segunda-feira, 9 de junho de 2014

Requião ‘travou’ diplomas de 35 mil professores da Vizivali


Roberto Requião
Roberto Requião
Novo round na disputa interna do PMDB. Desta vez os adversários do senador Roberto Requião adiantam que em 2009, o então governador Requião travou o registro dos diplomas dos 35 mil professores da Vizivali. O impasse durou oito anos e só quando Beto Richa (PSDB) chegou ao governo os professores tiveram os diplomas validados. “O que Requião não fez em oito anos o atual governo fez em seis meses” diz um peemedebista pró aliança com o PSDB.
Para lembrar o caso: em 2009, Requião ingressou no Supremo Tribunal Federal com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade questionando a lei estadual, promulgada na Assembleia Legislativa, que garantia o registro dos diplomas dos 35 mil professores da Vizivali na UEPG (Universidade Estadual de Ponta Grossa) e na Unicentro (Universidade Estadual do Centro do Paraná).
Requião, na época, alegou que não era da competência da Assembleia legislar sobre a matéria. Para o deputado Péricles, autor da lei, havia uma expectativa de o governo estadual não executasse nenhuma ação contrária à lei. “Os professores fizeram o curso de boa fé, amparados por pareceres do Conselho Estadual de Educação que autorizou o credenciamento da Vizivali”, disse Péricles.
“Os professores estão sendo penalizados injustamente com a falta do registro, enfrentando problemas nos contratos com prefeituras, sendo impedidos de assumir vagas em concursos públicos, além de perderem o direito de ascender na carreira”, alertou o deputado à época.
Para o diretor da Vizivali, Paulo Fioravante Giareta, a Adin proposta por Requião significava um retrocesso das iniciativas em busca de uma solução definitiva para o caso. “Com a Adin, o processo fica sem um encaminhamento prático e nos deixa sem recursos que possibilite o registro”, define Giareta.
UEPG se prontificou em registrar diplomas
Ainda na época, em resposta a uma consulta feita pela direção da Faculdade Vizivali, sobre o registro dos diplomas, a UEPG se colocou à disposição para cumprir o que determina a lei 16.109/2009. Em ofício, o reitor João Carlos Gomes disse que a UEPG como qualquer entidade da Administração Pública Indireta, ou como qualquer órgão público da Administração Direta, diante de uma lei específica, como a que foi promulgada pela Assembleia, tem condições de assegurar o registro dos diplomas. No documento, a UEPG apenas condiciona o registro a um convênio firmado com a Vizivali, procedimento comum entre as instituições.
Histórico
A Vizivali ofertou as aulas do Programa de Capacitação para Docentes a partir de 2003, em parceria com a empresa Inteligência Educacional e Sistemas de Ensino (Iesde), responsável pela operacionalização do Programa.
O Conselho Nacional de Educação chegou a emitir dois pareceres favoráveis à proposta do Conselho Estadual em oferecer as aluas no sistema semi-presencial. Mas o mesmo Conselho Nacional reformulou sua decisão e publicou o parecer 139 de 2007, após a formação das turmas, concluindo que não cabia ao Conselho Estadual legislar sobre a questão, o que acabou gerando o impasse no Paraná.

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