Antonio Imbassahy
Nenhuma outra categoria profissional tem sido tão
demonizada neste país quanto os profissionais da área de saúde,
especialmente os médicos brasileiros. A eles a presidente Dilma e os
porta-vozes do Planalto querem imputar a culpa pelo fracasso petista na
saúde, causa maior da insatisfação da população, segundo todas as
pesquisas.
Ainda está viva a campanha difamatória perpetrada contra os profissionais de saúde, acusados de preguiçosos, de não quererem trabalhar no interior e nas periferias urbanas, de não se dedicar aos pobres e de preferir atender à chamada ‘burguesia’. Mais recentemente, a própria presidente Dilma afirmou que ‘os médicos cubanos são mais sensíveis que os brasileiros’, uma declaração infeliz e desrespeitosa a nossos profissionais.
Tudo isso a pretexto de justificar o projeto ‘Mais Médicos’, vendido pelo marketing do regime petista como ‘solução’ para o caos na saúde pública, quando, na verdade, é apenas um paliativo. Quem mais se beneficiou até agora parece ter sido o governo de Cuba, que embolsa 70% dos R$ 10.4 mil que o Brasil paga por cada médico cubano. Por ano, mais de R$ 700 milhões caem nos cofres dos irmãos Castro.
Na votação da Medida Provisória que criou o “Mais Médicos”, negociamos com o então ministro da saúde, Alexandre Padilha, a inclusão de emendas para melhorar o programa. Uma delas criava um plano de carreira médica, medida que estimularia os médicos a trabalharem nos lugares mais distantes. Contudo, o acordo não foi cumprido e a presidente Dilma vetou a emenda. Se sua intenção fosse melhorar o setor, o seu governo teria cumprido a palavra e adotado a medida.
O fracasso evidente no setor decorre de uma série de problemas, que vão desde sérias falhas de gestão, a não correção da tabela do SUS, falta de investimentos em infraestrutura, de incentivo aos profissionais. É por isso que, mesmo com mais de 12 mil médicos importados e trabalhando desde o final do ano passado, os corredores dos hospitais continuam abarrotados, faltam leitos e a fila para se marcar uma consulta pelo SUS se estende nas madrugadas, e os profissionais que se virem para salvar vidas, em meio à falta de equipamentos básicos e de instalações adequadas.
Apenas 5% das 500 Unidades de Pronto Atendimento e 7% das 8 mil Unidades Básicas de Saúde prometidas foram entregues. No PAC 2, das obras da saúde, menos de 11% estão prontas. Nos últimos cinco anos, o Ministério da Saúde fechou 286 hospitais ligados ao SUS e entre janeiro de 2011 e agosto do ano passado foram desativados 11.576 leitos hospitalares, um a cada duas horas, e outros 2.389 estão interditados por falta de equipamentos ou profissionais. São, ao todo, quase 14 mil leitos a menos.
E, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, ainda diz que “os avanços tecnológicos fizeram com que não seja mais necessária a mesma quantidade de leitos observada há algumas décadas” e que isso seria motivo de comemoração.
A incapacidade gerencial do governo petista é tamanha que nem os recursos disponíveis no orçamento do Ministério da Saúde foram aplicados. Segundo o Tribunal de Contas da União, de 2008 a 2012, R$ 20 bilhões deixaram de ser aplicados. Desses, R$ 12,2 bilhões no governo Dilma.
O fato é que o governo petista tentou transformar os médicos em bodes expiatórios do caos na Saúde. Quer se eximir da gestão calamitosa no setor, marcada pela falta de respeito aos cidadãos, aos profissionais e à vida. O governo Dilma desqualificou o SUS, os hospitais e centros de saúde país afora, ignorou a importância do trabalho preventivo das equipes de saúde familiar, desvalorizou cada dia o esforço e a atuação dos cerca de 400 mil médicos atuantes no país.
Os médicos brasileiros pedem e merecem respeito. Clamam por uma gestão decente e meritória, por investimentos na infraestrutura da rede, por um plano de carreira, querem oportunidades sólidas de trabalho, sem preferências. Eles também desejam mudanças, sentimento que a cada dia se torna mais forte nos brasileiros, de todas as profissões e Estados.
