terça-feira, 29 de julho de 2014

Estilo mensalão

lula-barba
Quando o ex-presidente Lula resolveu comandar subterrâneas manobras junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) queria mesmo era engavetar o processo sobre a compra da refinaria de Pasadena, repetindo igual esforço às vésperas do julgamento do mensalão. No caso da Petrobras, não queria apenas salvar Dilma Rousseff (o que foi muito comemorado no Planalto) e ver condenados 11 diretores da estatal a devolverem quase US$ 1 bilhão aos cofres públicos. Entre eles, tem amigos e figuras nomeadas pelo próprio Lula e acha que, sentindo-se injustiçados e pressionados, poderão ter as mais surpreendentes reações. De Nestor Cerveró, ex-diretor internacional da Petrobras e demitido da BR Distribuidora, já recebeu um recado: “Eu não tenho vocação para Marcos Valério”.

Novos rounds
Malgrado o envolvimento nas manobras no TCU envolvessem Luis Adams, da Advocacia-Geral da União, José Múcio Monteiro, ex-ministro da Articulação Política e outros, todos sabem – e o próprio Lula também – que poderão acontecer novos rounds, com a convocação dos condenados e até mesmo da própria Dilma para depor em outras etapas. As manobras, contudo, evidenciam o poder de Lula: ele chamou quem queria a São Paulo, deu as ordens e todos trataram de obedecer. Esse nefasto capítulo – e nem poderia ser diferente – será explorado nas campanhas dos rivais de Dilma.

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