns funcionários do partido”, afirmou o presidente nacional da sigla, Ovasco Resende. Segundo ele, na condição de “partido sério”, o PRB não costuma financiar a compra de álcool com verba pública: “Se tem festa e bebida, que cada um pague do seu bolso.”
“Acho que o TSE teve um critério rigoroso, não compatível com o que os outros fazem. O próprio tribunal deve oferecer bebida alcoólica em suas recepções. Pergunta lá”, sugeriu Paulo Ferreira. O TSE informou que, em recepções, só oferece água e café. As informações são do jornal O Estado de São Paulo.

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