Alvaro Dias
O jornal “Estado de S.Paulo”, em sua edição desta quinta-feira
(05), revela com exclusividade que em 2006, a então ministra da Casa
Civil do governo Lula, a hoje presidente Dilma Rousseff, se reuniu a
portas fechadas pelo menos três vezes com o presidente da Petrobrás à
época, o petista José Sergio Gabrielli, após a refinaria de Pasadena
entrar no foco da estatal. As conversas teriam se dado em 2005, e antes
de a compra de 50% da unidade dos EUA ser aprovada, em fevereiro de
2006. Dilma era a presidente do conselho da estatal e comandou a reunião
de 3 de fevereiro de 2006 em que o negócio foi aprovado. Segundo o
“Estadão”, menos de 20 dias após o aval do conselho, Dilma se reuniu de
novo com Gabrielli, conforme agenda da Casa Civil, obtida via Lei de
Acesso à Informação. Trata-se, portanto, como afirma a reportagem do
jornal, de encontros que não estavam disponíveis na internet. Houve,
porém, vários outros encontros públicos, para discussões específicas ou
anúncios de negócios da estatal, como o da foto desta página. Em março,
após o Estado revelar sua posição favorável ao negócio que custou U$ 1,2
bilhão aos cofres públicos, a presidente afirmou, em nota ao jornal,
que autorizou a compra com base num relatório “técnica e juridicamente
falho” elaborado pela diretoria internacional da empresa. As cláusulas
do contrato obrigaram a estatal brasileira a ficar com 100% da refinaria
após longo litígio com a sócia belga Astra Oil. A Petrobrás admite
prejuízos de cerca de US$ 500 milhões na compra da refinaria de
Pasadena.
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