Mário Bittencourt
Do UOL, em Vitória da Conquista
Do UOL, em Vitória da Conquista
Uma
obra do Ministério da Saúde em Vitória da Conquista (BA) informa que
gera 200 empregos, mas ninguém trabalha na área, quase toda tomada pelo
mato. A obra é de um laboratório oficial de medicamentos que era para
entrar em operação em 2012, segundo o governo federal anunciou em junho
de 2011, em um evento em Salvador. O valor total da obra é R$
601.748,95, sendo R$ 479.272,06 do governo federal e o restante é
contrapartida estadual Mário Bittencourt/UOL
O valor total da obra é R$ 601.748,95, sendo R$ 479.272,06 do governo federal e o restante é contrapartida estadual.
O laboratório é um dos centros industriais da Bahiafarma, estatal da Bahia cuja unidade de Simões Filho (Grande Salvador) foi reaberta mês passado, também com atraso nas obras – assim como a unidade de Vitória da Conquista, a de Simões Filho era para funcionar em 2012.
A inércia na realização dos trabalhos em Vitória da Conquista fez com que outro cronograma fosse estabelecido, com início em 17 de junho de 2013 e prazo de conclusão em 5 meses, conforme está registrado na placa.
Materiais espalhados
Os trabalhos em Vitória da Conquista chegaram a ser retomados no meio do ano passado, com a construção de parte dos alojamentos dos operários e do material de construção, mas parou na metade. Alguns dos materiais de construção ainda estão por lá.Há pelo menos dois meses não é visto ninguém trabalhando no local, segundo trabalhadores do Centro Industrial dos Imborés – onde está localizada a obra. Já são quase sete meses de atraso do novo cronograma oficial.
A obra está sendo tocada pela prefeitura local, que contratou, via licitação, uma empresa de Brasília chamada Antônio José Leão Teixeira – ME, não localizada para comentar o assunto.
O local ainda está em poder da prefeitura de Vitória da Conquista e só após o término das obras é que será repassado à Bahiafarma para que sejam feitas às adequações necessárias.
Viagem a Cuba
Desde 2010, quando a Bahiafarma voltou a existir no Estado, após ser extinta em 1999, na gestão César Borges (atual ministro dos Portos), que a obra vem sendo prometida.Em 2011, inclusive, o prefeito de Vitória da Conquista, Guilherme Menezes (PT), chegou a ir a Cuba para realizar parceria com o país, com vistas à instalação do laboratório, o que não foi concretizado.
A produção de medicamentos da Bahiafarma é para atender, sobretudo, à demanda do Sistema Único de Saúde e fazer o governo economizar mais com a compra de remédios.
A unidade que foi reaberta na Grande Salvador, por exemplo, vai gerar economia de R$ 39,7 milhões ao Ministério da Saúde com a produção anual de mais de um milhão de comprimidos do medicamento Cabergolina, que gera custo anual de R$ 9,1 milhões.
Usado para combater problemas hormonais, sobretudo nas mulheres, o comprimido Cabergolina tem previsão de ter o primeiro lote vendido ao Ministério da Saúde no prazo de dois meses. Com a Bahiafarma de Simões Filho, agora são 17 laboratórios públicos no país.
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