Reportagem da edição desta terça-feira da Folha de S.Paulo revela que após mais de sete anos de impasse, a Petrobras e a Bolívia chegaram a um acordo pelo qual ficou definido que a estatal brasileira pagará US$ 434 milhões ao país vizinho pelo envio de excedente energético do gás natural exportado ao Brasil. Diz a “Folha” que o pagamento foi imposto à Petrobras pelo então presidente Lula em 15 de fevereiro de 2007, durante visita do presidente boliviano Evo Morales ao Brasil.
Na época em que foi anunciada a medida, o então presidente Lula justificou tratar-se de “um ato de generosidade e solidariedade”, apesar de a obrigação enfrentar resistência da Petrobras, como ato de “generosidade” e de “solidariedade”. Na ocasião, como lembra o jornal, Evo Morales chegou a se recursar a deixar o prédio do Itamaraty caso não houvesse um acordo sobre o chamado “gás rico”. Hoje, o mesmo Evo celebrou o acordo final, que agora será motivo de propaganda em sua campanha de reeleição (o pleito será em outubro).
O acordo faz a Petrobras pagar mais pela mesma quantidade de gás comprado, 30 milhões de metros cúbicos diários. Desde que a promessa de pagar pelo gás foi feita por Lula, houve resistência dentro da Petrobras. Segundo apurou a Folha de S.Paulo, o departamento jurídico da estatal chegou a recomendar que o pagamento fosse evitado, o que vinha ocorrendo.
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