quinta-feira, 3 de julho de 2014

Palácio do Planalto manobrou e impediu presença de parlamentares


Governo age e CPMI da Petrobras não vota requerimentos

Para Marco Maia (PT)
Para o relator da comissão, deputado Marco Maia (PT), Copa do Mundo é fator complicador

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras deu mais um passo para chegar a lugar nenhum. Uma ação orquestrada pelo Palácio do Planalto impediu a votação de mais de 390 requerimentos que esperam pela análise da comissão. Os aliados da presidenta Dilma Rousseff simplesmente não compareceram à reunião que analisaria os pedidos de convocações, quebras de sigilo e depoimentos.
A oposição protestou contra a manobra. “Os governistas estavam no corredor e não vieram participar da CPI porque não quiseram”, denunciou o deputado Rubens Bueno (PPS-PR).
O relator da comissão, deputado Marco Maia (PT-RS), que só chegou à sala da CPMI após o encerramento da sessão, tentou justificar a falta de quórum e minimizou o fato. “É um momento complicado por causa da Copa do Mundo e das eleições. Mas a CPI pode andar sem a votação de novos requerimentos. É importante darmos uma parada para ler os documentos que já chegaram. A comissão pode andar sem a votação de novos requerimentos”.
No total, apenas 11 congressistas registraram presença na comissão, mas no mínimo 17 parlamentares deveriam estar presentes para que a pudesse haver votação.
O Planalto tenta a todo custo evitar a votação de requerimentos polêmicos, como os que os que autorizam quebras de sigilos de autoridades envolvidas em suspeitas de irregularidades na estatal, como o doleiro Alberto Yousseff e Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, além do pedido para que membros da CPI tenham acesso à notas taquigráficas do Conselho de Administração da Petrobras no período em que era presidido pela presidente Dilma Rousseff, entre outros.

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