Os black blocs partiram para a quebradeira
no Rio de Janeiro. Tentaram incendiar a Câmara dos Vereadores. Chamem Wadih
Damous, o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB para falar com
esses patriotas. O doutor estava na passeata. Segundo ele, era para evitar a
violência dos policiais.
Em São Paulo, delinquentes mascarados que
invadiram a Reitoria da USP com uma marreta marcaram um protesto em favor dos…
professores do Rio! Um dos promotores da invasão da USP é o PSOL, mesmo partido
que está no comando da greve do Rio. Trata-se, portanto, de uma questão
partidária. Os black blocs também saíram quebrando tudo. Jogaram coquetéis
molotov contra a polícia, depredaram agências bancárias, fizeram o diabo. Esses
queridinhos de Caetano Veloso, o “apenas um velho baiano” , são fogo!
Literalmente.
Eu sei o que escrevi a respeito desses
protestos desde junho. Nunca foram pacíficos. É mentira! Os black blocs sempre
estiveram presentes, desde as primeiras manifestações em São Paulo. Mas se
estabeleceu, na imprensa, o quase-consenso burro de que qualquer reação da
polícia era “violência desproporcional”. Como não se inventou ainda uma forma
bonita de enfrentar brucutus que saem por aí quebrando tudo, assistiu-se a uma
demonização da polícia de norte a sul do país.
E vão se acumulando, então, as
circunstâncias que vão deseducando o país, mantendo-o prisioneiro da espiral de
violência. Cometam os policiais excessos ou não, são demonizados pela imprensa,
seus respectivos nomes circulam nas redes sociais, passam a ser tratados como
bandidos. Se um membro dos black blocs é preso, aparece lá um batalhão de
advogados para soltá-lo, e ninguém conhece a sua identidade, de sorte que se
tem a seguinte inversão moral: quem atua para proteger o patrimônio púbico e
privado passa a ser tratado como bandido, e o bandido passa a ser tratado com o
cidadão de bem.
Para onde isso nos leva? Ora, para a casa
do chapéu.
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