Há duas semanas, três mil famílias do MST invadiram as áreas da Araupel, em Quedas do Iguaçu. Os invasores estavam acampados no assentamento 1º de Maio, em Rio Bonito. A Araupel denuncia que famílias de outros estados engordaram o acampamento dias antes da invasão às áreas da madeireira. Segundo a Polícia Militar, foi registrada a presença de automóveis de São Paulo, Santa Catarina e até do Rio Grande do Sul. “Essas pessoas, que estão no frio e na chuva, chegaram aqui iludidas por falsas promessas de distribuição de lotes, promessas que não podem ser cumpridas”, lamenta o diretor da Araupel, Tarso Giacomet. As informações são d’O Paraná.
“Acreditamos que conflitos agrários devem ser solucionados pelo governo federal na figura do Incra. Cabe ao Estado negociar e cumprir com as determinações judiciais enquanto nosso dever é investir, crescer e gerar empregos”, disse Giacomet. O diretor da Araupel comenta que a possibilidade de ceder temporariamente 30 alqueires de terra aos invasores é nula. “Os 30 alqueires solicitados hoje podem ser 100 alqueires daqui a seis meses ou mil alqueires daqui a um ano, a julgar pelo histórico das invasões anteriores”.
Giacomet afirma ainda que a empresa, que já contribuiu significativamente com os movimentos sociais, não pode pagar pelo que é de responsabilidade da esfera federal. “Estamos sofrendo a falta de uma ação concreta do governo federal, que já vinha sendo advertido sobre essa situação há muito tempo”. Os acampados querem 30 alqueires de terra, o que corresponde a cerca de 70 hectares de área pertencente à Araupel.
A empresa informou que nos próximos dias as atividades estarão comprometidas, já que no local em que os sem-terra permanecem é que estão as áreas mais produtivas. Há especulações de que os invasores estão interessados na madeira produzida na região. Na semana passada, os operadores do maquinário florestal trabalharam com escolta policial. A Araupel já providenciou a terceirização da matéria-prima
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