Blog do Tupan
Mesmo com o apoio efetivo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, maior estrela do PT, o candidato petista ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, não consegue crescer. Continua encolhido nos 5% de acordo com pesquisas recentes de intenções de voto. Na tarde de ontem, Lula tentou mais uma vez dar um “empurrãozinho” no candidato. O local escolhido estrategicamente foi a cidade de São José dos Campos, Vale do Paraíba, berço político do governador e candidato à reeleição pelo PSDB, Geraldo Alckmin, que lidera com folga. Sempre acionado para “salvar” a eleição nos estados, a missão de Lula torna-se cada vez mais difícil. O PT enfrenta grandes dificuldades para eleger Gleisi Hoffmann, no Paraná; Rui Costa, na Bahia; Tarso Genro, no Rio Grande do Sul; e Lindbergh Farias, no Rio de Janeiro.
O evento de ontem em São José dos Campos foi encarado pela coordenação da campanha petista como o principal esforço desprendido para que Padilha comece a crescer. O partido distribuiu convites e utilizou carros de som para convocar a militância durante toda a semana. Atrás de Alckmin e do candidato do PMDB, Paulo Skaf, Padilha aproveitou o comício para alfinetar os institutos de pesquisa. “Eu confio em vocês. Vocês vão provar mais uma vez que a pesquisa que vale é quando o povo chega na urna e aperta o 13″, discursou. O candidato do PT se referiu a Lula como “a maior liderança popular que esse país já construiu”.
Último a falar, o ex-presidente fustigou os tucanos. “Eu sei que o Padilha, em quatro anos, vai fazer com que os paulistas nunca mais queiram um tucano governando São Paulo”, disse Lula. Em seguida, falou sobre a diferença entre o PT e o PSDB. “A diferença entre nós e eles é que eles tinham um tapete para jogar a sujeira debaixo. E, nós do PT, tiramos esse tapete da sala”, declarou. No fim do discurso, aproveitou para fazer, pela primeira vez, ataques velados à candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva. Disse não ser possível acreditar em alguém que nega a política. “Se alguém quiser votar em alguém que não é político, em primeiro lugar: não acredite quando o cara faz apologia da não política. Não acredite porque não é possível alguém governar fora da política”, disse Lula.
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