quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Maior obra inaugurada por Dilma não é dos brasileiros


Choveram críticas à presidente Dilma Rousseff (PT), ontem no Show Rural em Cascavel, sobre o novo porto cubano financiado com dinheiro do BNDES. “Quatro anos depois temos a primeira grande obra inaugurada pelo governo Dilma: o porto de Cuba. Uma pena que poderia ser aqui no Porto de Paranaguá, que tanto precisa para melhorar o escoamento da safra”, disse Aécio Neves (PSDB-MG), acompanhado do governador Beto Richa (PSDB) e do senador e Álvaro Dias (PSDB).
Beto Richa disse que Dilma investe lá fora e se esquece dos brasileiros. “Para ter um exemplo, o Estado do Paraná contraiu uma dívida de R$ 5 bilhões em 1998. Já pagamos R$ 9,5 bilhões, mas, por causa dos juros, ainda devemos R$ 9 bilhões. Isso é impagável. A União virou agiota do estados, enquanto estende a mão para outros países. Isso é inadmissível”, criticou.
Álvaro Dias adiantou que o governo federal enviou um projeto ao Senado anistiando os empréstimos de países africanos nos últimos anos. O tucano disse que o mesmo deve acontecer daqui há alguns anos com os empréstimos para Cuba. “Chega de empréstimos secretos para governos ditatoriais. O governo federal passa por cima da nossa constituição cedendo dinheiro para outros países em vez de investir nos estados brasileiros que estão sem recursos”, disse. “Queremos transparência para saber onde o dinheiro público dos brasileiros esta sendo investido”, reforçou, informando que irá elaborar um projeto de lei pedindo a proibição de empréstimos secretos.
O porto de Mariel, Cuba, foi inaugurado por Raúl Castro e Dilma no último dia 27. O governo brasileiro investiu R$ 1,9 bilhão no empreendimento e deve liberar outros R$ 701 milhões para finalizar a obra, via financiamentos do BNDES.

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