O empresário paulista Rubens Ometto, considerado o maior produtor de açúcar e álcool do mundo, que foi a Nova York para receber o título de “Homem do Ano”, da Câmara Americana do Comércio, desmentiu enfaticamente todos “feitos” relativos ao setor sucroalcooleiro, atribuídos pelo ex-presidente Lula ao seu governo, durante o programa do PT na TV, exibido neste quinta-feira à noite.
O setor sucroalcooleiro vive a maior crise de sua história, iniciada no governo Lula. Só nas últimas cinco safras, 44 usinas fecharam, 25 em São Paulo, e há 33 usinas em recuperação judicial . O endividamento é altíssimo: em 20% das usinas, 30% da receita estão comprometidos com serviço da dívida (juros e amortizações). Mais de 80 mil pessoas foram demitidas.
Ometto – que se aliou a Lula, acreditando em seus compromissos com o setor, no início do seu governo – não poupou críticas em Nova York às decisões (ou à falta delas) que levaram o setor a enfrentar a mais séria crise de sua história.
As críticas de Ometto foram feitas diante de uma platéia de empresários brasileiros e norte-americanos, que pareciam surpreendidos pelo tom áspero das críticas, em razão das ótimas relações que ele já teve com Lula e próceres do PT. Ele está tão desapontado com os rumos do setor sucroalcooleiro que resolveu diversificar e, pela primeira na história de suas empresas, resolveu direcionar todos os seus investimentos para áreas que nada têm a ver com açúcar ou álcool. Em maio, por exemplo, pagou .R$ 3,4 bilhões pela Comgás, maior distribuidora de gás natural do país. É o maior aquisição de sua vida.
Ao contrário do que Lula afirmou e Ometto já tiveram uma lua de mel. Agora, têm visões muito antagônicas sobre o sucesso do Etanol brasileiro, um dos vários programas que ficaram pelas estradas.
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