Mais uma vez, o governo Dilma não cumpre o prometido. A construção de 6.000 creches e pré-escolas em todo o país, uma das promessas da primeira campanha da presidente da República, estagnou e o programa terá que ser revisto. Segundo informações da reportagem da Folha de S. Paulo desta segunda-feira (30), a execução do projeto será um dos principais desafios que o novo ministro da Educação, o professor Renato Janine Ribeiro, irá enfrentar. Para acelerar a entrega das unidades, o governo federal substituiu o modelo de alvenaria por um pré-moldado e fez um edital único para a contratação de fornecedores em todo o país. De acordo com a publicação, o novo formato tornou-se obrigatório para as prefeituras receberem a ajuda do governo para as obras da educação infantil.
No último dia 20 de março, o senador Alvaro Dias, na Tribuna, fez uma denúncia sobre o programa de creches do governo Dilma. Segundo ele, além de cumprir somente 14% da meta da construção das quase seis mil creches prometidas durante a campanha de 2010, o governo vem utilizando material plástico, de PVC, para edificar as poucas unidades entregues. Segundo afirmou o senador, o modelo adotado foi questionado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pelo Instituto dos Arquitetos do Brasil. As paredes de chapa de plástico e fibra de vidro, sem fundação, podem cair por não serem resistente a chuvas e enxurradas. O modelo padronizado não considera diferenças regionais de terreno ou temperatura e algo mais grave: em caso de incêndio, a fumaça é altamente tóxica.
No Plenário, Alvaro Dias apontou a necessidade de investigar o porquê de o governo fazer essa opção. “É uma escolha equivocada em detrimento da segurança das crianças, um retrocesso, como diz o presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil”, afirmou na ocasião o senador.
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