Reportagem da Rádio Bandeirantes fez orçamento para a construção de um barraco e negociou também um terreno de 20 m²
Agostinho Teixeira, da Rádio Bandeirantes
noticias@band.com.br
Algumas dezenas de reais podem garantir um barraco em um
terreno invadido. O comércio da área é feito no Depósito do Chagas, cujo
faturamento é diretamente proporcional à quantidade de invasões de
terrenos que acontecem na região em que está localizado, o Jardim Peri,
na zona norte de São Paulo. Todo material na construção dos barracos dos
invasores é fornecido pelo estabelecimento, que tem até uma tabela de
preço especial para quem é do MST (Movimento dos Sem Terra).A reportagem da Rádio Bandeirantes chegou a fazer o orçamento para a construção de um barraco e negociou também um terreno de 20 metros quadrados em uma área invadida na Vila Brasilândia. E para ter direito a um pedacinho da invasão é preciso pagar para o comando do movimento. São R$ 60 por mês pelo terreno já com direito à instalação do gato que irá garantir o fornecimento clandestino de água e luz. “Aqui é mamão com açúcar. O que vocês pegarem agora, vocês estão ganhando”, comemorou uma das invasoras.
Se engana quem pensa que pessoas que aceitam situações desse tipo não têm lugar para morar. Não são poucos os casos de invasores que possuem casa própria, que não pretendem sair de onde estão, mas aproveitam a oportunidade para fazer dinheiro. “Tem pessoas que têm casarão, invadem, conseguem o espaço e vendem”, admite um invasor.
Segundo o relatório atualizado do MST, atualmente, existem 24 áreas invadidas na cidade de São Paulo.
A reportagem completa será exibida às 19h20 no "Jornal da Band".
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