segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Tá sobrando prô Chefe

Roberto Requião complica-se cada vez mais com os escândalos apurados pela Polícia Federal. Agora, é o seu próprio gabinete que aparece como participante dos crimes no Porto de Paranaguá. Escutas telefônicas divulgadas pelo jornal Gazeta do Povo citam o seu ex-chefe de gabinete, Carlos Augusto Moreira Júnior, na maracutaia da compra da draga. O nome de Moreira soma-se ao de Luis Mussi, que é apontado como o contato dentro do governo do Paraná para o negócio, e ao de Eduardo Requião, tido como o principal beneficiário do esquema de corrupção. De acordo com as investigações, de uma propina de US$ 5 milhões, a metade seria destinada ao irmão do Roberto. Também descobriu-se que a quadrilha enviaria dólares para contas nos Estados Unidos, cujo titular era o próprio Eduardo Requião. O intermediador para a prática dos delitos seria Alex Hammoud, dono do grupo Unisoft do Paraguai. Entre as gravações colhidas pela Polícia Federal com autorização da Justiça, há um trecho onde Hammoud conversa com Daniel Lúcio de Oliveira de Souza, ex-superintendente da Appa, nomeado por Roberto Requião. Diz Daniel: “Eu tenho nformações que ele (Eduardo)... porque ele não precisa mais de dinheiro, ele quer mais dinheiro, mas ele tem muito”. Em outro momento do diálogo, Alex conta a Daniel: “Uma vez ele (Eduardo) me entregou uma soma grande de dinheiro e me disse: Alex, guarda pra mim. Guardei um tempo, Alex devolve. Devolvi”. O pior de tudo, porém, está a referência de Alex ao ex-governador: “Em algum momento eu vou falar com o próprio chefe (Requião). Eu convivi com ele pra Dubai, inclusive ele se interessou (sobre o assunto). Vou falar: olha isso que o... é uma pena ter um irmão assim mesmo”. De tudo isso, conclui-se: o comandante-mor da operação foi Roberto Requião.

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