Antonio Imbassahy é deputado federal pela Bahia e líder do PSDB na Câmara
Ainda está viva a campanha difamatória perpetrada contra os profissionais de saúde, acusados de preguiçosos, de não quererem trabalhar no interior e nas periferias urbanas, de não se dedicar aos pobres e de preferir atender à chamada ‘burguesia’. Mais recentemente, a própria presidente Dilma afirmou que ‘os médicos cubanos são mais sensíveis que os brasileiros’, uma declaração infeliz e desrespeitosa a nossos profissionais.
Tudo isso a pretexto de justificar o projeto ‘Mais Médicos’, vendido pelo marketing do regime petista como ‘solução’ para o caos na saúde pública, quando, na verdade, é apenas um paliativo. Quem mais se beneficiou até agora parece ter sido o governo de Cuba, que embolsa 70% dos R$ 10.4 mil que o Brasil paga por cada médico cubano. Por ano, mais de R$ 700 milhões caem nos cofres dos irmãos Castro.
Na votação da Medida Provisória que criou o “Mais Médicos”, negociamos com o então ministro da saúde, Alexandre Padilha, a inclusão de emendas para melhorar o programa. Uma delas criava um plano de carreira médica, medida que estimularia os médicos a trabalharem nos lugares mais distantes. Contudo, o acordo não foi cumprido e a presidente Dilma vetou a emenda. Se sua intenção fosse melhorar o setor, o seu governo teria cumprido a palavra e adotado a medida.
O fracasso evidente no setor decorre de uma série de problemas, que vão desde sérias falhas de gestão, a não correção da tabela do SUS, falta de investimentos em infraestrutura, de incentivo aos profissionais. É por isso que, mesmo com mais de 12 mil médicos importados e trabalhando desde o final do ano passado, os corredores dos hospitais continuam abarrotados, faltam leitos e a fila para se marcar uma consulta pelo SUS se estende nas madrugadas, e os profissionais que se virem para salvar vidas, em meio à falta de equipamentos básicos e de instalações adequadas.
Apenas 5% das 500 Unidades de Pronto Atendimento e 7% das 8 mil Unidades Básicas de Saúde prometidas foram entregues. No PAC 2, das obras da saúde, menos de 11% estão prontas. Nos últimos cinco anos, o Ministério da Saúde fechou 286 hospitais ligados ao SUS e entre janeiro de 2011 e agosto do ano passado foram desativados 11.576 leitos hospitalares, um a cada duas horas, e outros 2.389 estão interditados por falta de equipamentos ou profissionais. São, ao todo, quase 14 mil leitos a menos.
E, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, ainda diz que “os avanços tecnológicos fizeram com que não seja mais necessária a mesma quantidade de leitos observada há algumas décadas” e que isso seria motivo de comemoração.
A incapacidade gerencial do governo petista é tamanha que nem os recursos disponíveis no orçamento do Ministério da Saúde foram aplicados. Segundo o Tribunal de Contas da União, de 2008 a 2012, R$ 20 bilhões deixaram de ser aplicados. Desses, R$ 12,2 bilhões no governo Dilma.
O fato é que o governo petista tentou transformar os médicos em bodes expiatórios do caos na Saúde. Quer se eximir da gestão calamitosa no setor, marcada pela falta de respeito aos cidadãos, aos profissionais e à vida. O governo Dilma desqualificou o SUS, os hospitais e centros de saúde país afora, ignorou a importância do trabalho preventivo das equipes de saúde familiar, desvalorizou cada dia o esforço e a atuação dos cerca de 400 mil médicos atuantes no país.
Os médicos brasileiros pedem e merecem respeito. Clamam por uma gestão decente e meritória, por investimentos na infraestrutura da rede, por um plano de carreira, querem oportunidades sólidas de trabalho, sem preferências. Eles também desejam mudanças, sentimento que a cada dia se torna mais forte nos brasileiros, de todas as profissões e Estados.
Antonio Imbassahy é deputado federal pela Bahia e líder do PSDB na Câmara
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